Na abertura da 21.ª Sessão do Observatório de Desenvolvimento, decorrido na manha desta sexta-feira, 26/09, em Maputo, o Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Salim Valá, sublinhou que o PESOE 2026 será o motor da retoma económica, reforçando a resiliência do país e colocando a inclusão social, a dinamização das PME’s e a modernização estrutural no centro da agenda nacional.
O Ministro destacou o Observatório como “um instrumento de convergência de ideias e de construção colectiva”, lembrando que este espaço “fortalece a transparência e a prestação de contas, inserindo-se numa governação participativa, inclusiva e de proximidade”.
Ao abordar o cenário macroeconómico, Valá apontou os desafios de 2025: “O Produto Interno Bruto contraiu 2,43% no primeiro semestre de 2025, afectando o ambiente de negócios e provocando um forte abalo no tecido empresarial.” Apesar disso, assinalou sinais de recuperação com crescimento anual esperado entre 1,9% e 2,5% e uma previsão de expansão de 3,2% em 2026, suportada pelo gás natural liquefeito, agricultura, energia e serviços.
Sustentado por reservas internacionais de 3,8 mil milhões de USD e uma inflação controlada em torno de 3,7%, o país dispõe de bases sólidas para consolidar a retoma. “O PESOE 2026 insere-se num contexto marcado pela necessidade de acelerar a recuperação económica, reforçar a resiliência face aos choques internos e externos e transformar o perfil produtivo do País”, afirmou.
No campo estrutural, o Ministro sublinhou que o Governo actua em torno de cinco pilares: unidade e governação, modernização agrícola e industrialização, fortalecimento do capital humano, expansão de infraestruturas e sustentabilidade ambiental.
Entre os instrumentos, destacou o Plano de Recuperação e Crescimento Económico (PRECE 2025–2029), com mobilização de 2,75 mil milhões de USD, incluindo 800 milhões para financiar o sector empresarial através de fundos de garantia e desenvolvimento.
A dada altura do seu discurso, Valá sublinhou que:
“Que este Observatório seja um marco na consolidação de uma cultura de planificação programática e baseada em resultados, transparente e participativa, orientada para o bem estar da população.”
E acrescentou:
“Para planear com pragmatismo não basta apenas estarmos munidos de boas intenções ou de sonhos grandiosos. Temos de proceder à alocação criteriosa e eficiente dos recursos escassos, investi-los onde possam ter efeitos multiplicativos na economia e sociedade, remover obstáculos ao desenvolvimento e apostar no capital humano e nas infraestruturas.”
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>No fecho, deixou claro que a prioridade para 2026 será “garantir a segurança alimentar, reduzir desigualdades e criar empregos para jovens e mulheres, potenciando as PME’s”.
Fonte: O Económico