Rui Borges considerou que, apesar da vantagem pontual de oito pontos para o FC Porto, o Sporting não parte como favorito para o clássico desta sexta-feira com os azuis e brancos no Estádio do Dragão.
«Se olharem para a classificação, vão dizer que o Sporting é favorito pelo momento. Apesar disso, não olho dessa forma. É um jogo diferente. (…) O FC Porto, mesmo com alguma distância para o Sporting, acho que isso vai dar-lhes uma dose extra de motivação para se quererem sobrepor a nós. Temos de estar preparados para a exigência e o ambiente no Estádio do Dragão. O favoritismo é repartido. É um jogo entre duas grandes equipas e tenho a certeza de que será um bom jogo», projetou o treinador dos leões na antevisão ao duelo que abre a ronda 21 da Liga.
Rui Borges considerou até que os leões até partem em desvantagem num aspeto: o do conhecimento do adversário. «Acredito que em termos de conhecimento é mais fácil para o FC Porto do que para nós, porque o mister Anselmi chegou agora, está a criar uma ideia e uma identidade, mas para nós torna-se mais difícil sentir quais são as mudanças e de que forma as faz. Dá para perceber algumas coisas, também pela análise do seu passado. (…) Em termos estratégicos até se torna mais nebuloso para nós. O treinador do FC Porto mudou o sistema, está à procura das suas dinâmicas. Torna-se mais difícil para nós a análise da estratégia do adversário. (…) Acho que no sentido estratégico o FC Porto está mais à frente porque já sabe como joga o Sporting e nós ficamos sempre um bocadinho na dúvida», observou, referindo que o líder do campeonato terá de focar-se mais no que tem de fazer do que propriamente no adversário.
Uma vitória do Sporting no clássico deixa o FC Porto a 11 pontos do líder, distância nunca recuperada na história da Liga. «O nosso foco é o que nos pode dar. O objetivo é fazermos a nossa parte: se a fizermos, sabemos que as consequências são deixar o FC Porto mais longe e manter a distância que temos para o segundo classificado.»
O técnico dos leões foi questionado ainda sobre o facto de o adversário poder estar mais fragilizado por ter perdido nos últimos dias Nico González e Galeno, dois habituais titulares. «Isso é o FC Porto. O Porto não deixa de ser Porto, de ser uma grande equipa, independentemente de quem saia ou entre. Abre espaço para outros. O futebol é mesmo isso: às vezes dizemos que nas lesões o azar de uns é a sorte dos outros. Saem uns, entram outros, mas mantém-se a dificuldade e uma grande equipa», rematou.
Fonte: Mais Futebol