A CONFEDERAÇÃO das Associações Económicas de Moçambique (CTA) considera que a concessão das praias para gestão privada pode constituir uma oportunidade estratégica para o desenvolvimento sustentável do turismo, dinamização da economia local e melhoria da experiência dos utentes.
Neste sentido, defende que a definição de regras claras de investimento revela-se essencial para assegurar que o processo traga benefícios concretos para o sector, empresariado e população em geral.
Esta posição surge em reacção à iniciativa do município de Maputo de pretender transferir a gestão de praias para o sector privado, com o objectivo de melhorar a sua administração e organização.
Para Muhammad Abdullah Hassam, presidente do Pelouro do Turismo na CTA, este modelo pode atrair investimentos para o desenvolvimento de infra-estruturas turísticas de melhor qualidade, incluindo sanitários, zonas de lazer, estacionamento e equipamentos para desportos náuticos.
“O sector privado vê a concessão como iniciativa positiva, desde que conduzida com critérios claros de transparência, sustentabilidade e inclusão social. A definição de regras claras de investimento, acesso e gestão será fundamental para garantir que o processo traga benefícios reais”, afirmou.
Relativamente à promoção dos destinos, a CTA defende que praias bem estruturadas e organizadas elevam o padrão turístico, tornando-as competitivas e atractivas para visitantes nacionais e estrangeiros.
Para além disso, considera que este modelo pode estimular investimentos em restauração, hospedagem, actividades recreativas e eventos, beneficiando empresas do sector.
“Um modelo bem estruturado de concessão oferece previsibilidade para os investidores, garantindo ambiente propício para o crescimento sustentável dos negócios turísticos”, referiu.
Defende que o envolvimento do empresariado pode fortalecer o turismo, criando sinergias entre o sector privado e as autoridades municipais.
Contudo, estas medidas devem traduzir-se em ganhos efectivos para os utentes. Os visitantes passarão a ter praias mais limpas, seguras e bem equipadas.
Não obstante, os empresários alertam para a necessidade de garantir que este processo seja conduzido com transparência, inclusão e equilíbrio entre os interesses públicos e privados.
Fonte: Jornal Noticias