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Sunday, September 28, 2025
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«Quero seguir um caminho individual, com Jardim ficou tudo bem»

Licenciado em Educação Física pela Universidade do Porto, trabalhou durante 16 anos ao lado de Leonardo Jardim. Foi do Desp. Chaves ao Mónaco, passou pelo Beira-Mar, Sp. Braga e Olympiakos, esteve no Sporting e teve as últimas experiências no Al-Hilal, Al-Ahli e Al-Rayyan.

Fez, por isso, parte da conquista da Liga dos Campeões Asiática em 2021 e dos campeonatos da Grécia, França, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Trabalhou de perto com estrelas como Mbappé ou Bernardo Silva, Falcão ou Fabinho, até com nomes grandes como Ruben Amorim e Nuno Gomes.

Agora, aos 41 anos, assume o desejo de se tornar treinador principal.

Nesta quarta parte da entrevista ao Maisfutebol, Miguel Moita aborda o período vivido no Médio Oriente, e de que forma o impulsionou a seguir este caminho a solo.

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Para mim, a adaptação mais difícil foi mesmo o facto de não estar com a minha família. O ano em que decidi ir sozinho talvez tenha sido aquela parte mais complicada de ultrapassar, porque de resto, adapto-me muito bem a todos os contextos, a trabalhar é para trabalhar. Percebes que são leis diferentes, são culturas diferentes, há hábitos diferentes, mas eles vivem bem com isso, tu respeitas, eles respeitam-te a ti e as coisas acabam por se regular.

Quando chegámos à Arábia Saudita o futebol já estava mais avançado, mas mesmo assim não estava o que é agora. Existe uma aposta muito maior agora e claramente feita a longo prazo, a pensar no Mundial 2034. Para além do investimento que se tem feito a nível das contratações, há esse desejo de transformar o futebol a longo prazo. Disso não há dúvidas. Os próprios jogadores locais estão a evoluir também. Até já há um jogador da Arábia Saudita a jogar na Roma, o que há uns anos era impensável. Sem dúvida que há uma maior qualidade neste momento.

Houve um processo muito complicado nos últimos tempos com o Al-Rayyan, no Qatar. Em conjunto com outros colegas, íamos apresentar-nos no início da época e o clube disse que não era preciso. Numa altura em que ainda tínhamos contrato, a equipa já tinha partido para estágio, com elementos técnicos novos. Tivemos de meter o processo na FIFA. Eu com a minha vida toda preparada para viver no Qatar, até para a minha família que se ia juntar a mim lá e acontece isto. Então dou por mim a pensar que teria de priorizar a minha vida e pensei em Portugal. Já tinha esse pensamento, de que um dia poderia seguir um caminho individual, e todo o envolvimento fez-me procurar estabilidade para mim e para a minha família, algo que já andava a falhar há alguns anos, mudando de clube recorrentemente. Com o Leonardo ficou tudo bem, falámos abertamente sobre o assunto e eu adorava trabalhar com ele, mas acabei por priorizar a minha vida. 

Neste momento encontro-me de facto à procura de outro desafio. Sempre tive este bichinho e ao longo dos anos fui aprendendo e idealizando as coisas conforme as circunstâncias. Agora gostava de ter a oportunidade de ser treinador principal. Sei que patamares mais elevados são complicados neste momento, naturalmente, mas quero dar passos bem assentes na minha carreira.

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Fonte: Mais Futebol

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