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Monday, July 21, 2025
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MOÇAMBIQUE PODE TER UMA PARTICIPAÇÃO DETERMINANTE NA COP30 ATRAVÉS DO ACORDO ASSINADO ENTRE O DIMSUR E O GOVERNO BRASILEIRO DO ESTADO DO PARANÁ

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Por: Alda Almeida

 

Moçambique poderá ter uma participação determinante na 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP 30), que decorrerá entre os dias 10 e 21 de Novembro de 2025, em Belém, no Brasil, considerando o recente acordo de cooperação intergovernamental assinado entre o DiMSUR e a Fundação Araucária, em representação do Governo do Estado do Paraná, no Brasil. No entanto, a presença do país neste evento de escala mundial, ainda depende da percepção que o Governo de Moçambique, tem sobre a relevância desta oportunidade.

A parceria entre o DiMSUR (Centro técnico regional para a redução do risco de desastres, sustentabilidade e resiliência urbana) e o Governo do Paraná posiciona Moçambique como um participante determinante num dos fóruns mais relevantes sobre clima a nível global, por ser o país que alberga este centro regional. O acordo permite não só a troca de experiências entre os países do Sul global, como também abre portas para que Moçambique e os países da região exponham o seu “saber-fazer” na gestão prática de desastres naturais.

Em entrevista, o Director Executivo do DiMSUR, Nuno Remane, sublinhou que a COP 30 representa “uma oportunidade única” para Moçambique e os países da SADC demostrarem ao mundo a sua experiência concreta na área de adaptação às mudanças climáticas e resiliência urbana. Moçambique, pode aproveitar a oportunidade para reforçar a imagem de um país resiliente e tecnicamente preparado para lidar com os desafios climáticos, principalmente no que concerne a gestão de inundações. “Queremos que Moçambique esteja presente como parceiro técnico. Não podemos desperdiçar esta vitrina mundial”, afirmou.

Remane acrescenta ainda que a participação poderá atrair investimentos estratégicos e consolidar parcerias internacionais, especialmente no domínio da adaptação climática e da gestão de riscos de desastres. “O mundo precisa saber o que Moçambique tem feito na área da resiliência climática, e esta é uma oportunidade de ouro para o país se afirmar no cenário global”, declarou.

O DiMSUR encontra-se actualmente em articulação com as autoridades nacionais e apela a que o Governo dedique uma atenção especial, para que o apoio institucional que é necessário para permitir que a presença na COP 30 se concretize. Esta participação dará a oportunidade a Moçambique e aos países da região, que pertencem ao DiMSUR, de demonstrarem as lições aprendidas dos projectos de resiliêmcia climática, que tem realizado com sucesso. A COP 30 é uma conferência Brasileira, que reunirá líderes mundiais, cientistas, activistas e financiadores, sendo um palco essencial para reforçar o papel de Moçambique como um dos actores chave na agenda climática do Sul global.

A expectativa do DiMSUR e dos moçambicanos é que, em Novembro, Moçambique esteja na COP 30, levando a sua experiência prática e reafirmando o seu papel na construção de um futuro sustentável para o planeta.

Novo painel da ONU analisará impacto de uma eventual guerra nuclear

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Foco do painel será analisar o possível impacto em áreas, como clima, meio ambiente, agricultura, saúde pública e economia

As Nações Unidas criaram um painel para examinar o impacto de uma guerra nuclear. O grupo de 21 membros foi anunciado pelo secretário-geral, António Guterres.

A primeira reunião do painel está marcada para setembro. A apresentação de um relatório final será feita à Assembleia Geral em 2027, quando António Guterres já terá deixado o cargo.

Painel científico

Em dezembro, o principal órgão deliberativo da organização adotou uma resolução esboçando o plano para se estabelecer o painel científico.

O comunicado afirma que o grupo examinará “os efeitos físicos e as consequências sociais de uma guerra nuclear em escala local, regional e planetária nos dias, semanas e décadas seguintes à deflagração do conflito.”

Secretário-geral, António Guterres, anunciou o painel em Nova Iorque
ONU/Eskinder Debebe

Secretário-geral, António Guterres, anunciou o painel em Nova Iorque

O foco do painel será analisar o possível impacto em áreas, como clima, meio ambiente, agricultura, saúde pública e economia.  O último estudo desse gênero foi realizado pela organização em 1988.

Pós-Guerra Fria

A ONU afirma que o painel foi criado em resposta a “um ambiente global no qual o risco de uma guerra nuclear é maior do que em qualquer outro momento desde o auge da Guerra Fria”.

Os integrantes do grupo lideraram vários campos científicos e são provenientes de todas as regiões do mundo.

O processo envolverá a recolha de contribuições de uma “ampla gama de partes interessadas, desde organizações internacionais e regionais até o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a sociedade civil e as comunidades afetadas.” 

Fonte: ONU

Presença policial intensa marca, na manhã desta segunda-feira, os passeios ao redor do Mercado Xiquelene, na cidade de Maputo, com o objectivo de impedir que os comerciantes exerçam as suas actividades comerciais nos passeios.

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Fonte: MMO

Por: Gentil Abel

 

A medida surge no âmbito da entrada em vigor da proibição de venda informal nos passeios e bermas da estrada, na zona da Praça dos Combatentes, um dos pontos mais movimentados da capital moçambicana. A acção é conduzida pela Polícia Municipal de Maputo, e tem como finalidade restabelecer a ordem e a livre circulação de peões nas vias públicas.

Durante as duas últimas semanas, a Polícia Municipal levou a cabo uma campanha de sensibilização junto dos vendedores informais, apelando para o abandono voluntário dos espaços considerados impróprios para a actividade comercial. Segundo as autoridades, esta fase visou evitar confrontos e dar oportunidade aos comerciantes de se regularizarem.

Apesar dos apelos, muitos vendedores mantêm-se nos passeios e justificam a sua permanência com a falta de alternativas. Alegam não ter conseguido encontrar espaço nos mercados formais da cidade, afirmando que as bancas disponíveis estão ocupadas há muito tempo. Para estes vendedores, continuar nas ruas é a única forma de garantir o sustento diário das suas famílias.

As autoridades municipais asseguram que a fase de sensibilização está concluída e que, a partir desta segunda-feira, inicia-se a fase de retirada dos vendedores que ainda resistem à ordem. As operações de fiscalização e remoção decorrem sob vigilância apertada, com a presença de vários agentes da Polícia Municipal, ao longo das vias principais e acessos ao Mercado Xiquelene.

 

EY Moçambique Quer Ser Plataforma de Impacto Para Diversificação e Transformação da Economia Nacional

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Questões-Chave:

A EY Moçambique está a reposicionar-se como mais do que uma consultora: pretende ser uma plataforma estratégica de impacto ao serviço da diversificação e transformação estrutural da economia. A nova liderança de Bruno Dias assinala o início de um ciclo com ambições renovadas.

A economia moçambicana enfrenta o duplo desafio de crescer de forma mais inclusiva e reduzir a dependência de sectores extractivos. Para a EY, esta conjuntura representa não apenas um desafio, mas uma missão estratégica.

“Moçambique tem todas as condições para diversificar a sua economia. O que falta, muitas vezes, é acelerar processos com visão e executar com consistência. É aí que queremos estar”, afirma Bruno Dias.

Com mais de duas décadas de presença no país, a EY quer consolidar-se como actor catalisador de soluções, combinando conhecimento técnico global com capacidade de execução local, adaptada ao contexto e às necessidades das empresas e instituições moçambicanas.

Diversificação com impacto real

Bruno Dias defende que a diversificação não pode ser apenas um discurso: exige reformas coordenadas, investimento em talento, inovação tecnológica e maior articulação público-privada.

A EY aposta em áreas críticas como:

Missão de médio prazo: gerar confiança e criar valor duradouro

No horizonte estratégico da EY está a construção de uma presença sustentável e transformadora em Moçambique. Isso implica ser relevante para os decisores, útil para os sectores produtivos e atractiva para os talentos que desejam construir carreira num país em evolução.

“O nosso compromisso é de longo prazo. Acreditamos em Moçambique, nos seus quadros, na sua juventude e no seu potencial. E queremos fazer parte do seu sucesso, com responsabilidade e com ambição partilhada.”

Num contexto em que Moçambique precisa de consolidar o seu crescimento, diversificar a economia e reforçar a confiança institucional, a EY Moçambique propõe-se como uma plataforma de soluções, ética e transformação. A nova liderança assinala um ponto de viragem – e a ambição é clara: estar à altura dos desafios do país e ser protagonista da sua próxima fase de desenvolvimento.

Bruno Dias, novo Office Managing Partner da EY Moçambique, traça uma visão clara: alinhar o crescimento da firma com as prioridades de desenvolvimento do país, criar valor a partir de dentro e consolidar a reputação da EY como actor transformador, sustentável e profundamente enraizado no contexto nacional.

Assumindo a liderança da EY Moçambique num momento crucial da trajectória económica do país, Bruno Dias enfatiza uma abordagem centrada em três eixos fundamentais: crescimento sustentável, desenvolvimento de talento nacional e criação de valor acrescentado local.

“Queremos crescer com Moçambique e criar valor com moçambicanos. Isso significa investir onde o país precisa, servir com excelência, mas também com impacto local”, sublinha Bruno Dias.

A nova visão estratégica passa por uma ligação mais orgânica com a economia nacional, apostando em sectores que podem impulsionar a diversificação, como energia, agro-negócio, digitalização e finanças públicas. A EY quer ser reconhecida não apenas como prestadora de serviços, mas como parceiro estratégico de desenvolvimento, acompanhando o Estado, empresas e investidores nas suas transformações mais exigentes.

O talento moçambicano como activo estratégico

Na EY, o capital humano é visto como o activo mais crítico. Para Bruno Dias, a formação e progressão de quadros moçambicanos deve estar no centro da cultura da firma.

“Queremos que os nossos jovens talentos tenham trajectórias sólidas dentro da EY. Apostamos na capacitação técnica, na liderança local e na valorização de quem compreende o país por dentro.”

A firma tem investido na integração progressiva de jovens em áreas de auditoria, consultoria e estratégia, e pretende reforçar programas internos de formação, mobilidade e mentoring.

Parceria com o país

Mais do que acompanhar o ambiente de negócios, a EY quer ajudar a moldá-lo. A presença da firma em sectores regulados e estratégicos é acompanhada de uma proposta clara de ética, rigor e compromisso institucional.

“A confiança constrói-se com consistência. Num país com tantos desafios e oportunidades, queremos que a EY seja parte da solução. Um parceiro de confiança, sempre presente.”

Fonte: O Económico

Guerra Comercial de Trump Ameaça Multilateralismo e Põe à Prova Liderança Africana no G-20

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Questões-Chave:

A guerra comercial promovida por Donald Trump domina a agenda da cimeira do G-20 em Durban, eclipsando as prioridades africanas e testando a resiliência do multilateralismo global, com os líderes a lutarem por um consenso num contexto de crescentes tensões geoeconómicas.

Num momento em que os ministros das Finanças do G-20 se reúnem num retiro costeiro nos arredores de Durban, a presidência sul-africana procura, com dificuldade, manter o rumo de uma agenda centrada no alívio da dívida, financiamento sustentável e reforma das instituições financeiras internacionais. A tarefa tem-se revelado hercúlea, num cenário dominado pelas tarifas comerciais unilaterais impostas por Donald Trump e pela ausência dos principais representantes dos Estados Unidos.

O Presidente norte-americano impôs tarifas globais de 10%, com medidas mais severas sobre sectores estratégicos como aço e alumínio (até 50%) e ameaças específicas a produtos originários de países BRICS, elevando os receios de uma nova vaga de proteccionismo. A incerteza instalada empurrou para segundo plano os temas estruturantes propostos pela África do Sul, cuja presidência do G-20, a primeira no continente africano, pretendia colocar a solidariedade e a sustentabilidade no centro da acção multilateral.

Multilateralismo à Prova
“Foi um período difícil”, reconheceu o ministro sul-africano das Finanças, Enoch Godongwana, em entrevista à Bloomberg. Ainda assim, mostra-se esperançoso quanto à obtenção de um comunicado final. “Estamos mais próximos de alcançar um consenso que possa resultar num comunicado conjunto”, afirmou.

Tal posição é partilhada por Lesetja Kganyago, governador do Banco Central sul-africano, que reiterou o compromisso do país em manter viva a agenda africana, mesmo perante a disrupção provocada pela ausência do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, substituído por um vice-secretário.

“Um comunicado seria uma demonstração de que o multilateralismo continua vivo — mesmo que em estado crítico”, sublinhou Haoliang Xu, administrador interino do PNUD.

Europa, Japão e Canadá Defendem Cooperação
O ministro canadiano François-Philippe Champagne alertou que “a incerteza não pode tornar-se a nova certeza” e defendeu uma agenda concreta centrada em investimento e infraestruturas em África. A Alemanha, por sua vez, advertiu que a União Europeia poderá responder com medidas retaliatórias se as tarifas dos EUA continuarem a escalar.

As delegações europeias e asiáticas criticaram abertamente a política tarifária norte-americana, considerando-a incompatível com os princípios do G-20. “Estas diferenças sobre tarifas e comércio não são úteis e dificultam o consenso”, observou o ministro norueguês das Finanças, Jens Stoltenberg.

Divisões Visíveis, Mas Há Espaço para Convergência
Apesar das ausências e das divisões visíveis, fontes próximas das negociações indicam que existe base de entendimento em matérias como o tratamento da dívida e a cooperação em infraestruturas. No entanto, o debate sobre financiamento climático e desequilíbrios comerciais mantém-se como principal obstáculo, com os EUA e a China nos extremos do desacordo.

O governo chinês resiste a qualquer menção a “desequilíbrios globais”, considerando-a uma crítica velada à sua política externa. Por sua vez, os EUA rejeitam incluir referências a compromissos climáticos ou a instrumentos financeiros para apoio a países em desenvolvimento, retirando apoio a fundos multilaterais.

Pressão da Sociedade Civil
Do lado da sociedade civil, há críticas à falta de ambição da presidência africana. Jenny Ricks, da Fight Inequality Alliance, instou a África do Sul a ser mais audaz. “Não se pode ficar refém de um único membro do G-20. É preciso elevar o nível de ousadia”, afirmou.

A cimeira de Durban revela as fragilidades do G-20 num momento em que o sistema multilateral se encontra sob forte pressão. Com uma presidência africana determinada, mas limitada pela dissonância entre as grandes potências, o grupo tenta, até ao último momento, evitar o fracasso diplomático. Se conseguir aprovar um comunicado conjunto, a África do Sul terá assegurado um feito relevante. Caso contrário, o G-20 poderá ter iniciado uma nova era de fragmentação e alinhamentos regionais, com menos solidariedade e mais competição estratégica.

Fonte: O Económico

Lula Enfrenta Trump com Discurso Soberanista e Chama Tarifas de “Chantagem Inaceitável”

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O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, endureceu o tom contra o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, após o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Classificando a acção de Washington como “chantagem”, Lula promete defender a soberania do país e regulamentar as grandes plataformas digitais norte-americanas.

A tensão entre Brasília e Washington ganhou novos contornos após o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, com entrada em vigor prevista para Agosto. A medida, justificada pelo tratamento atribuído ao ex-presidente Jair Bolsonaro e por alegadas práticas comerciais injustas do Brasil, foi recebida com firme rejeição por parte do Presidente Lula da Silva.

Durante dois discursos distintos no dia 17 de Julho — um em Goiás, junto de activistas estudantis, e outro em cadeia nacional de rádio e televisão — Lula não poupou críticas: “Nenhum estrangeiro vai dar ordens a este presidente”, disse, recorrendo ao termo “gringo”, frequentemente usado no Brasil para designar estrangeiros de forma informal.

Lula acusou os EUA de promoverem uma chantagem “na forma de ameaças às instituições brasileiras e informações falsas sobre o comércio bilateral”. Acrescentou ainda que, em Maio, o Brasil enviou uma proposta de negociação comercial aos EUA, que não mereceu resposta.

Tecnologia e Soberania Digital em Pauta
O Presidente brasileiro aproveitou o momento para expandir o seu discurso soberanista para o domínio digital, anunciando que o Brasil irá avançar com a regulamentação e tributação das grandes plataformas tecnológicas norte-americanas. Acusou as empresas de disseminarem violência e desinformação sob o pretexto da liberdade de expressão.

“Essas plataformas são canais de violência e de notícias falsas disfarçadas de liberdade”, afirmou, sinalizando uma aproximação às propostas legislativas que tramitam no Congresso brasileiro para responsabilizar plataformas pela disseminação de conteúdos prejudiciais.

Diplomacia e Possíveis Retaliações
Apesar do tom duro, o governo brasileiro mantém canais diplomáticos abertos. O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou à CNN Brasil que Lula está disposto a dialogar com Trump, caso as “circunstâncias o permitam”. Ao mesmo tempo, Brasília estuda medidas retaliatórias em caso de fracasso nas negociações com os EUA, articulando-se com sectores industriais e exportadores afectados.

Lula, actualmente no seu terceiro mandato presidencial, viu a sua popularidade começar a recuperar após este episódio, numa demonstração de que o discurso firme perante Washington encontrou eco junto de sectores nacionalistas e industriais brasileiros.

O embate entre Lula e Trump marca uma nova fase nas relações Brasil-EUA, agora marcadas por uma retórica de confronto, tensões comerciais e afirmação de soberania. Mais do que um simples episódio tarifário, o caso sinaliza um reposicionamento do Brasil no xadrez global, com efeitos tanto na economia quanto na política externa.

A forma como os dois líderes irão gerir este impasse poderá ter consequências mais amplas sobre o comércio internacional, a governança digital e o papel das economias emergentes perante o unilateralismo norte-americano.

Fonte: O Económico

Petróleo Sobe com Ataques no Iraque e Oferta Global Limitada

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Os preços do petróleo registaram uma nova valorização a 18 de Julho, sustentados por uma combinação de factores geopolíticos no Médio Oriente e fundamentos de mercado ainda restritos. A escalada de ataques com drones a campos petrolíferos no norte do Iraque e a crescente procura por combustível durante o verão mantêm o mercado em tensão.

De acordo com a Reuters, os futuros do Brent subiram 29 cêntimos (0,40%) para 69,81 USD/barril, enquanto o WTI avançou 27 cêntimos (0,42%) para 67,81 USD/barril, nas primeiras horas do dia 18 de Julho. A valorização segue-se a um salto de 1 dólar registado na sessão anterior, em reacção à interrupção parcial da produção no Curdistão iraquiano.

Quatro dias consecutivos de ataques com drones a instalações petrolíferas da região semi-autónoma levaram à paralisação de metade da produção local, que caiu de 280.000 para cerca de 140.000–150.000 barris por dia. Fontes do sector energético atribuem os ataques a milícias apoiadas pelo Irão, embora nenhuma organização tenha assumido responsabilidade directa.

A situação reacende receios de instabilidade prolongada na região e coloca pressão sobre o equilíbrio delicado da oferta global, já sob stress sazonal.

Procura Forte em Meio a Estoques Reduzidos
A subida dos preços não se deve apenas ao choque de oferta. A procura global por petróleo atingiu 105,2 milhões de barris por dia nas primeiras semanas de Julho, segundo o JPMorgan — um aumento de 600.000 bpd em relação a 2023, em linha com as previsões.

Nos Estados Unidos, o consumo ligado ao verão continua elevado, enquanto os estoques de crude registaram uma queda acima do esperado, devido ao aumento das exportações. A Ásia também mostra sinais de recuperação, com refinarias a retomarem operações após períodos de manutenção.

“O impacto do aumento da oferta da OPEP+ foi compensado por uma procura sazonal sólida, especialmente nos EUA”, afirmou Anh Pham, analista da LSEG.

Expectativas de Curto e Médio Prazo
Analistas do ING estimam que os fundamentos do mercado petrolífero devem permanecer apertados durante o terceiro trimestre, com sinais de maior alívio apenas no quarto trimestre, quando a procura sazonal do hemisfério norte começar a diminuir e os cortes de produção forem revertidos.

Ainda assim, a incerteza sobre a política tarifária dos EUA — particularmente no contexto da retórica proteccionista de Donald Trump — continua a ensombrar as perspectivas. A falta de clareza quanto às tarifas pode gerar instabilidade nos fluxos comerciais de energia e comprometer decisões de investimento.

Paralelamente, o governo federal do Iraque anunciou a retoma das exportações de petróleo do Curdistão via oleoduto para a Turquia, após dois anos de interrupção. A notícia poderá aliviar parcialmente as tensões de oferta, caso se concretize nos próximos dias.

A recente alta nos preços do petróleo reflecte uma conjugação de vulnerabilidades geopolíticas e desequilíbrios estruturais do mercado global de energia. Com a procura a manter-se robusta e a oferta sujeita a riscos crescentes, a volatilidade deverá permanecer elevada até ao final do verão. A trajectória futura dependerá não apenas da estabilização no Médio Oriente, mas também das decisões políticas e tarifárias dos principais actores económicos globais.

Se desejar, posso agora:

Fonte: O Económico

Dólar Ganha Fôlego com Dados Sólidos dos EUA e Esfria Expectativas de Flexibilização do Fed

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O dólar norte-americano registou ganhos expressivos na semana de 15 a 19 de Julho, impulsionado por uma série de dados económicos positivos nos EUA que reduziram as apostas de cortes iminentes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal. A turbulência em torno das críticas de Donald Trump ao presidente da Fed e o clima político no Japão alimentaram ainda mais a procura pela moeda como activo de refúgio.

O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda face a seis das principais divisas globais, subiu para 98,57, sinalizando um avanço semanal de 0,72%, após já ter acumulado 0,91% na semana anterior. Na quinta-feira, 17 de Julho, o índice atingiu 98,951, o valor mais alto desde 23 de Junho.

Os investidores reagiram à recuperação das vendas a retalho em Junho e à queda dos pedidos de subsídio de desemprego para o nível mais baixo em três meses, sinais de resiliência do consumo interno e do mercado de trabalho norte-americano. Estes dados reforçaram a percepção de que a Fed poderá manter as taxas elevadas por mais tempo.

Pressões Políticas e Instabilidade Fiscal
Apesar da valorização, a confiança no dólar permanece vulnerável, com analistas a alertarem para o impacto das políticas económicas e retóricas de Donald Trump. O mercado foi sacudido por uma notícia da Bloomberg que sugeria que o Presidente estaria a ponderar demitir o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell — informação posteriormente desmentida.

“O dólar americano continua vulnerável à queda se as preocupações com as políticas dos EUA minarem ainda mais a confiança dos investidores nos activos em dólares”, alertaram analistas do Commonwealth Bank of Australia.

Trump tem defendido taxas de juro em torno de 1% ou menos, contra a faixa actual de 4,25% a 4,5%, e tem criticado reiteradamente a actuação da Fed. Além disso, o grande pacote de cortes fiscais e gastos públicos promovido pela Casa Branca alimenta receios fiscais de médio prazo.

Tensão Comercial com o Japão e Instabilidade no Iene
Enquanto isso, o iene japonês manteve-se pressionado, com o dólar a subir 0,94% face à moeda japonesa na semana, atingindo os 148,78 ienes, próximo da alta de 3 meses e meio. A instabilidade política no Japão, motivada pelas eleições para a Câmara Alta, levanta dúvidas sobre a capacidade da coligação governista em manter a maioria.

A incerteza agrava-se com a aproximação do prazo de 1 de Agosto, data em que os EUA poderão aplicar uma tarifa de 25% sobre automóveis japoneses, caso não haja acordo comercial. O Japão tenta evitar a imposição da tarifa, enquanto as negociações bilaterais continuam com tensão crescente.

Mercado Cambial e Criptoactivos
No mercado cambial europeu, o euro caiu 0,65% na semana, apesar de uma leve recuperação para 1,1617 USD, após ter atingido o mínimo de três semanas (1,1556 USD). Já a libra esterlina manteve-se estável em 1,3418 USD, com uma perda acumulada de 0,53% na semana.

No segmento de criptoactivos, o Bitcoin oscilou acima de 120.000 USD, após atingir um recorde histórico de 123.153,22 USD, impulsionado pela aprovação de uma nova lei no Congresso dos EUA que cria um quadro legal para stablecoins atreladas ao dólar.

Embora os fundamentos económicos dos EUA confiram algum suporte ao dólar, as pressões políticas internas, a incerteza fiscal e o ambiente internacional instável mantêm o mercado volátil. A trajectória futura da moeda dependerá tanto da evolução macroeconómica quanto do comportamento errático da administração Trump e das tensões comerciais em curso.

Fonte: O Económico

Preços Do Petróleo Mantêm Se Estáveis Face A Novas Sanções Europeias Contra A Rússia

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Os preços do petróleo mantiveram‑se praticamente inalterados esta segunda-feira, enquanto os investidores avaliavam os potenciais efeitos das novas sanções da União Europeia contra a Rússia e acompanhavam, com cautela, os impactos de tarifas comerciais e o aumento da oferta por parte de produtores do Médio Oriente.

 O preço do Brent desceu um cêntimo, fixando‑se em 69,27 dólares por barril, após ter encerrado a sessão anterior com uma queda de 0,35%. Já o crude West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, subiu ligeiramente 10 cêntimos, para 67,44 dólares por barril, recuperando parcialmente da descida de 0,30% registada na sexta-feira.

Na origem desta relativa estabilidade está a aprovação, pela União Europeia, do 18.º pacote de sanções contra a Rússia devido ao conflito na Ucrânia. As novas medidas visam também empresas como a indiana Nayara Energy, que exporta derivados refinados de crude russo. Uma das disposições com maior impacto potencial é a proibição da importação de produtos refinados a partir de petróleo russo processado em países terceiros.

Contudo, segundo analistas do ING liderados por Warren Patterson, a reacção tímida dos mercados indica cepticismo quanto à eficácia real da medida. “Será claramente difícil monitorizar os inputs de crude nas refinarias desses países, o que tornará difícil aplicar e fazer cumprir o embargo”, alertaram.

O Kremlin, por sua vez, minimizou o impacto das sanções. O porta-voz Dmitry Peskov afirmou que “a Rússia desenvolveu uma certa imunidade” face às pressões ocidentais.

Em paralelo, a situação internacional do petróleo continua tensa. O Irão, outro produtor sujeito a sanções, deverá retomar conversações nucleares com o Reino Unido, França e Alemanha na próxima sexta-feira, em Istambul. Caso não haja avanços, os europeus admitem restaurar sanções mais amplas.

Nos Estados Unidos, a contagem de plataformas de perfuração activas caiu para 422, o nível mais baixo desde Setembro de 2021, segundo dados da Baker Hughes.

Por outro lado, a entrada em vigor de tarifas norte-americanas sobre importações provenientes da União Europeia, prevista para 1 de Agosto, contribui para a incerteza. O Secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, mostrou-se optimista quanto à possibilidade de um acordo comercial com o bloco europeu, mas os mercados mantêm-se cautelosos.

O analista Tony Sycamore, da IG Markets, considerou que os receios comerciais vão continuar a influenciar negativamente os preços, ainda que dados sobre os inventários de petróleo possam proporcionar algum suporte, caso revelem escassez de oferta.

 Com os preços do Brent a oscilar entre os 66,34 e os 70 dólares por barril, o mercado petrolífero permanece num estado de espera e reacção contida. As incertezas geopolíticas, as sanções em curso e os ajustamentos na oferta global continuam a moldar uma semana volátil para o sector energético mundial.

Fonte: O Económico

Nova onda de ciberfraudes imita e-mails do CEO para burlar controlos internos

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Nova onda de ciberfraudes imita e-mails do CEO para burlar controlos internos

Os investigadores da Kaspersky identificaram uma campanha de fraude que suplanta a identidade do director executivo para exigir pagamentos urgentes aos departamentos financeiros. A empresa de segurança analisou várias mensagens enviadas ao pessoal da contabilidade que copiavam, com um nível notável de detalhe, trocas de e-mails supostamente mantidas entre o responsável máximo da organização e um escritório de advogados externo ou um prestador de serviços de consultoria. Os criminosos solicitavam transferências rápidas alegando compromissos contratuais ou prazos iminentes e anexavam (ou diziam anexar) facturas de aparência legítima.

A técnica, conhecida como comprometimento do e-mail empresarial (BEC), baseia-se em endereços de remetente falsificados que dificilmente levantam suspeitas.

 Para    mais     informações     visite    o site: https://www.sapo.pt/noticias/tecnologia/nova-onda-de-ciberfraudes-imita-e-mails

Fonte: INTC

Chefe do Estado reúne-se com presidente do Banco Mundial

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O Presidente da República, Daniel Chapo, recebe hoje, na Vila de Songo, distrito de Cahora Bassa, província de Tete, o presidente do grupo Banco Mundial, Ajay Banga, que se encontra desde ontem em visita de trabalho de dois dias a Moçambique.
Nesta província, os dois líderes irão sobrevoar áreas com potencial energético em Tete, bem como escalar a Barragem de Cahora Bassa, um dos proeminentes empreendimentos de geração, transporte e comercialização de energia hidroeléctrica da África Austral.
Ajay Banga visita Moçambique pela primeira vez a convite do Presidente da República, no âmbito dos esforços do Governo no sentido de criar os alicerces para a independência económica, no quadro de desenvolvimento assente em parcerias mutuamente vantajosas.

 

Fonte: Jornal Noticias