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Friday, July 18, 2025
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MOÇAMBIQUE PODE TER UMA PARTICIPAÇÃO DETERMINANTE NA COP30 ATRAVÉS DO ACORDO ASSINADO ENTRE O DIMSUR E O GOVERNO BRASILEIRO DO ESTADO DO PARANÁ

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Por: Alda Almeida

 

Moçambique poderá ter uma participação determinante na 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP 30), que decorrerá entre os dias 10 e 21 de Novembro de 2025, em Belém, no Brasil, considerando o recente acordo de cooperação intergovernamental assinado entre o DiMSUR e a Fundação Araucária, em representação do Governo do Estado do Paraná, no Brasil. No entanto, a presença do país neste evento de escala mundial, ainda depende da percepção que o Governo de Moçambique, tem sobre a relevância desta oportunidade.

A parceria entre o DiMSUR (Centro técnico regional para a redução do risco de desastres, sustentabilidade e resiliência urbana) e o Governo do Paraná posiciona Moçambique como um participante determinante num dos fóruns mais relevantes sobre clima a nível global, por ser o país que alberga este centro regional. O acordo permite não só a troca de experiências entre os países do Sul global, como também abre portas para que Moçambique e os países da região exponham o seu “saber-fazer” na gestão prática de desastres naturais.

Em entrevista, o Director Executivo do DiMSUR, Nuno Remane, sublinhou que a COP 30 representa “uma oportunidade única” para Moçambique e os países da SADC demostrarem ao mundo a sua experiência concreta na área de adaptação às mudanças climáticas e resiliência urbana. Moçambique, pode aproveitar a oportunidade para reforçar a imagem de um país resiliente e tecnicamente preparado para lidar com os desafios climáticos, principalmente no que concerne a gestão de inundações. “Queremos que Moçambique esteja presente como parceiro técnico. Não podemos desperdiçar esta vitrina mundial”, afirmou.

Remane acrescenta ainda que a participação poderá atrair investimentos estratégicos e consolidar parcerias internacionais, especialmente no domínio da adaptação climática e da gestão de riscos de desastres. “O mundo precisa saber o que Moçambique tem feito na área da resiliência climática, e esta é uma oportunidade de ouro para o país se afirmar no cenário global”, declarou.

O DiMSUR encontra-se actualmente em articulação com as autoridades nacionais e apela a que o Governo dedique uma atenção especial, para que o apoio institucional que é necessário para permitir que a presença na COP 30 se concretize. Esta participação dará a oportunidade a Moçambique e aos países da região, que pertencem ao DiMSUR, de demonstrarem as lições aprendidas dos projectos de resiliêmcia climática, que tem realizado com sucesso. A COP 30 é uma conferência Brasileira, que reunirá líderes mundiais, cientistas, activistas e financiadores, sendo um palco essencial para reforçar o papel de Moçambique como um dos actores chave na agenda climática do Sul global.

A expectativa do DiMSUR e dos moçambicanos é que, em Novembro, Moçambique esteja na COP 30, levando a sua experiência prática e reafirmando o seu papel na construção de um futuro sustentável para o planeta.

Nelson Mandela e o Desporto: Um Legado de União e Reconciliação

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Nelson Mandela compreendeu o desporto como uma poderosa ferramenta de transformação social e de unidade nacional. Mesmo não sendo desportista, utilizou-o estrategicamente para promover a reconciliação racial na África do Sul no período pós-apartheid.

E um dos principais feitos de Nelson Mandela no desporto ocorreu em 1995, durante o Campeonato do Mundo de râguebi, quando apoiou publicamente a seleção sul-africana, os Springboks, uma equipa tradicionalmente associada à minoria branca durante o regime do apartheid. Ao vestir a camisola do capitão da equipa, François Pienaar, na final do Mundial de Râguebi, que a África do Sul acabaria por vencer. Mandela transmitiu uma mensagem poderosa de reconciliação. Este gesto é até hoje considerado um dos momentos mais marcantes da história do desporto e da política.

Pois, Mandela acreditava que o desporto podia “inspirar, unir as pessoas como poucas coisas conseguem”, por essa razão, incentivou a inclusão racial nas modalidades desportivas nacionais, que anteriormente estavam segregadas.

Nesse mesmo espírito, defendeu que atletas negros e brancos competissem lado a lado e que representassem uma única nação, deixando para trás as divisões raciais do passado.

E em 2010 fora da presidência, Mandela desempenhou um papel fundamental na candidatura e conquista da sede da primeira Copa do Mundo da FIFA em solo africano, realizada no mesmo ano no estádio Soccer City na Africa do Sul. Na altura com 91 anos fez-se presente na cerimónia de encerramento do torneio. E a sua presença foi encarada como um ato simbólico de consagração do seu legado de união e de orgulho nacional através do desporto.

Por fim, os feitos de Mandela no desporto não foram realizados como atleta, mas sim como líder visionário, que viu no desporto uma ponte entre povos, raças e ideologias. transformando-o em um instrumento de reconciliação, paz e construção nacional.

 

” O desporto tem o poder de mudar o mundo. Tem o poder de inspirar. Tem o poder de unir as pessoas de uma forma que poucas coisas conseguem”. Nelson Mandela – 2000

ÁFRICA DO SUL PÓS-APARTHEID: ENTRE CONQUISTAS E DESAFIOS PERSISTENTES

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Hoje, a revista Tempo e o mundo voltam a homenagear um dos maiores símbolos da luta contra o apartheid, Nelson Mandela. O 18 de Julho, designado pelas Nações Unidas como o Dia Internacional Nelson Mandela, é uma oportunidade não apenas para celebrar a sua vida, mas para reflectir sobre a África do Sul que emergiu após o fim do apartheid. Um regime que, durante décadas, institucionalizou a segregação racial e a desigualdade extrema.

O que foi o apartheid

Durante grande parte do século XX, a África do Sul viveu sob o regime de apartheid. Uma política de segregação racial sistemática, implementada oficialmente a partir de 1948 pelo Partido Nacional. O termo, que significa literalmente “separação” em africâner, traduziu-se numa organização social profundamente injusta, onde a minoria branca detinha o poder político, económico e social, enquanto a maioria negra era privada dos seus direitos mais básicos.

Apartheid: Um Regime de Segregação e Opressão

Durante o regime do apartheid na África do Sul, leis rigorosas proibiam o casamento entre pessoas de raças diferentes e impunham uma segregação estrita em todos os aspectos da vida. Bairros, escolas e transportes públicos eram separados, e até mesmo as entradas para edifícios públicos eram distintas para brancos e negros.

Os sul-africanos negros eram obrigados a viver em áreas designadas como “bantustões” e precisavam portar documentos de autorização para circular em zonas dominadas por brancos. A mobilidade, a propriedade da terra e o acesso à educação e saúde eram rigidamente controlados pelo Estado.

No âmbito político, os negros eram completamente excluídos. Não tinham direito de voto nem representatividade parlamentar. Suas vozes eram silenciadas, e qualquer forma de resistência era brutalmente reprimida. A polícia e os militares actuavam com extrema violência, utilizando detenções arbitrárias, tortura e assassinatos para manter o controle sobre a maioria oprimida.

Apesar da repressão brutal, a luta contra o apartheid foi constante. Organizações como o Congresso Nacional Africano (ANC), liderado por figuras como Nelson Mandela, Walter Sisulu e Oliver Tambo, mobilizaram massas, dentro e fora do país, contra o regime. Em resposta, o governo sul-africano não hesitou em prender líderes políticos, banir partidos, censurar os meios de comunicação e declarar estado de emergência em várias ocasiões.

Nelson Mandela, condenado a prisão perpétua em 1964, tornou-se um símbolo internacional da resistência à opressão. A sua longa detenção na prisão de Robben Island serviu para expor ao mundo as injustiças do sistema e alimentar o movimento anti-apartheid à escala global. O boicote internacional, sanções económicas e pressão diplomática acabariam por isolar o regime, precipitando a sua queda nas últimas décadas do século XX.

A transição histórica: democracia e reconciliação

Após a sua prisão que durou 27 anos, foi eleito em 1994 como o primeiro presidente negro da África do Sul, iniciou-se um novo capítulo na história do país. O processo de transição democrática foi amplamente elogiado pela comunidade internacional, marcado pelo espírito de reconciliação nacional promovido pelo próprio Mandela. A criação da Comissão de Verdade e Reconciliação, liderada por Desmond Tutu, tornou-se um marco global na abordagem dos crimes do passado sem recorrer à vingança.

Durante os primeiros anos da democracia, a África do Sul experimentou progressos significativos. Novas políticas de acção afirmativa procuraram corrigir desigualdades históricas no acesso à educação, saúde, emprego e propriedade. O país também passou a ter uma das constituições mais progressistas do mundo, reconhecendo amplamente os direitos humanos e liberdades civis.

No entanto, trinta anos após o fim do apartheid, a realidade sul-africana permanece profundamente marcada por desigualdades socioeconómicas, que, embora já não sejam legalmente raciais, mantêm fortes traços históricos e a corrupção endémica.

O legado de Mandela à prova do tempo

Ainda assim, o legado de Nelson Mandela continua a ser uma referência moral e política. A sua capacidade de unir um país profundamente dividido permanece um exemplo para o mundo. Contudo, muitos analistas argumentam que a “nação arco-íris”, idealizada nos anos 90, nunca chegou a concretizar-se plenamente.

O desafio agora, dizem os especialistas, é passar de uma libertação política para uma verdadeira justiça social. A luta já não é apenas contra a opressão racial legalizada, mas contra um sistema económico que perpetua desigualdades.

Um futuro ainda em disputa

À medida que novas gerações de sul-africanos crescem sem memória directa do apartheid, o debate sobre o rumo do país torna-se mais urgente. Há quem critique o que considera ser um “excesso de reverência” ao passado, sugerindo que é tempo de rever modelos económicos e combater com mais rigor a corrupção.

Outros insistem que, sem o espírito de reconciliação que Mandela incutiu, o país corre o risco de cair em divisões perigosas. Seja qual for o caminho, a verdade é que a África do Sul pós-apartheid continua a ser uma nação em construção e o sonho de Mandela, ainda por cumprir na totalidade.

Durante os primeiros anos da democracia, a África do Sul experimentou progressos significativos. Novas políticas de acção afirmativa procuraram corrigir desigualdades históricas no acesso à educação, saúde, emprego e propriedade. O país também passou a ter uma das constituições mais progressistas do mundo, reconhecendo amplamente os direitos humanos e liberdades civis.

Apesar da liberdade política alcançada, muitos sul-africanos sentem que a promessa de igualdade material ainda está por cumprir.

 

O homem que escolheu a liberdade colectiva, mesmo estando preso

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Por: Alfredo Júnior

 

Há figuras que pertencem ao mundo, mas que nascem da dor concreta de um povo. Nelson Mandela é uma dessas figuras. Nasceu no dia 18 de Julho de 1918, numa África do Sul profundamente dividida, onde a cor da pele definia o valor da vida. Cresceu num tempo em que a liberdade era um privilégio dos brancos e a dignidade dos negros era sistematicamente negada por um regime legalizado de opressão, o apartheid.

Ao longo de décadas, a sua luta foi contra o conformismo, contra o silêncio cúmplice e contra a ideia de que alguns nasceram para mandar e outros para obedecer.

Mandela foi preso porque fez política e, libertou o seu povo porque soube fazer ainda melhor política depois da prisão. A sua luta contra o apartheid começou com discursos, mas rapidamente evoluiu para acções concretas organização de massas, mobilização internacional, articulação com outros movimentos africanos e até recurso à luta armada, quando a violência do Estado já não deixava espaço para negociações.

O que marca a diferença é que Mandela nunca foi apenas reactivo, ele pensava à frente. Sabia que o fim do apartheid era inevitável, mas entendia que o seu desfecho poderia arrastar o país para a guerra civil ou levá-lo à democracia e preparou-se para garantir a segunda opção.

Enquanto muitos o viam como um simples preso político, Mandela estudava, organizava ideias, estabelecia canais de comunicação com os inimigos, sem nunca trair os seus, quando saiu da prisão, saiu com um plano, não apenas libertar os oprimidos, mas também salvar os opressores da ruína de uma transição violenta. E foi assim que entrou para a história não só como libertador, mas como fundador da democracia sul-africana.

Negociou com o regime do apartheid sem se ajoelhar, manteve os princípios da luta armada enquanto abria portas ao diálogo. Formou um governo de unidade nacional que incluía antigos adversários, não porque confiava neles, mas porque sabia que a estabilidade precisava de inclusão, mesmo que desconfortável

Ao assumir a presidência em 1994, Mandela tinha o país nas mãos, mas não agiu com sede de revanche, ao contrário de muitos líderes africanos que ascenderam ao poder com legitimidade e depois se perderam no autoritarismo, ele soube a hora de sair, governou por apenas cinco anos, não porque lhe faltasse apoio, mas porque lhe sobrava visão

Na prática, os seus anos no poder foram marcados por reformas institucionais, fortalecimento das liberdades civis, início de políticas de acção afirmativa e, acima de tudo, pela criação da Comissão da Verdade e Reconciliação. Um gesto de coragem política. Um país que tenta enfrentar o seu passado sem fingir que ele não existiu.

É verdade que a África do Sul, hoje, vive desafios sérios de corrupção, violência, desigualdade, mas imaginar o que teria sido esse país sem Mandela ao centro da transição política é um exercício de realismo duro. Poucos líderes no mundo moderno conseguiram transformar a dor colectiva num projecto político pacífico e funcional, mas Mandela conseguiu, e pagou um preço alto por isso, cedeu, esperou, negociou, perdoou.

Lembrar Mandela é lembrar que a política, em sua melhor forma, é arte de criar caminhos onde parece haver apenas confrontos. Ele não foi perfeito, nem tentou ser, mas mostrou que é possível ser radical na dignidade e sensato na condução.

Num tempo em que muitos usam a política para dividir, Mandela usou-a para reconstruir e ao contrário de tantos, quando teve poder total, não o usou para se vingar  usou-o para servir, isso é mais do que história, é lição, e das mais importantes.

PARQUE NACIONAL DE MAPUTO É AGORA PATRIMÓNIO MUNDIAL DA HUMANIDADE

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Por: Alda Almeida

O Parque Nacional de Maputo, em Moçambique, foi oficialmente inscrito na lista do Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. A decisão foi tomada no domingo, 13 de julho de 2025, durante a 47.ª reunião do comité da organização, que decorre em Paris.

Este reconhecimento destaca a importância ecológica do parque, que combina ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos. Com cerca de 1.718 quilómetros quadrados, abriga quase 5.000 espécies e inclui uma grande diversidade de habitats: desde lagos, lagoas e pântanos, até mangais, recifes de coral, dunas e praias extensas.

A UNESCO realçou que o Parque Nacional de Maputo complementa o valor de conservação do vizinho parque sul-africano iSimangaliso, também Património Mundial, contribuindo para a protecção da biodiversidade em toda a região de Maputo.

Criado oficialmente em 2021, o parque resulta da junção da antiga Reserva Especial de Maputo e da Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro. A sua história, no entanto, remonta a 1932, quando foi estabelecida uma pequena área de caça. Ao longo dos anos, o espaço foi ganhando importância, especialmente após um acordo assinado em 2006 entre o Governo moçambicano e a Peace Parks Foundation, que ajudou na recuperação e repovoamento do parque após os anos difíceis da guerra civil.

Hoje, o Parque Nacional de Maputo é conhecido pelas suas paisagens únicas e pela presença de espécies emblemáticas como elefantes e girafas, que podem ser vistas perto da Estrada Nacional 1 (N1).

Com o novo estatuto de Património Mundial, espera-se que o parque ganhe maior visibilidade internacional. O administrador do parque acredita que esta distinção vai ajudar a mostrar ao mundo a riqueza natural da região e reforçar a cooperação com a África do Sul na gestão conjunta da área protegida.

“É um reconhecimento do valor universal do nosso parque”, afirmou, referindo-se à importância de preservar este espaço natural único para as gerações futuras.

FONTE: RTP Noticias

FMI dá luz verde: Nova era de financiamento para Moçambique

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Foto: RM

Por: Gentil Abel

 

Durante uma conferência de imprensa realizada na quarta-feira, na sequência da visita de trabalho à província de Sofala, o Presidente da República, Daniel Chapo, anunciou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) garantiu a retoma, em breve, da ajuda financeira a Moçambique.

Segundo o Chefe de Estado, o FMI anuiu à nova visão proposta pelo Governo, sinalizando que, ainda dentro deste ano, poderá ser aprovado um novo programa de financiamento. “O que eles nos disseram é que, dentro deste ano, vão realmente aprovar a questão relacionada com a nova visão, novo programa de financiamento ao Governo da República de Moçambique. Nós achamos que é um dado bastante importante e, sem mais dúvida, brevemente ou dentro deste ano teremos a resposta do Fundo, positiva, conforme nos garantiram”, afirmou Chapo.

O Presidente destacou ainda que a nova estratégia governamental é baseada em reformas estruturais, desenhadas com o propósito de relançar a economia nacional de forma sustentável. “Como esta nova visão do Governo, com a qual eles concordam, é baseada em reformas, permitirá que possamos realmente continuar a desenvolver o nosso país”, acrescentou.

É importante lembrar que o apoio do FMI a Moçambique foi suspenso em 2016, na sequência da revelação das chamadas “dívidas ocultas”, empréstimos não declarados que totalizavam mais de dois mil milhões de dólares, contraídos com garantias do Estado, à margem da transparência e da legislação nacional. O escândalo abalou a imagem do país no panorama internacional, levando à retirada imediata de apoios e a uma queda acentuada da confiança externa.

No entanto, a retoma do financiamento por parte do FMI será, sem dúvida, um marco significativo para Moçambique. Representará não apenas a entrada de recursos financeiros num momento crucial, mas, acima de tudo, uma restauração da credibilidade do país junto aos parceiros internacionais

A notícia surge num momento em que o país procura estabilizar a sua economia, após anos de desafios internos e desconfiança externa.

ODS em Moçambique ganham novo impulso com parceria entre CTA e PNUD

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Por: Alfredo Júnior

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) mantiveram um encontro de trabalho, com o objectivo de identificar áreas de colaboração institucional com vista à aceleração da implementação dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no país.

O encontro, de carácter estratégico, decorre num contexto em que o país enfrenta o desafio de tornar os ODS uma realidade concreta nas comunidades.

Segundo informações partilhadas pela CTA, o diálogo permitiu mapear sectores prioritários de intervenção, destacando-se o acesso à água potável, energias renováveis, segurança alimentar, capacitação técnica e inclusão produtiva. A proposta passa por fortalecer a actuação conjunta entre o sector privado e os organismos de desenvolvimento, através de projectos concretos que respondam às necessidades locais.

Nos últimos meses, o PNUD tem intensificado a sua actuação em Moçambique, canalizando investimentos para províncias como Manica, Sofala, Nampula, Niassa e Cabo Delgado. Nestas zonas, foram implementados programas de apoio às comunidades, com enfoque na saúde, educação e resiliência económica. A experiência será agora usada como base para novas parcerias que envolvam directamente os membros da CTA.

O encontro previu ainda a criação de um grupo técnico-operacional que terá como missão definir indicadores de impacto, elaborar planos de acção específicos e garantir a monitoria regular das iniciativas conjuntas.

Com esta aproximação, a CTA assume um papel mais interventivo na materialização dos ODS, posicionando o sector empresarial como aliado estratégico no desenvolvimento sustentável e inclusivo de Moçambique.

A expectativa é que as primeiras acções resultantes deste alinhamento sejam lançadas ainda este ano, com o envolvimento de associações empresariais regionais e instituições do Estado.

Nelson Rolihlahla Mandela: A Vida de um Homem que Libertou uma Nação

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Por: Gelva Aníbal 

 

Infância e origens

Mandela nasceu a 18 de Julho de 1918, na pequena aldeia de Mvezo, no território de Transkei, atual província do Cabo Oriental, pertencente à etnia xhosa e à casa real do povo Thembu.

Desde cedo, Mandela foi educado segundo os valores da sua cultura, mas também conheceu o peso da discriminação racial imposta pelo regime colonial e, mais tarde, pelo apartheid.

Ele foi o primeiro de sua família a frequentar a escola, já que, naquela época, não era comum que crianças negras tivessem permissão ou condições para estudar.

Mandela, também carinhosamente apelidado “Madiba” por seu povo, era filho do chefe de um povoado africano chamado Thembu, que mesmo não sabendo ler nem escrever, sempre fez questão que seu filho tivesse acesso à educação. Desde cedo, Mandela aprendeu com seu povo a importância das leis, da educação e da disciplina, princípios que foram eternizados em uma de suas frases mais famosas: “a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”.

Estudos e despertar político

Formou-se em Direito e tornou-se um dos primeiros advogados negros da África do Sul. Em Joanesburgo, entrou em contacto com activistas e intelectuais que viriam a formar o núcleo da resistência contra o apartheid. Em 1944, ajudou a fundar a Liga Jovem do Congresso Nacional Africano (ANC), que defendia uma luta mais activa contra o regime racista sul-africano.

O endurecimento do apartheid levou Mandela a abandonar a via pacífica. Em 1961, tornou-se comandante da Umkhonto we Sizwe “Lança da Nação”, ala militar do ANC, responsável por sabotagens contra infraestruturas do governo.

A sua actividade levou à sua prisão em 1962 e, dois anos depois, à condenação à prisão perpétua, no célebre Julgamento de Rivonia.

Os 27 anos de prisão: o preço da liberdade

Mandela passou 27 anos preso 18 deles em condições extremamente duras na prisão de Robben Island, onde partilhava uma cela minúscula e realizava trabalhos forçados. Ainda assim, não parou, tornou-se símbolo vivo da resistência e um elo moral que unia os oprimidos dentro e fora da África do Sul, tendo sido libertado em 1990, após uma série de negociações e pressões populares incentivadas pela campanha “Liberte Nelson Mandela”.

A sua imagem e os seus discursos proibidos circularam pelo mundo, a pressão internacional cresceu, e o apartheid tornou-se insustentável.

A libertação e o caminho para a reconciliação

Em 1990, já com 71 anos, Mandela foi libertado. A sua saída da prisão foi acompanhada por milhões de olhos em todo o mundo. Ao invés de pedir vingança, Mandela clamou por reconciliação e diálogo, surpreendendo até os seus adversários.

Em 1993, recebeu um Prêmio Nobel da Paz, como mérito de seus esforços na luta contra a segregação racial e seu papel fundamental para a retomada do regime democrático na África do Sul, permitindo direitos civis igualitários para pessoas negras no país

Em 1994, liderou o ANC na primeira eleição democrática da África do Sul e tornou-se o primeiro presidente negro do país. O seu governo (1994–1999) foi marcado pelo esforço de unir uma nação profundamente dividida, criando iniciativas como a Comissão de Verdade e Reconciliação, liderada por Desmond Tutu.

Legado eterno

Mandela recusou-se a concorrer a um segundo mandato, tornando-se um líder moral global. Dedicou os últimos anos de sua vida a causas humanitárias, como o combate ao VIH/SIDA, a promoção da educação e a paz mundial.

Em 2009, a ONU declarou o dia 18 de Julho como o Dia Internacional Nelson Mandela, apelando a todos que dediquem 67 minutos (pelos 67 anos de serviço de Mandela à humanidade) a ajudar os outros.

Mandela, faleceu a 5 de Dezembro de 2013, aos 95 anos e o mundo inteiro prestou-lhe homenagem.

Nelson Mandela ensinou que a liberdade não é apenas a ausência de opressão, mas também a presença da justiça, da dignidade e da paz. A sua vida continua a inspirar líderes, ativistas e cidadãos comuns a lutar por um mundo melhor. Como ele próprio disse:

“Eu aprendi que a coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele.”

Nelson Rolihlahla Mandela não foi apenas um nome na história da África do Sul, foi uma das caras mais marcantes da luta contra o racismo, a injustiça e a opressão. A sua vida, marcada pelo sacrifício, coragem e perdão, transformou-se num farol de esperança para o mundo inteiro.

 

Hospital Geral da Beira funciona de forma condicionada 

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O Hospital Geral da Beira ainda não está a funcionar na sua plenitude, apesar de possuir equipamento médico cirúrgico de ponta. Construído há um ano, para descongestionar o Hospital Central, debate-se com ausência de acessórios fundamentais, impedindo a realização de cirurgias e internamento de doentes, apesar de possuir 300 camas. 

Apesar de estar apetrechado com material médico cirúrgico moderno, usado actualmente em países desenvolvidos, a  unidade sanitária ainda não começou a operar na totalidade. 

Aliás, os doentes com complicações de qualquer tipo de doença, incluindo Malária e as mulheres com serviços de partos difíceis têm sido transferidos para o Hospital Central da Beira.

Neste momento, o Hospital Geral limita-se a fazer o atendimento externo. “Os doentes que vêm de casa, aqui para o hospital, vêm para as consultas, para áreas dos dentes e outras especialidades, são atendidos e voltam para casa”, disse o Ministro da Saúde, Ussene Isse. 

O Ministro, que falava depois de  visitar  o Hospital Geral da Beira, reconheceu que a unidade sanitária não está a funcionar na sua plenitude, devido à falta de alguns acessórios importantes para a entrada em funcionamento das salas de operações e internamento.

Ussene Isse garantiu que está na fase conclusiva a montagem dos referidos equipamentos. “E com isto, os colegas garantiram-me que, dentro de um mês, o hospital vai iniciar com estas componentes que estão a faltar, que é o internamento e as cirurgias. Uma das cirurgias que vai entrar, que é urgente entrar, é a parte materna, porque há muitas mulheres que vêm aqui ao hospital com necessidade de fazer uma cesariana, para ter um bebé”, acrescentou o ministro. 

O Hospital Geral da Beira, além de ter tecnologias de ponta,  possui  300 camas e múltiplas especialidades.

O Ministro da Saúde terminou exortando na generalidade aos  funcionários do seu   sector a atenderem todos os doentes com humanidade, dignidade e respeito.

Fonte: O País

“Notícias” vence “Prémio Jornalismo Município de Chimoio”

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O jornalista Bernardo Jequete, da Delegação da Sociedades do Notícias em Manica, arrebatou o primeiro lugar do “Prémio Jornalismo Município de Chimoio”, na categoria de Imprensa Escrita, com a reportagem intitulada: “Sobrevivência e segurança: o dilema de Chimoio”.

A referida peça jornalística foi publicada há dias no Primeiro Plano do jornal notícias e a mesma aborda os dramas dos moto-taxistas desta urbe que se envolvem frequentemente em acidentes de viação, a complexidade do atendimento no Hospital Provincial de Chimoio, o impacto dos acidentes no seio familiar e as soluções que o município busca para fazer face à situação, mas que tardam a chegar.

O concurso foi lançado no âmbito das celebrações do Dia da Cidade de Chimoio, que hoje se assinala, e Bernardo Jequete afirma estar preparado para, através do seu trabalho, contribuir para um melhor conhecimento sobre a vida dos moçambicanos como um todo e estimular aos jornalistas mais novos a realizarem o seu trabalho com rigor, ética e intenção em prol de uma nação cada vez melhor.

Para além de Bernardo Jequete, foram premiados os jornalistas Cresce Assane, jornalista da TV Miramar e Moisés Saela, da Rádio Moçambique, ambos em primeiro lugar para as categorias de jornalismo televisivo e radiofónico, entre outros que se classificaram na segunda e terceira posição nas respectivas categoria.

 

Fonte: Jornal Noticias

 

“Chapeiros” retomam actividades depois de 3 dias  greve na cidade de Maputo

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Transportadores de algumas rotas da cidade de Maputo retomaram, hoje, às actividades, depois de três dias de greve contra alegada má actuação da Polícia municipal. Sobre a greve, o partido PODEMOS considera um problema possível de resolver desde que haja boa comunicação.

Depois de 3 dias sem quase nenhum movimento por conta da greve dos transportadores, esta quinta-feira, as actividades tendiam ao normal em algumas rotas da cidade de Maputo.

O movimento de passageiros estava, entretanto, tímido, esta quinta-feira, especialmente nas rotas Albazine/P.Competentes, Xipamanine/A.voador e P.Combatentes/A. voador.

Há quem só saiu para o trabalho, esta quinta-feira, porque temia ter dificuldades no regresso durante os dias de greve.

Os transportadores paralisaram a actividade entre segunda e quarta-feira em protesto contra as alegadas multas “exageradas” da Polícia Municipal.

Esta quinta-feira, a Bancada Parlamentar do partido Podemos conversou com alguns transportadores no terminal da Praça dos Combatentes que diziam precisar de tempo para regularizar sua situação.

Para o Podemos, “o problema maior é a comunicação” , por isso entende que esta é uma questão  possível de resolver desde que “haja comunicação”.

O Edil de Maputo, Rasaque Manhique, diz que os transportadores devem entender que tudo o que a edilidade quer é “organizar o sector dos transportes, mas é importante que haja disciplina na via pública”, declarou.

O Presidente do Conselho Municipal de Maputo promete que a felicidade vai continuar a sensibilizar e a dialogar com as Associações dos transportadores para melhor resolução da questão.

 

Fonte: O País