Resumo
O Ministro da Saúde de Moçambique, Ussene Isse, elogiou as XVIII Jornadas Nacionais de Saúde, realçando a contribuição para o fortalecimento do Sistema Nacional de Saúde. Isse destacou o crescimento do Instituto Nacional de Saúde (INS) e o empenho dos investigadores. A Presidente do Comité Científico, Edna Viegas, mencionou a participação de 3.708 pessoas, com 91% da meta de participantes nos cursos de capacitação atingida. Delfina Hlashwayo foi premiada com o Prémio Jorge Barreto de Jovem Investigador em Saúde, reconhecendo o seu trabalho em Biociências e Saúde Pública. O prémio visa valorizar jovens investigadores com menos de 30 anos que se destaquem na área da Saúde.
O governante felicitou o Instituto Nacional de Saúde (INS) pelo empenho na organização do evento e orgulhou-se de dirigir um sector que demonstra um crescimento contínuo em termos de produção científica e qualidade técnica.
“Foi inspirador testemunhar o empenho e a dedicação dos nossos investigadores. Estas jornadas demonstram que o INS está a consolidar-se, cada vez mais, como uma referência nacional na produção de evidências científicas que orientam políticas e fortalecem o Sistema Nacional de Saúde”, afirmou o dirigente.
No mesmo contexto, Isse sublinhou o compromisso do Ministério da Saúde na liderança do processo da investigação baseada em evidências e desafiou o INS a superar as metas nas próximas jornadas.
Na mesma ocasião, a Presidente do Comité Científico das XVIII JNS, Edna Viegas, destacou que as XVIII JNS contaram com 3.708 participantes, sendo 2.302 presenciais e 1.406 virtuais, facto que reflecte o crescente interesse da sociedade moçambicana nas actividades científicas.
Edna Viegas anunciou que o evento alcançou 91% da meta de participantes prevista nos cursos de capacitação, com 113 profissionais formados em diversas áreas temáticas de investigação científica. Igualmente, ela fez um balanço positivo da referida edição e agradeceu aos oradores, moderadores e demais participantes pelo empenho e partilha de conhecimento.
“O sucesso destas jornadas traduz a missão de transferir conhecimento e fortalecer a investigação científica em saúde e ciências afins”, destacou.
Delfina Hlashwayo vence prémio Jorge Barreto
Um dos momentos mais marcantes das XVIII JNS foi a sessão de premiação dos autores dos melhores trabalhos científicos, sobretudo referente ao prestigiado Prémio Jorge Barreto: para Jovem Investigador em Saúde, que coube à Delfina Hlashwayo, docente e investigadora no Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Eduardo Mondlane.
Criado em 2015 pelo INS, o prémio reconhece o contributo do cientista Jorge Barreto no desenvolvimento da investigação científica em Moçambique e tem por objectivo prestigiar e reconhecer jovens investigadores cujo contributo científico e intelectual na área da Saúde tem sido notável.
Segundo a Directora-adjunta do INS, Sofia Viegas, o prémio em alusão visa valorizar jovens investigadores com menos de 30 anos que se tenham distinguido pelo contributo científico e intelectual na área da Saúde.
Delfina Hlashwayo concluiu o Doutoramento em Biociências e Saúde Pública, com distinção, e conta com mais de uma década de experiência em investigação. O seu trabalho tem-se destacado nas áreas de plantas medicinais, resistência antimicrobiana e outras temáticas relevantes.
A investigadora participou virtualmente da cerimónia de premiação, tendo sido representada pela mãe, que, com emoção, agradeceu a Deus pela sua obediência e dedicação.
A vencedora recebeu um computador portátil, troféu, certificado e uma bolsa para participar numa conferência internacional à sua escolha.
Igualmente, foram distinguidos os autores dos melhores trabalhos nas categorias de apresentação oral, mini oral e poster. Na categoria de apresentação oral, o primeiro lugar foi atribuído a Vasco Cumbe, seguido por Percina Chirinda e Rosário Martins.
No grupo de mini oral, os premiados foram Muhamad Sidat, Leucádia Vilancules e Marcelino Garrino. Por fim, na categoria de poster, o primeiro lugar foi conquistado por Nália Ismael, sendo seguida por Berto Adelino e Dorlim Uetela.
Os vencedores receberam troféus, certificados e equipamentos tecnológicos, como tablets e computadores portáteis.
A cerimónia marcou também o fim do mandato de Edna Viegas como Presidente do Comité Científico das JNS. O Director-geral do INS, Eduardo Samo Gudo, elogiou o trabalho exemplar de Viegas e anunciou Nilsa de Deus como nova presidente, destacando que ela reúne todos os requisitos para conduzir a próxima edição do evento.
Nilsa de Deus agradeceu pela confiança e comprometeu-se a dar continuidade ao sucesso das jornadas, com o apoio de todos os intervenientes.
Fonte: INS