Fonte: O País
Segurança privada contesta dívida e bloqueia acesso ao Hospital Provincial de Xai-xai

Lizarda Novela de 25 anos de idade que luta contra diabetes há 5 anos conta que chegou ao local por volta das 5 horas, no entanto ficou retida na porta por quase duas horas e com seu estado a agravar não teve outra saída senão regressar abandonar a unidade hospitalar.
“Não é fácil, na verdade eu entrei lá, só que parei uma hora de tempo na aceitação. Só para perguntar o que você quer, foi um problema, acabei cansando porque não estou bem. Saí dali, voltei e vim ficar no carro.Eu sou diabética, então vim aqui para fazer um exame de oftalmologia. Estou aqui fora a uma hora e meia “, lamentou.
A “segurança fechou as portas porque disse que não estão a receber e fecharam as porta às seis horas”, indicou, uma acompanhante.
Em causa está uma dívida de mais de um milhão de meticais.
Por conta da agitação que se instalou, as autoridades do hospital accionaram a polícia para repor a ordem, no entanto, sem sucesso.
Os pacientes descrevem momentos de apreensão e fazem duras críticas à direcção do hospital pela insegurança instalada por motivos financeiros.
“Não é fácil, porque se for o caso de uma pessoa muito grave, talvez poderia morrer. Outros não conseguiam andar, mas tiveram que parar um tempo para poder entrar. Então, isso se torna complicado. Por mim, deveriam mudar a estratégia”, apelou.
O grupo alega ter accionado todas linhas para dirimir o problema, mas porque não encontrou soluções, agiu para pressionar. “Se se bloqueou a cancela, era muito mais para criar uma pressão. Para podermos apanhar uma resposta”, justificaram.
Confrontada com a situação, a administradora do Hospital Provincial de Xai-Xai, Elisa Fuel, confirma a dívida, mas diz que para já não há dinheiro e pede calma.
“Desde Abril até então, são cerca de um milhão que estamos a dever. Mas já solicitamos apoio para o pagamento desta dívida. Aguardamos essa disponibilidade financeira, dependemos do Ministério das Finanças para o pagamento de qualquer despesa”, explicou.
Enquanto isso, o grupo de 30 homens permanece no recinto hospitalar e exige das autoridades do hospital a regularização da dívida até final de Outubro em curso.
Fonte: O País
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