Por: Lurdes Almeida
As empresas portuguesas em Moçambique manifestaram disponibilidade para retomar investimentos, sustentadas por um renovado “cenário de confiança” no país, impulsionado pelo reinício do megaprojecto de Gás Natural Liquefeito (GNL) da TotalEnergies, na bacia do Rovuma, e pela saída de Moçambique da “lista cinzenta” do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI).
Este facto, permite ao país vivenciar um momento de viragem na sua economia, influenciado pelas novas decisões. Reconhecendo que as relações entre Moçambique e Portugal estão “muito mais fáceis”. No entanto, a questão da falta de moeda estrangeira pode ser resolvida de duas maneiras: começar a produzir e exportar mais, ou ter capital de investimento estrangeiro para ter mais moeda estrangeira disponível.
Com a saída da “lista cinzenta”, Moçambique conseguiu melhorar seus mecanismos de combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo. E, isto não só atrai investidores internacionais, como também reforça a posição das empresas portuguesas já estabelecidas no território.
Apesar deste optimismo, é essencial que o novo ciclo seja orientado por políticas de sustentabilidade. O gás natural, embora represente uma oportunidade estratégica para o crescimento económico e diversificação da matriz energética, traz consigo desafios ambientais que não podem ser ignorados.
O futuro do país dependerá da capacidade de transformar riqueza energética em progresso social, e aqui a cooperação luso-moçambicana pode ser decisiva.






