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Monday, July 21, 2025
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MOÇAMBIQUE PODE TER UMA PARTICIPAÇÃO DETERMINANTE NA COP30 ATRAVÉS DO ACORDO ASSINADO ENTRE O DIMSUR E O GOVERNO BRASILEIRO DO ESTADO DO PARANÁ

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Por: Alda Almeida

 

Moçambique poderá ter uma participação determinante na 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP 30), que decorrerá entre os dias 10 e 21 de Novembro de 2025, em Belém, no Brasil, considerando o recente acordo de cooperação intergovernamental assinado entre o DiMSUR e a Fundação Araucária, em representação do Governo do Estado do Paraná, no Brasil. No entanto, a presença do país neste evento de escala mundial, ainda depende da percepção que o Governo de Moçambique, tem sobre a relevância desta oportunidade.

A parceria entre o DiMSUR (Centro técnico regional para a redução do risco de desastres, sustentabilidade e resiliência urbana) e o Governo do Paraná posiciona Moçambique como um participante determinante num dos fóruns mais relevantes sobre clima a nível global, por ser o país que alberga este centro regional. O acordo permite não só a troca de experiências entre os países do Sul global, como também abre portas para que Moçambique e os países da região exponham o seu “saber-fazer” na gestão prática de desastres naturais.

Em entrevista, o Director Executivo do DiMSUR, Nuno Remane, sublinhou que a COP 30 representa “uma oportunidade única” para Moçambique e os países da SADC demostrarem ao mundo a sua experiência concreta na área de adaptação às mudanças climáticas e resiliência urbana. Moçambique, pode aproveitar a oportunidade para reforçar a imagem de um país resiliente e tecnicamente preparado para lidar com os desafios climáticos, principalmente no que concerne a gestão de inundações. “Queremos que Moçambique esteja presente como parceiro técnico. Não podemos desperdiçar esta vitrina mundial”, afirmou.

Remane acrescenta ainda que a participação poderá atrair investimentos estratégicos e consolidar parcerias internacionais, especialmente no domínio da adaptação climática e da gestão de riscos de desastres. “O mundo precisa saber o que Moçambique tem feito na área da resiliência climática, e esta é uma oportunidade de ouro para o país se afirmar no cenário global”, declarou.

O DiMSUR encontra-se actualmente em articulação com as autoridades nacionais e apela a que o Governo dedique uma atenção especial, para que o apoio institucional que é necessário para permitir que a presença na COP 30 se concretize. Esta participação dará a oportunidade a Moçambique e aos países da região, que pertencem ao DiMSUR, de demonstrarem as lições aprendidas dos projectos de resiliêmcia climática, que tem realizado com sucesso. A COP 30 é uma conferência Brasileira, que reunirá líderes mundiais, cientistas, activistas e financiadores, sendo um palco essencial para reforçar o papel de Moçambique como um dos actores chave na agenda climática do Sul global.

A expectativa do DiMSUR e dos moçambicanos é que, em Novembro, Moçambique esteja na COP 30, levando a sua experiência prática e reafirmando o seu papel na construção de um futuro sustentável para o planeta.

Ministra da Educação alarmada com o caso de violação sexual de aluna adolescente por colegas, na Machava

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A Ministra da Educação e Cultura, Samaria Tovela, afirma que o caso da violação sexual de aluna adolescente, pelos seus colegas na Machava, no município da Matola, resulta da degradação dos valores morais da sociedade.

O caso, que chocou a sociedade, esta quinta-feira, foi perpetrado e filmado pelos próprios agressores, de idades compreendidas entre 14 e 15 anos, que depois colocaram o vídeo nas redes sociais.

A titular da pasta da Educação e Cultura exige a reactivação e dinamização urgente das Reuniões de Turma e dos Conselhos de Escola.

Os quatro adolescentes, que violaram sexualmente a sua colega de escola, estiveram sob custódia policial e foram libertados, esta sexta-feira, pois, pela legislação moçambicana, não podem ser responsabilizados criminalmente. (RM)

Fonte: RM

Maxaquene e Desportivo Maputo protagonizam na quarta-feira um dos duelos mais antigo do futebol da capital

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O Maxaquene e Desportivo, vizinhos e eternos rivais, protagonizam está quarta-feira, 23 de Julho, o jogo de cartaz da 18ª jornada do campeonato nacional da segunda divisão a nível da cidade de Maputo, com transmissão no Lance MZ.

Por Vanildo Polege

O jogo que coloca frente a frente, os dois clubes centenários e arquirrivais desde a sua criação, terá lugar no campo do Maxaquene, pelas 15 horas, sendo que os tricolores vem de um vitória diante da União Desportiva de Zimpeto por 2-0, e os alvinegros empataram por uma bola, diante das Águias Especiais.

Historicamente, os dois clubes se enfrentaram por 30 vezes, tendo se saído melhor a equipa tricolor com 14 vitórias, 9 derrotas e 35 golos marcados, contra 9 vitórias dos alvinegros, 14 derrotas, 28 golos marcados, tendo ainda as duas formações empatado por 7 vezes.

Enquanto o Moçambola não retoma, os amantes do desporto no geral, e futebol em particular vão se contentando com os jogos da segunda divisão que continua ao rubro, concluídas dezassete jornadas desde o pontapé de saída no início da época e os adeptos dos maxacas, tem todos os motivos para sorrir, até porque o Maxaquene continua líder isolado da prova com 44 pontos, seguido do Estrela vermelha com 37 pontos. (Lance MZ)

Fonte: Lance

Conselho Municipal disponibiliza 3200 bancas após retirada de vendedores informais dos passeios

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Após a retirada dos vendedores informais que ocupavam os passeios e bermas da estrada na manhã desta segunda-feira, o Conselho Municipal da Cidade de Maputo emitiu um aviso público a informar sobre medidas alternativas para a continuidade das atividades comerciais.

De acordo com o aviso publicado nas redes socias na página da edilidade, estão disponíveis cerca de 3.200 bancas, distribuídas por 18 mercados municipais da cidade. E aos vendedores que já receberam as guias de alocação, recomenda-se que se apresentem nos respetivos mercados para ocupar os seus espaços.

E para os comerciantes que ainda não receberam as guias, o Conselho Municipal orienta que se dirijam à Direção Municipal de Mercados e Feiras ou entrem em contacto com as equipas móveis que estarão a circular na zona da Praça dos Combatentes, com o objetivo de emitir as guias necessárias para posterior encaminhamento aos mercados disponíveis.

Além disso, a edilidade apela aos condutores de transportes colectivos e semi-colectivos de passageiros que procedam ao embarque e desembarque no interior do Terminal da Praça dos Combatentes, evitando paragens fora das zonas autorizadas.

O apelo estende-se ainda aos condutores de “boleias pagas”, recomendando que evitem parar ou estacionar em locais que prejudiquem a circulação de veículos e peões, de modo a garantir a fluidez do trânsito e a segurança nas vias públicas.

Com estas medidas, o município pretende ordenar a actividade comercial informal e melhorar a mobilidade urbana, particularmente numa das zonas mais movimentadas da capital moçambicana.

De lembrar que durante as duas últimas semanas, a Polícia Municipal levou a cabo uma campanha de sensibilização junto dos vendedores informais, apelando para o abandono voluntário dos espaços considerados impróprios para a actividade comercial. Segundo as autoridades, esta fase visou evitar confrontos e dar oportunidade aos comerciantes de se regularizarem.

BRUNO LANGA E GUIMA COM TESTES EUROPEUS

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Para a maior parte dos futebolistas moçambicanos a jogar fora do país as férias já terminaram. A preparação para a época 2025/2026 arrancou com os treinos de conjunto e há quem tenha já o jogo de calibre europeu, casos de Bruno Langa e Guima, que terão pela frente jogos de um grau de exigência elevado e importantes naquilo que são os objectivos dos seus clubes.

O Pafos  FC, de Bruno Langa, será o primeiro a ser testado já amanhã, 22 de Julho, frente ao Maccabi Tel Aviv, campeão do Israel, na primeira “mão” da segunda eliminatória de acesso à Fase de Grupos da Liga dos Campeões Europeus. O jogo realiza-se às 19.00 horas, no Estádio Stelios Kyriakides, casa do Pafos FC.

Na terça-feira, o Pafos efectuou o último jogo de controlo, antes deste embate que marca o início da época, tendo passado no “exame”, já que venceu o Valladolid, equipa que caiu da I para II Liga Espanhola, por 3-2, num jogo em que o lateral-esquerdo moçambicano entrou na segunda parte. 

O Pafos iniciou a época a 23 de Junho, com um estágio na Letónia, e a 2 de Julho mudou-se para Espanha, onde permaneceu até terça-feira passada.  Em solo espanhol realizou três jogos, diante do AFC Wimbledon (2-2) e Leyton (0-1 vitória), das divisões secundárias da Inglaterra, e ainda com Orlando Pirates, da África do Sul (1-1).     

Bruno Langa juntou-se ao grupo a 8 de Julho, um dia depois de ter assinado o contrato por empréstimo do Almería, da II Liga Espanhola. 

Por sua vez, o Zira, de Guima, recebe, quinta-feira, o Hayduk Split, da Croácia, na primeira “mão” da segunda eliminatória de acesso à Fase de Grupos da Liga Conferência. O primeiro duelo será na casa do Zira, em Baku, capital do Azerbeijão, e a segunda a 31 de Julho, na cidade croata de Split.     

Guima vai fazer a segunda temporada no clube azere, que iniciou a preparação a 14 de Junho, tendo começado por se instalar em Baku até 30 de Junho. Durante esse período fez um jogo com o Qarab, campeão daquele país euro-asiático, tendo perdido por 4-0. A 5 de Julho seguiu para um estágio na Turquia, onde efectuou três partidas e venceu o Ankara Kechiorengucu (2-1), Al-Huseyin (1-0) e Çorum (2-0) . Na passada quinta-feira deixou as terras turcas de regresso a Baku.

Quem vai correndo a todo gás é o avançado Ratifo, que vestirá a camisola do Chemie pela segunda época. Na primeira, foi uma das unidades em maior evidência, ao marcar nove golos e ajudando a sua equipa a assegurar a manutenção, o seu principal objectivo, com um 14.º lugar.

Até ao momento, o Chemie efectuou quatro jogos amigáveis, tendo ganhado dois e perdido o mesmo número: Tapfer Lepzig 2-0 (derrota); Banik (2-4 derrota); Eilenburg (1-0 vitória) e Grimma (1-2 vitória).

O médio Pepo também intensifica a preparação no Caldas, que iniciou os trabalhos a 3 de Julho. O Caldas disputará a Liga 3 de Portugal e já realizou dois testes de pré-epoca, tendo goleado o Marinhense por 5-1, perdeu diante da UD Serra por 2-1. 

Na próxima sexta-feira terá mais um jogo de controlo diante do Sp.Covilhã e a 2 de Agosto bate-se com União de Leiria.

O defesa-central Mexer também já está em acção ao serviço do seu novo clube, o Ankara Keçiorengucu, que a 23 de Junho iniciou a preparação, tendo inclusive defrontando o Zira, de Guima, numa partida em que o jogador moçambicano ainda não tinha assinado pelo clube turco.

O Ankara foi o 14.º classificado da II Liga turca na temporada passada e nesta aposta em subir alguns “degraus”. O Hataspor, que caiu da I Liga, será o primeiro adversário a 10 de Agosto.

O internacional moçambicano transferiu-se há uma semana do Bandimarspor, também da II Liga turca, após dois anos de contrato. Portanto, irá enfrentar a sua ex-equipa na quinta jornada, agendada para 14 de Setembro.

Quem ainda espera pela abertura da pré-temporada é o avançado do AC Mestre, da Liga Regional da Itália, Faisal Bangal. Só a 4 de Agosto iniciará uma nova etapa.

Autor de 9 golos na última temporada, Bangal foi o futebolista em evidência na equipa italiana da região de Veneza e viu o seu contrato renovado por mais uma época,  apesar da temporada marcada por uma grave lesão.

Na época passada, o AC Mestre falhou a qualificação para a Liga 3, após perder no “play-off” com o Treviso.

À espera também da abertura da época está Gildo, que actua no Jerash, da II Liga da Arábia Saudita.

Fonte: Jornaldesafio

A EN1 Continua em Espera

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Por: Alfredo Júnior

A Estrada Nacional Número 1 (EN1), que atravessa o país de sul a norte, permanece num estado de degradação visível, apesar de promessas e esforços técnicos que apontam para a sua reabilitação, com mais de 2.600 quilómetros, esta via representa a principal ligação terrestre entre as regiões moçambicanas e é considerada uma infraestrutura estratégica para o transporte, comércio e circulação de pessoas.

Nos últimos anos, o tema da EN1 tem ocupado espaço no debate público, sobretudo devido à sua importância na vida económica e social do país, a circulação por esta via tornou-se difícil e, em alguns troços, quase impraticável, buracos extensos, pontes em risco, sinalização deficiente e desgaste contínuo do pavimento colocam em causa a segurança dos utentes, aumentam os custos logísticos e comprometem o acesso a bens e serviços em zonas remotas.

A boa notícia é que parte do financiamento para a sua reabilitação já foi mobilizado. O Governo anunciou a disponibilização de cerca de 1,1 mil milhões de dólares, como parte de um pacote total de 3,5 mil milhões previstos para o projeto completo. Desse montante, destaca-se o apoio de parceiros como o Banco Mundial, que garantiu 400 milhões de dólares para uma primeira fase que cobre mais de 500 quilómetros, e o apoio da China, com 150 milhões de dólares destinados à zona entre Marracuene e Xai-Xai.

Apesar desses avanços financeiros, a intervenção física ainda não teve início, vários concursos públicos foram lançados ao longo de 2023 e 2024, mas não há, até ao momento, datas concretas para o arranque das obras. Segundo explicações disponíveis, a demora prende-se com a complexidade técnica do processo, a necessidade de cumprir requisitos ambientais e sociais impostos pelos financiadores e a coordenação entre diferentes entidades envolvidas. Está previsto que o projeto decorra em fases, com dois anos de obras e oito anos de manutenção contínua.

Enquanto isso, a população continua a conviver com os efeitos da inércia. Os utentes da estrada enfrentam viagens longas e perigosas, os transportadores veem os seus custos operacionais aumentar e os agricultores têm dificuldade em escoar os seus produtos para os mercados urbanos. Em certas localidades, sobretudo nas épocas de chuva, o isolamento é quase total, afetando o acesso a hospitais, escolas e outros serviços básicos.

A reabilitação da EN1 representa mais do que uma obra pública, trata-se de um compromisso com a coesão nacional, a segurança redoviária e o desenvolvimento equilibrado das províncias. Com o financiamento assegurado e os estudos técnicos em fase adiantada, cresce a expectativa por um calendário de execução claro. Sem esse calendário, as boas intenções continuarão a gerar frustração, e a estrada que deveria unir o país continuará a separar, pela força das crateras que nela se multiplicam.

EMPODERAMENTO FEMININO: VALORIZAÇÃO SEM EXTREMISMOS

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Fala-se muito, e com razão, sobre o empoderamento feminino. E não poderia ser diferente. Durante séculos, a mulher foi silenciada, invisibilizada e, muitas vezes, reduzida a papéis que não refletiam sua verdadeira capacidade. O tempo de mudar essa realidade chegou. Tempo de abrir espaços, reconhecer talentos, valorizar vozes e permitir que cada mulher seja protagonista da sua própria história.

Nesse processo, é fundamental buscarmos o equilíbrio. Porque empoderar não significa competir com o homem, nem deixar de lado as características próprias de cada mulher. Pelo contrário, empoderar é valorizar a autenticidade, é permitir que a mulher seja forte à sua maneira, com sensibilidade, coragem, inteligência e liderança. Empoderamento é sinônimo de oportunidade, de justiça e de liberdade de escolha. É olhar para cada mulher e afirmar com convicção: “Tu tens o direito de ser o que quiseres ser.” Médica, engenheira, líder comunitária, mãe, ministra, poetisa ou tudo isso ao mesmo tempo. O género não deve ser um obstáculo, mas também não precisa ser exaltado como símbolo de superioridade. O foco deve estar na igualdade de condições e no reconhecimento de capacidades.

É importante também compreender que empoderamento vai além de gestos simbólicos. Ter independência financeira, por exemplo, é um passo importante, mas não resume o conceito. Ser empoderada é ter voz nas decisões, é ocupar espaços com dignidade, é ter liberdade de escolhas. Não se trata de quem paga o quê, mas sim de quem tem autonomia sobre a própria vida.

Ao longo do tempo, discursos diversos têm surgido. Alguns, infelizmente, acabam criando divisões desnecessárias. Mas o verdadeiro empoderamento une. Ele constrói pontes, incentiva o respeito mútuo e promove a colaboração entre mulheres e homens. Uma sociedade justa se constrói com diálogo, compreensão e parceria.

A mulher não precisa se transformar para ser respeitada. Ela é suficiente como é, com sua força, sensibilidade, intuição e capacidade de superação. Em Moçambique, vemos todos os dias exemplos inspiradores de mulheres que enfrentam desafios com coragem. Que acordam cedo para cuidar da família, que estudam enquanto criam filhos, que lideram projectos, comunidades e sonhos. Essas mulheres são reais. E merecem ser reconhecidas, ouvidas e valorizadas. Empoderamento não significa caminhar sozinha. Significa ter liberdade de caminhar com dignidade, lado a lado, construindo juntos uma sociedade mais justa e equilibrada. Mulher empoderada é aquela que tem escolhas, voz activa e espaço para crescer sem precisar diminuir ninguém para isso.

Por isso, empoderar é muito necessário. E deve ser feito com sabedoria, consciência e profundidade. Para que nenhuma menina cresça acreditando que nasceu para menos. E para que nenhum menino cresça pensando que merece mais apenas por ser homem.

Estamos a formar uma nova geração. Que seja, por fim, uma geração de respeito mútuo, de valorização de todos os talentos, e de crescimento conjunto com cooperação, e não competição. Porque uma sociedade mais justa é aquela em que todos caminham juntos, com igualdade, dignidade e esperança.

A NÍVEL NACIONAL: Lançado inquérito de avaliação da prontidão dos serviços de saúde

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O Centro de Saúde de Ndlavela, no Municipio da Matola, acolheu, na manhã da última sexta-feira (18.07), o lançamento do Inquérito de Avaliação Harmonizada da Prontidão de Unidades e Serviços de Saúde (PROSA) 2025. O acto foi dirigido pelo Secretário Permanente do Ministério da Saúde (MISAU), Ivan Manhiça, em representação do Ministro da Saúde, Ussene Isse.

O inquérito vai avaliar a capacidade das unidades sanitárias para fornecer serviços de saúde, olhando para a combinação de dimensões como recursos humanos, normas técnicas, equipamentos, medicamentos e insumos médicos.

Segundo Ivan Manhiça, a prontidão dos serviços de saúde representa um pilar fundamental para a oferta de serviços de saúde mais acessíveis e de qualidades à população, daí que o PROSA constitui uma ferramenta indispensável para o fortalecimento do Sistema Nacional de Saúde (SNS).

“Este inquérito realiza-se num momento oportuno em que o sector da Saúde está a planificar e a implementar diversas acções para melhoria da cobertura e qualidade dos serviços, rumo ao alcance das metas de Cobertura Universal de Saúde”, disse, apelando à colaboração de todas as instituições envolvidas para o sucesso do exercício.

Na mesma ocasião, o Director Provincial de Saúde de Maputo, Daniel Chemane, representando o Governador da província, disse que o PROSA é de suma importância na planificação, sobretudo porque a província tem vindo a crescer e há consciência de que continuará na mesma direcção.

“Como província de Maputo, continuamos a trabalhar para melhorar o estado de saúde da população”, referiu.

Por seu turno, o Director-geral do Instituto Nacional de Saúde (INS), Eduardo Samo Gudo, vincou que os resultados do inquérito serão fundamentais para o reforço do SNS, tornando-o mais resiliente, equitativo e orientado para as necessidades reais da população.

Coordenado pelo INS, em parceria com o Instituto Nacional de Estatística, MISAU e Organização Mundial da Saúde (OMS), o PROSA é financiado pelo Alto-Comissariado do Canadá e vai envolver 27 assistentes de pesquisa e 108 inquiridores, que são, igualmente, técnicos de saúde.

Para o representante do Alto-Comissariado do Canadá, Ashraf Hassanein, a implementação do inquérito é mais um exemplo concreto de compromisso com a melhoria contínua da qualidade dos serviços prestados à população moçambicana.

“Enaltecemos a liderança do Instituto Nacional de Saúde no fortalecimento do sistema de saúde, através da produção de dados fiáveis e de qualidade, que orientam políticas públicas e decisões informadas, contribuindo para uma planificação mais eficiente, equitativa e baseada na evidência”, elogiou, defendendo a necessidade de se investir na pesquisa.

Por seu turno, o representante da OMS, Inácio Alvarenga, explicou que o PROSA é um passo essencial para o fortalecimento do SNS e assegurou que a organização que representa reafirma o compromisso de continuar a trabalhar lado a lado com o MISAU, os seus parceiros e todos quantos pautam pela construção dum futuro mais saudável para todos os moçambicanos.

O PROSA 2025 é o terceiro inquérito de avaliação de prontidão dos serviços de saúde, depois da realização do primeiro e segundo, em 2017 e 2018, respectivamente. Ele vai decorrer entre Julho corrente e Setembro próximo, abrangendo 483 unidades de saúde em todas as províncias do país.

 

Fonte: INS

Carla Loveira em Audiência com o Vice-Presidente do Banco Mundial

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A Ministra das Finanças, Carla Loveira recebeu em audiência o Vice-presidente do Banco Mundial para Africa Austral Sr. Ndiamé Diop, onde expressou satisfação pelas boas relações que o Governo tem com aquela Instituição Financeira.Na sua intervenção, a Ministra reconheceu o contributo daquela Instituição Financeira no desenvolvimento do país em varias áreas com destaque para o  sector energético, infraestruturas e corredores de desenvolvimento. O Banco Mundial é o nosso parceiro de longa data, por isso estamos certos que todos projectos que temos em carteira vão merecer apoio do Banco, Disse.

Carla Loveira reafirmou o compromisso do Governo em continuar a trabalhar com o BM em prol do desenvolvimento económico e social do nosso país.

Durante a reunião, foram destacados os progressos no financiamento  nos projectos de eletrificação do país, bem como no sector de estradas e pontes.

O Vice-Presidente do BM para Africa Austral, Sr. Ndiamé Diop, disse que o BM esta aberto para continuar a apoiar Moçambique nos seus diferentes projectos de desenvolvimento, destacando o sector de infra-estruturas elétricas. O meu sentimento é que nós temos uma grande oportunidade de construir juntos o país e a próxima fase do programa de apoio é muito ambicioso o que nos levou a mobilizar grandes recursos do banco, Comentou.

O Governo de Moçambique reafirmou o compromisso de estar a trabalhar com o Banco Mundial, em projectos que visam melhorar a qualidade da vida da população e impulsionar o crescimento económico inclusico do país.

Fonte: MEF

OMS e Angola intensificam resposta a surto de cólera na província de Huíla

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Desde o início deste ano, Angola está atravessando surtos de cólera graves

Desde o início deste ano, Angola está atravessando surtos de cólera graves. Até 23 de março, foram registrados 8.543 casos com 329 mortes.

A doença se espalhou rapidamente para 16 das 21 províncias angolanas. E a maior parte das notificações é de angolanos abaixo de 20 anos de idade.

Prevenção e tratamento

Autoridades e a Organização Mundial da Saúde, OMS, juntaram esforços para enfrentar o surto com uma série de reuniões em comunidades afetadas, participação da sociedade civil e anúncios de saúde pública em meios de comunicação para orientar sobre prevenção e tratamento.

No município de Caluquembe, na província de Huíla, a parceria da OMS com os angolanos está ajudando a construir infraestrutura com mais latrinas e pontos de água potável, como explicou Mariana Soma, administradora em Caluquembe.

“O desafio é muito grande. Aqui na vila, é mais fácil encontrarmos famílias que têm latrina e fazem uso das latrinas. Porque há aqueles que as têm, mas não fazem uso correto das mesmas latrinas.  Estivemos a ver ao nível da área rural, poucas são as famílias que têm latrina e usam. Então é mesmo desafiante é um processo que precisamos reforçar, de passar a informação para ver se diminui esta questão da defecação ao ar livre.”

Muitos não têm latrinas e água limpa

A equipe da OMS e de Angola visitou várias aldeias para aumentar o fluxo de informação sobre prevenção do cólera. Os especialistas levaram treinamento sobre a construção de privadas com material local e redução da defecação a céu aberto. A meta é evitar a fonte de contaminação.

Muitos angolanos em Huíla têm acesso limitado à água potável. Do Centro de Tratamento do Cólera em Caluquembe, José Coelho, conta que estava muito doente.

“Eu não consigo mais fazer nada. Estou bem mal mesmo. Mas chegamos aqui, graças a Deus.”

Outra paciente, Judite Júlio José agradeceu os cuidados.

“Graças a Deus”

“É mesmo a morte, mas depois de chegar ao hospital eu pensei: se não morreu já não deu, estou com vida. Graças a Deus cheguei ao hospital e graças aos enfermeiros sempre.”

O diretor do Centro de Saúde do município, Joaquim Ismael, lembra o papel da higiene para prevenir o cólera.

“A cólera é uma doença que atua por falta de higiene. Quando não temos higiene, nós temos casos. Quando não tomamos água potável, então estamos a ter casos.”

Já na vila de Makua, alguns integrantes lembraram que o consumo da água vem do rio, onde lavam e utilizam a mesma água para beber. E grande parte dos moradores não usa latrinas na hora de ir ao banheiro.

Alguns dos integrantes da missão da OMS com parceiros angolanos lembraram que as novas infraestruturas de água e saneamento básico feitas com a participação da comunidade querem reduzir a transmissão do cólera nas áreas de risco.

Lavar as mãos ajuda a prevenir a propagação da cólera
© WFP/Theresa Piorr

Lavar as mãos ajuda a prevenir a propagação da cólera

Campanha de vacinação

Além de diagnósticos mais rápidos, a comunidade também está participando de uma campanha de vacinação contra o cólera.

Uma das preocupações para o Ministério da Saúde é o movimento de pessoas nas fronteiras angolanas, a estação de chuvas e o maior risco de contaminação.

Somente em fevereiro, a taxa de novas infecções ultrapassou 1 mil casos por semana. Na semana de 23 de março, esse número subiu 20% chegando a 1,2 mil casos a cada sete dias.

A maior parte das notificações por cólera vem de duas províncias: a capital Luanda com 48,5% dos novos casos e Bengo com 29,1%.

O período de incubação do cólera pode ser de 48 horas a cinco dias após o consumo de água ou alimentos contaminados.

*Com reportagem da OMS.

Fonte: ONU

Ministério Da Planificação Reúne Governo, Províncias E Parceiros Para Alinhar Estratégias De Desenvolvimento

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Questões-Chave

O Ministério da Planificação e Desenvolvimento deu início, esta segunda-feira, à Reunião Nacional de Planificação 2025, um fórum estratégico que junta, durante três dias, representantes do Governo central, das províncias, da sociedade civil e dos parceiros de cooperação, com o objectivo de reforçar a coordenação do processo de planificação e orçamentação do país.

O encontro decorre entre os dias 21 e 23 de Julho, no Platinum Lodge, no Município da Matola, Província de Maputo, e tem como foco principal a orientação técnica e política do processo de planificação, orçamentação, monitoria e avaliação, no contexto da implementação do modelo de planificação por programas orientado para resultados.

A cerimónia de abertura foi dirigida pelo Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Salim Valá, contando com a participação de representantes do Conselho Municipal da Matola, do Governo Provincial, directores nacionais e provinciais de planificação, técnicos sectoriais, parceiros de cooperação e membros da sociedade civil.

Entre os temas centrais em análise constam:

O programa da reunião inclui debates e apresentações de representantes das províncias, sessões temáticas conduzidas pelas Direcções Nacionais do Ministério, e contribuições da sociedade civil e dos parceiros de cooperação. Um dos pontos altos será a apresentação do Fundo de Desenvolvimento Económico Local, no terceiro dia da reunião.

Segundo o Ministério, a Reunião Nacional de Planificação visa ainda reforçar a abordagem integrada da planificação, garantir a complementaridade entre os planos sectoriais e territoriais, e promover uma alocação estratégica dos recursos públicos, alinhada com os objectivos de desenvolvimento nacional definidos na ENDE e no PQG.

O evento culminará com a apresentação da matriz de recomendações e a síntese das prioridades definidas, encerrando com um encontro de coordenação entre o Ministro da Planificação e Desenvolvimento e os representantes das províncias.

A Reunião Nacional de Planificação afirma-se como uma plataforma fundamental para a consolidação da governação orientada por resultados, a melhoria da eficácia na implementação das políticas públicas e o fortalecimento da coordenação interinstitucional para o desenvolvimento harmonioso e sustentável do país.

Fonte: O Económico