Reservas Obrigatórias dos Bancos Moçambicanos Caíram 28% em Três Meses com Alívio das Medidas do Banco Central

0
35

Questões-Chave:

Segundo a Agência Lusa, o volume das reservas obrigatórias dos bancos comerciais moçambicanos registou uma queda de 28% no primeiro trimestre de 2025, reflexo directo das decisões do Banco de Moçambique de aliviar os coeficientes de reservas, permitindo libertar liquidez para apoiar a economia.


Entre o final de Dezembro de 2024 e Março de 2025, o valor das reservas obrigatórias dos bancos moçambicanos caiu de um nível recorde de 291.457 milhões de meticais para 209.902 milhões de meticais (cerca de 2.936 milhões de euros), segundo dados compilados a partir dos relatórios estatísticos do Banco de Moçambique.

A quebra ocorre na sequência da decisão do Comité de Política Monetária (CPMO), que em 27 de Janeiro reduziu os coeficientes de reservas obrigatórias de 39% para 29% em moeda nacional e de 39,5% para 29,5% em moeda estrangeira. A medida permitiu libertar liquidez no sistema financeiro equivalente a cerca de 55 mil milhões de meticais, segundo afirmou o governador do banco central, Rogério Zandamela.

“Não é uma coisa com que se brinca. Neste momento, nós estamos tranquilos com o nível de liquidez que existe no sistema”, declarou Zandamela, em conferência de imprensa após a reunião do CPMO realizada em Março, afastando a possibilidade de novos cortes nos coeficientes obrigatórios a curto prazo.

A decisão foi influenciada pelas insistências do sector privado, sobretudo devido à escassez de divisas no mercado cambial nacional. A intenção declarada do banco central foi apoiar a recuperação da capacidade produtiva e garantir maior fluidez na oferta de bens e serviços.

Na reunião de Março, o CPMO optou por manter os coeficientes obrigatórios inalterados, mas avançou com a redução da taxa de juro de política monetária para 11,75%.

A próxima reunião do Comité de Política Monetária está marcada para esta quarta-feira, 28 de Maio, onde será reavaliado o contexto macroeconómico e a eficácia das medidas implementadas desde o início do ano.

Fonte: O Económico

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu nome aqui
Por favor digite seu comentário!