O apelo foi feito durante a cerimónia central alusiva ao Dia Mundial da Contracepção, celebrado sob o lema “O planeamento familiar é um direito humano e fundamental”.
Gueta Chapo destacou que o planeamento familiar envolve um conjunto de informações e serviços essenciais, lembrando os testemunhos de jovens durante a cerimónia.
A esposa do Presidente da República alertou que a gravidez precoce constitui um grave problema de saúde pública no país, com impacto negativo para a rapariga, a família e a comunidade.
Explicou que, quando uma rapariga engravida precocemente, pode enfrentar problemas como as fístulas obstétricas, mais frequentes entre meninas. Acrescentou que, se uma jovem engravida aos 11, 12, 13 ou 14 anos, o seu organismo ainda não está preparado para desenvolver um feto no útero.
Ademais, ilustrou os riscos enfrentados por meninas muito jovens durante o parto. “Vamos imaginar que uma menina de 12 ou 13 anos esteja grávida e que o seu bebé dentro da barriga tenha mais de cinco ou quatro quilos, como é que será o parto? Minhas mães que já têm experiência do parto, se uma mulher adulta com 20, 25, 30 anos está grávida e seu bebé tiver mais de três quilos passa mal para dar o parto, vamos imaginar uma rapariga, quais são as consequências?”,
questionou, acrescentando que muitas acabam sujeitas a cesarianas precoces.
A Primeira-Dama lembrou ainda as implicações sociais da maternidade precoce. “Se começa a ter filho com 14 anos, até os 20 já terá quantos filhos? Quantos? Terá quatro ou cinco.
Segundo Gueta Chapo, o planeamento familiar não beneficia apenas adolescentes e raparigas, mas também mulheres em idade reprodutiva que pretendem evitar gravidezes seguidas ou programar o espaçamento entre filhos.
“O planeamento familiar é bom, previne a gravidez precoce para as nossas raparigas e não só, também para as mulheres. Se uma mulher não quer engravidar seguidamente, ela pode aderir ao planeamento familiar. Também ajuda a mulher a ter o espaçamento de quantos e quantos anos ela quer voltar a estar grávida”, declarou.
A Primeira-Dama sublinhou ainda que a adesão à contracepção é essencial para a saúde materna e infantil, advertindo que engravidar logo após o parto, sem dar tempo suficiente de recuperação ao corpo da mulher, é prejudicial. Acrescentou que, se uma mãe volta a engravidar antes de o bebé completar um ano e seis meses, surgem dificuldades, pois a atenção da mulher fica dividida entre o filho pequeno e a nova gestação.
Fonte: O País