27.1 C
New York
Monday, October 6, 2025
InícioDesportoPRENÚNCIO DO FIM DE UMA AVENTURA MAL PROJECTADA

PRENÚNCIO DO FIM DE UMA AVENTURA MAL PROJECTADA

Resumo

O Desportivo da Matola faltou pela segunda vez consecutiva a um jogo do Moçambola-2025, desta vez contra a Associação Black Bulls, devido a salários em atraso desde o início da época. A Liga Moçambicana de Futebol tem sido tolerante com as faltas, mas a situação tem sido tensa, com ameaças de greve por parte dos jogadores. O clube reconhece a gravidade da situação e apela por ajuda, lamentando a falta de apoio financeiro. O diretor desportivo aponta que a dívida do arrendamento do campo da Liga Desportiva de Maputo é responsabilidade da câmara municipal da Matola, pedindo que não abandonem o clube.

O Desportivo da Matola registou ontem a segunda falta de comparência consecutiva no Moçambola-2025, naquele que pode ser o prenúncio do fim de uma aventura mal projectada rumo à maior prova futebolística nacional.

Os matolenses não compareceram ao campo da Associação Black Bulls (ABB), onde deviam defrontar os “touros” para o jogo da 16.ª jornada, em protesto contra a falta de pagamento de salários que data desde o início da época.

Não compareceram também ao campo da Liga Desportiva de Maputo, na quinta-feira passada, para o embate contra o Ferroviário de Lichinga, a contar para 15.ª ronda.

Foi mais uma falta de comparência de algumas outras evitadas pela própria Liga Moçambicana de Futebol (LMF), tendo em conta que os matolenses teriam sido castigados da vez que não se deslocaram a Soalpo, no Chimoio, para o jogo contra o Textáfrica, o que a entidade gestora do Moçambola descreveu como um constrangimento logístico que teria sido resolvido com a anuência dos “fabris” para a remarcação do encontro para o dia seguinte.

Mas ao longo do campeonato já registaram vários atrasos aos jogos que, por conta da tolerância dos delegados da LMF, não resultaram em castigos que culminassem com a perda de pontos no prolongamento do braço-de-ferro com a direcção do clube para o pagamento de parte de ordenados. O último episódio foi na recepção à Associação Desportiva de Vilankulo, onde registaram a primeira vitória no Moçambola (3-2). Chegaram nas vésperas da hora do arranque do jogo, após mais uma ameaça de greve.

Tanto para o jogo da última quinta-feira, como para o de ontem, os delegados de jogo da LMF deram tolerância de tempo suficiente para que a equipa se fizesse ao campo. Mateus Infante, delgado do jogo de ontem, disse ter demonstrado a predisposição de conceder 15 minutos de atraso para que a equipa comparecesse ao jogo, o que aconteceu.

Afirmou que no dia anterior terá procurado saber dos responsáveis do clube sobre a situação da equipa após a falta de comparência diante dos “locomotivas” da capital, pelo que nada apontava para situação idêntica. Já ontem ficou a saber, depois de mais um contacto, que a equipa estaria presente no campo da ABB às 14.30 horas.

 “A equipa garantiu que até as 14.30 horas estaria aqui. Houve recentemente um jogo em que apareceram faltando 15 minutos e fizemos hoje (ontem) o mesmo compasso de espera. Mas à última hora recebi chamada e fui informado que eles estão com problemas e não vão comparecer”, lamentou Infante.

O director desportivo do Desportivo da Matola, Danito Cossa, reconhece a delicadeza do assunto, sendo que ao longo do campeonato a direcção tem estado a sensibilizar os atletas para jogarem sob ameaça de greves. Contou que por vezes a equipa já entrou directamente ao campo para jogar sem passar por aquecimento devido a manifestações de greve. Reconheceu que é legítima a reclamação e entende a razão da saturação.

“É lamentável a situação em que o clube se encontra, em que nenhum empresariado ou alguém se interesse em ajudar o clube. Reclamamos disto deste a “Poule”. Podíamos ter atirado a toalha ao chão desde o início, mas a responsabilidade é acrescida e havia perspectivas futuras e nada está acontecer. Estamos a 17 ou 18 jogos, mas nunca tinha acontecido algo igual, mesmo sem salários, só para ver o quão a situação foi gerida. Não posso culpar a rapaziada. Pedimos quem possa dar a sua mão porque ainda temos jogos pela frente”, apelou.

Quanto ao arrendamento do campo da Liga Desportiva de Maputo, reconheceu a existência da dívida salientando que a responsabilidade tinha ficado com o município da Matola, entanto que seu parceiro, e deve não ter havido entendimento entre a edilidade, e a despesa ficou para nós. Apelou ao município, que tem sido ímpar no apoio ao clube, a não desistir do Desportivo da Matola.  

Fonte: Jornaldesafio

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu nome aqui
Por favor digite seu comentário!

- Advertisment -spot_img

Últimas Postagens

- Advertisment -spot_img