Rui Borges: «Levei muito tempo na cabeça e tive de andar a tirar os cursos»

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Treino do Sporting (RUI MINDERICO/LUSA)

Na antevisão ao clássico com o FC Porto, Rui Borges debruçou-se sobre a gestão física de Gyökeres, que falhou os últimos dois jogos do Sporting por lesão e está em dúvida para o duelo desta sexta-feira no Dragão.

Antes de ser obrigado a parar, o avançado sueco já estava a ser gerido. Iniciou os jogos com o Rio Ave e o Leipzig no banco, mas depois, na receção ao Nacional (que antecedeu o jogo da Liga dos Campeões com o Bolonha), esteve 88 minutos em campo.

A opção do treinador dos leões foi tema de conversa na comunicação social e também entre os adeptos do Sporting, que questionaram se faria sentido dar prioridade ao jogo com Nacional em detrimento do Bolonha, numa noite em que a continuidade dos leões na Champions esteve em risco.

«É difícil, porque é entrarmos na lógica de que os comentadores e os amigos do bar são todos treinadores. (…) É a ideia de cada um. Levei muito tempo na cabeça e tive de andar a tirar os cursos todos de treinador. E a malta de fora… é normal e não ligo muito a isso», começou por dizer.

«Se perguntar a um jogador, ele mesmo aleijado quer entrar em campo. E não é só o Viktor. São todos! Aos 80 minutos perguntamos a um jogador como é que ele está, ele diz que está bem e a seguir está a puxar a perna porque tem cãibras. Nós tentamos chamar cada vez mais o jogador [n.d.r.: jogador no sentido genérico, Rui Borges não se referia ao caso em concreto de Gyökeres] à responsabilidade e cada vez mais o jogador percebe a responsabilidade de ser honesto.(…) Optamos sempre por aquilo que entendemos ser a melhor solução. Às vezes não é, mas para nós, no momento, é. E tudo vai ser sempre discutível. Mas não pomos em causa o atleta. Tomamos sempre a decisão que achamos ser melhor para ele. O Viktor jogou 88 minutos porque achámos, em diálogo, que conseguia fazê-los. Mas já vinha com a sobrecarga. Depois, de fora queriam que jogasse a Champions e não jogasse para o campeonato, mas se depois não jogasse para o campeonato era porque é que não tinha jogado. O futebol é bonito por causa disso», atestou com um sorriso.

Fonte: Mais Futebol

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