“Temos que falar da paz, do amor, da harmonia, de comunhão entre moçambicanos, porque é isto que vai desenvolver Moçambique”, afirmou o Chefe do Estado num comício no distrito de Chongoene, onde reiterou que a diferença de pensamento não deve dividir o povo, mas sim fortalecê-lo.
O estadista reafirmou que a sua governação será marcada por uma escuta activa das populações e uma maior proximidade com os cidadãos. Durante o comício, Chapo manifestou preocupação com os episódios de instabilidade que têm caracterizado o período pós-eleitoral no país, advertindo que tais situações comprometem o desenvolvimento nacional.
O Presidente da República alertou ainda que o país não pode continuar a viver ciclos de contestação e violência sempre que se realizam eleições. “Nós, como moçambicanos, precisamos ultrapassar este momento em que temos eleições e aparecem sempre pessoas a alegar resultados para fazer confusão”, afirmou, sublinhando que “em política não pode haver inimigos, só adversários”. Para o chefe do estado, o comportamento democrático deve incluir o respeito pelo desfecho eleitoral e a convivência pacífica entre diferentes correntes de pensamento.
Apelando à coesão social, o governante frisou que a construção de um país desenvolvido passa, antes de tudo, pela promoção da paz e do respeito mútuo. Ademais, o Presidente da República recordou também o lançamento da Chama da Unidade, ocorrido a 7 de Abril em Cabo Delgado, no âmbito das celebrações dos 50 anos da independência nacional. Segundo explicou, este símbolo traduz a determinação do povo moçambicano em manter-se unido e coeso.
O Chefe do Estado fez questão de sublinhar que, apesar dos progressos registados ao longo dos últimos 50 anos, ainda há muitos desafios por vencer. “Com isso não queremos dizer que está tudo feito, porque quando se resolve uma preocupação surge outra”, disse, reconhecendo as dificuldades relatadas pela população de Chongoene e da província de Gaza no geral.
Para responder a esses desafios, o estadista apelou ao trabalho e envolvimento de todos os moçambicanos, destacando o papel da produção agrícola, do comércio informal e do esforço individual como motores do crescimento. “Cada um de nós tem que fazer a sua parte para desenvolvermos Moçambique. […] Trabalhar honestamente é o caminho para sairmos da pobreza e construirmos um futuro melhor”, reforçou.
Ao terminar o comício, Daniel Chapo reiterou que a construção de infra-estruturas, a geração de emprego e a melhoria das condições de vida só serão possíveis num ambiente de estabilidade e concórdia nacional.
Fonte: O País