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Friday, November 21, 2025
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Serviço provincial de saúde em Nampula alerta para aumento de casos de Malária 

Resumo

O Serviço Provincial de Saúde de Nampula alertou para o aumento significativo de casos de malária e outras doenças sazonais devido à época chuvosa. Entre janeiro e outubro, os casos de malária cresceram 17,6%, atingindo 2 948 751 casos em 2025. Apesar disso, as mortes por malária diminuíram 20%, passando de 109 para 87 óbitos. O Distrito de Nampula registou a maioria dos óbitos, com destaque para o Hospital Central. No entanto, os casos de malária severa ultrapassaram 21 mil, indicando atrasos na procura de cuidados de saúde. O setor está a investir na formação de profissionais para melhorar o tratamento e reduzir a mortalidade. Para lidar com o pico sazonal, o SPS está a intensificar intervenções de prevenção.

O Serviço Provincial de Saúde de Nampula (SPS) lançou, recentemente, um alerta à população e aos órgãos de comunicação social sobre o aumento significativo de casos de malária e outras doenças sazonais, à medida que se aproxima ao auge da época chuvosa, período em que se agravam as enfermidades de origem hídrica e o índice de transmissão do paludismo.

Durante uma conferência de imprensa dirigida pelo Chefe do Departamento de Saúde Pública, Samuel Carlos, foram apresentados dados epidemiológicos referentes ao período de Janeiro a Outubro, que revelam um crescimento de 17,6% dos casos de malária. A província registou 2 948 751 casos em 2025, contra 2 507 660 no igual período do ano passado.

Segundo o responsável, este aumento preocupa o sector, sobretudo por ocorrer num momento em que diferentes actores comunitários e institucionais reforçam acções de sensibilização para a prevenção da doença.

Apesar do crescimento da incidência, há um dado encorajador: os óbitos por malária reduziram em 20%, passando de 109 para 87 mortes. A maioria dos óbitos foi registada no Distrito de Nampula, com destaque para o Hospital Central, que recebe os casos mais graves encaminhados de várias unidades sanitárias.

Entretanto, o número de situações de malária severa também aumentou, ultrapassando 21 mil casos. Para as autoridades, este cenário indica atrasos na procura de cuidados de saúde, desconhecimento dos sinais de alarme ou dificuldades de acesso, especialmente em distritos com longas distâncias entre as comunidades e as unidades sanitárias.

Samuel Carlos destacou que muitos doentes chegam tardiamente às unidades de referência, quando já se esgota a margem de intervenção. Por isso, o sector investe na capacitação contínua dos profissionais para melhorar o manejo clínico e reduzir a mortalidade intra-hospitalar.

Para enfrentar o pico sazonal de transmissão, o SPS, segundo a informação publicada nas redes sociais do Hospital Central de Nampula,  já está a intensificar várias intervenções de prevenção, incluindo: distribuição massiva de redes mosquiteiras tratadas com insecticida. 

A entrega está a decorrer em blocos devido a atrasos logísticos, envolvendo inicialmente 12 distritos, e já prossegue desde segunda-feira. 

Outras abordagens de combate ao vector, incluindo acções previstas no quadro da Quimioprevenção da Malária Sazonal (QCM), direccionadas especialmente às zonas com maior incidência.

O distrito de Nampula ficou de fora da fase actual da CCU, mas, segundo o SPS, “irá beneficiar de outras estratégias de prevenção”.

O sector de Saúde em Nampula diz também estar preocupado com a intensificação das chuvas, visto que o risco de doenças de origem hídrica, como diarreias, cólera e infecções gastrointestinais aumenta substancialmente.

As autoridades apelam à população para reforçar práticas de higiene, consumo de água tratada e vigilância comunitária para evitar surtos.

Em termos de cólera, dois distritos têm surto activo: Moma (46 casos cumulativos) e Memba (261 casos cumulativos com 2 óbitos extra-hospitalares).

O Serviço Provincial de Saúde conclui reafirmando o seu compromisso de trabalhar com as comunidades, parceiros e meios de comunicação social para garantir a disseminação de mensagens correctas e promover comportamentos que salvam vidas.

 

Fonte: O País

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