O defesa central espanhol Sergio Ramos foi apresentado oficialmente como novo jogador do Monterrey, no domingo. Durante a apresentação, o jogador de 38 anos falou aos jornalistas sobre a chegada ao campeonato mexicano, admitindo que foi uma «decisão fácil» de tomar.
«O Monterrey ofereceu-me o equilíbrio que procurava. Uma equipa com uma margem de crescimento enorme e que me permite jogar torneios nacionais, internacionais, continentais e um Mundial de Clubes», confessou, em conferência de imprensa, garantindo que não vive do passado e que não chega ao clube para mostrar o que já ganhou.
«Eu sou uma pessoa que não se cansa de ganhar. No futebol não se vive do passado. Obviamente que é um legado que não se pode apagar. Mas não venho para aqui exibir o que fiz e o que ganhei. Venho com a mesma ilusão de querer continuar a ganhar troféus e oportunidades novas, porque nunca estive na liga mexicana», acrescentou o jogador, assumindo que a sua chegada ao México trouxe muitas expectativas.
Com uma carreira recheada de títulos e troféus, sobretudo em Espanha, mas também em França, o jogador espanhol assume que quer «deixar um legado no México.»
«O palmarés está aqui, não o posso apagar, mas não venho passear taças, pelo contrário, venho para conquistar títulos novos e trazer a minha melhor versão», admitiu o craque espanhol que confessou a vontade de ganhar o campeonato pelo Monterrey.
Habituado a ser um líder, dentro e fora de campo, Sergio Ramos foi questionado sobre se iria assumir a capitania dos “Rayados”, ao qual responde: «Nunca precisei de uma braçadeira para ser um líder. Se a direção e o balneário pensarem nisso e decidirem fazê-lo, ficarei orgulhoso».
Sem clube desde a saída do Sevilha na temporada passada, o internacional espanhol confessou que nunca pensou em retirar-se do mundo do futebol e revelou que «não foi fácil estar em casa e ter saudades do futebol». «Nunca pensei em retirar-me. Continuei a trabalhar todos os dias sabendo que o momento iria chegar mais cedo ou mais tarde. É uma decisão [ndr: retirada do futebol] que irei tomar quando achar que o futebol já não me faz sentido», assumiu.
Ao serviço do clube mexicano, que ocupa o 12.º lugar no campeonato, Sergio Ramos irá utilizar o número 93 em vez do habitual 4 na sua carreira. O jogador recorre à história para explicar a escolha de levar o número 93 nas costas.
«O minuto 93, do meu golo na Liga dos Campões em Lisboa, que nos permitiu ganhar a prova e o título [ndr: de campeões europeus] mais importante e épico da minha carreira… é altura de deixar um pouco o 4 na gaveta e levar o 93 a passear», concluiu o jogador, fazendo referência à conquista da Liga dos Campões pelo Real Madrid, em 2014.
Fonte: Mais Futebol