A reunião foi presidida pela primeira-secretária provincial, Adélia Macucule, teve como objetivo central analisar o grau de concretização das metas estabelecidas e promover um debate aberto sobre a vida do partido e do seu governo ao nível da província. A dirigente afirmou que este tipo de encontros é o espaço adequado para identificar pontos fortes e desafios, com vista à procura de soluções concretas para o bem-estar das comunidades.
Macucule assinalou que, nos primeiros seis meses do ano, se registaram sinais de esforço por parte dos órgãos e estruturas do partido, mas alertou para a necessidade de verificar se não existe uma desconexão entre as promessas feitas e as acções efectivamente realizadas no terreno. Sublinhou que a população espera resultados tangíveis, e não apenas planos e discursos, destacando como prioridades a melhoria do funcionamento das escolas, o atendimento digno nos hospitais, a construção de estradas que reduzam distâncias e o fornecimento regular de água potável.
“Não estamos aqui para tapar o sol com a peneira, mas para afirmar com clareza que a confiança que o povo deposita em nós não pode ser desperdiçada”, disse, defendendo que a presença da Frelimo deve ser sentida não apenas em comícios e reuniões, mas na resolução de problemas concretos do quotidiano.
Dirigindo-se aos comités distritais, Adélia Macucule destacou a necessidade de quadros mais mobilizadores, próximos das bases, comprometidos com a disciplina política e com a causa popular.
No que respeita ao Conselho Executivo Provincial, a primeira-secretária afirmou que é preciso “mais acção e menos protocolo”, defendendo que os líderes devem sair dos gabinetes, visitar as comunidades e conhecer de perto as condições reais de vida da população. Segundo Macucule, é essencial que os dirigentes se sintam incomodados perante situações como as de crianças a aprender sentadas no chão ou mães a percorrer longas distâncias para obter cuidados básicos de saúde.
A dirigente acrescentou que “não basta falar em nome do Estado”, sendo necessário representá-lo com sentido de urgência, humanidade e resultados concretos. Para Macucule, o momento exige correção de rumos, reorientação e aceleração do trabalho, lembrando que o tempo disponível até ao final do ano é limitado.
A dirigente realçou que a história de luta e conquistas da Frelimo em Inhambane só tem valor se for honrada com trabalho sério e entrega diária. Apelou para que cada participante na sessão assuma um compromisso pessoal de servir melhor, afirmando que “quem não serve ao povo não serve à Frelimo”.
Durante o encontro, Macucule reconheceu o empenho dos militantes na mobilização e participação durante a passagem da Chama da Unidade Nacional pela província, momento que descreveu como de grande envolvimento popular. Saudou ainda as atividades realizadas no âmbito das comemorações dos 50 anos da independência nacional e dos 63 anos da fundação da Frelimo, destacando a importância das ações de confraternização como reflexo de coesão interna.
A terminar, recomendou que o debate ao longo da sessão decorresse com abertura e honestidade, reforçando que a união, a coesão, a crítica construtiva e a disciplina devem pautar todos os trabalhos.
Fonte: O País