O momento físico do Sporting foi um dos temas mais abordados na conferência de imprensa de antevisão de Rui Borges à receção ao Arouca.
Nos últimos dois jogos, diante de FC Porto e Borussia Dortmund, as primeiras partes foram claramente melhores dos que as segundas e o treinador dos leões abordou o assunto, reconhecendo que a equipa está cansada.
«Todas as equipas passam por picos de quebras e nós também passamos por isso. Mas nos momentos de quebras temos de ser competentes. E temos sido dentro de portas. Fora, a competitividade é maior e temos tido mais dificuldades. O Dortmund faz substituições com malta fresca e é sempre a andar. O Sporting tem feito substituições com malta que vem cansada, a ganhar minutos e não é a mesma coisa. O Viktor, a jogar assim, nota-se claramente», referiu.
«Para a Liga dos Campeões precisamos de toda a gente a 200 por cento. E nem a 100 estamos. Estamos num pico baixo de cansaço e estamos a senti-lo. Temos de lutar contra isso e ter mais gente disponível o mais rapidamente possível, porque o final do campeonato vai ser muito exigente», apontou Rui Borges.
Mesmo frisando não querer fazer comparações com o passado recente do Sporting, Rui Borges não foi capaz de as evitar. «Se forem ao passado do Sporting, percebem que às vezes o Sporting conseguia porque mexia quatro e cinco e mantinha. Agora não temos capacidade para isso», assumiu, mostrando-se confiante de que será possível no futuro quando os jogadores estiverem em melhores condições físicas.
O treinador do Sporting analisou depois o problema numa perspetiva de… copo meio-cheio, admitindo que alguns jogadores anteriormente menos utilizados têm aproveitado para mostrar que são mais-valias e outros até têm dado resposta noutras posições que não as de origem.
«O Ivan [Fresneda] vinha de um ano e meio com pouquíssimos minutos e tem crescido a cada jogo que passa. O Zeno [Debast] também, numa posição que não é a dele. O próprio João Simões é cada vez mais importante na dinâmica da equipa. O próprio Harder. Também temos vindo a ganhar alguma margem de minutos para gente que estava à espera de oportunidades. (…) Eles têm sido fantástico até aqui, apesar dos resultados da Liga dos Campeões não terem sido os que estavamos à espera. Não temos sido capazes de dar resposta nesse sentido e eu não fujo a isso. Mas, no que diz respeito ao objetivo de sermos campeões, eles têm sido fantásticos a responder», rematou.
Fonte: Mais Futebol