Rio Ave-FC Porto, 2-2 (crónica)

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O FC Porto não foi além de um empate na estreia de Martín Anselmi na Liga. Numa noite desastrosa para a defesa portista, o Rio Ave só precisou de aproveitar as ofertas forasteiras para conquistar um precioso ponto. 

Os dragões foram sempre melhores, mas esbarraram numa noite inspirada de Miszta. O guarda-redes vilacondense foi adiando o golo de um lado e do outro Clayton aproveitava um erro de Nehuen Pérez para abrir o marcador, ainda no primeiro tempo.

O defesa central argentino redimiu-se ao fazer o empate no reatamento, mas, pouco depois, Otávio imitava o colega de equipa e oferecia mais um golo aos vilacondenses. Olinho não se fez rogado com a oferta e deu nova vantagem aos locais. Tal como Nehuen Pérez, Otávio por amenizar a falha e, com um pontapé do meio da rua, que ainda desviu num defesa rioavista, estabeleceu a igualdade final. 

Anselmi vai ter vida difícil no dragão, não havendo nenhum treinador que resista a tantos erros individuais. O Rio Ave nem precisou de construir jogo durante toda a partida para roubar pontos ao FC Porto.

Nico González de fora

Os azuis e brancos mandaram na primeira parte. Logo no primeiro minuto Rodrigo Mora, o mais ativo dos dragões, esteve perto de marcar, valeu Miszta. Sem Nico Gonzalez e com Samu de regresso à frente de ataque, na primeira meia hora só deu FC Porto, valendo a boa exibição do guarda-redes vilacondense. O Rio Ave foi a jogo num bloco baixo e a tentar aproveitar o contra-ataque.

Martín Anselmi fez quatro alterações em relação ao jogo com o Maccabi Tel Aviv. Além da ausência de Nico, o treinador deixou no banco Pepê, Fábio Vieira e Namaso, fazendo entrar Nehuen Pérez, Alan Varela e Gonçalo Borges, além do avançado espanhol Samu. Já Petit fez apenas uma alteração depois do triunfo em casa do Farense (1-2). Martim Neto assumiu a titularidade no lugar de Aguilera.

Os dragões dominaram por completo os primeiros 30 minutos e estiveram perto de inaugurar o marcador. Mora foi o primeiro a tentar, depois foi Eustáquio a tentar, com um chapéu, e voltou Rodrigo Mora a estar na cara do golo. Todas as tentativas tiveram o mesmo fim: excelentes defesas de Miszta.

A formação rioavista não precisou de produzir jogo para chegar com perigo à baliza portista. Tiago Djaló foi o primeiro dos defesas centrais a errar, oferecendo a Clayton a possibilidade de marcar. Diogo Costa não deixou. Depois, foi Otávio a errar, valendo Nehuen Pérez a vir de trás e a cortar o esférico quando Clayton se preparava para rematar. Contudo, à terceira foi de vez. Perez errou o passe, isolou Clayton e, quando Diogo Costa se preparava para fazer a mancha, o defesa central escorregou, derrubando o guardião portista. O avançado brasileiro só teve de encostar.

Novo erro, novo golo

O FC Porto entrou na segunda metade apostado em dar a volta ao marcador e demorou apenas sete minutos para chegar à igualdade. Antes, já Miszta tinha, uma vez mais, brilhado após remate em arco de Rodrigo Mora. Após canto, os vilacondenses foram pouco expeditos a tirar o esférico da área e Nehuen Pérez apareceu vindo de trás a rematar para golo.

Festejavam os portistas, mas os fantasmas da primeira parte voltaram e o Rio Ave, que se limitava a defender, voltou a marcar. Desta feita foi Otávio a errar o passe e a isolar Olinho que, à saída de Diogo Costa atirou a contar. Apesar do erro, o central dos azuis e brancos redimiu-se pouco depois ao fazer novo empate. Otávio, do meio da rua, rematou forte, o esférico desviou num defesa e só parou quando balançou a rede.

Anselmi e Petit foram refrescando as equipas: o primeiro tentando dar mais tração na frente e o segundo mantendo a equipa viva e coesa. Até ao final, os portistas tentaram com muito coração e pouca cabeça chegar à igualdade, mas tiveram de se contentar com um ponto. Não há treinador que resista a tantos erros. Saiu a sorrir a formação vilacondense.

Fonte: Mais Futebol

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