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Tuesday, July 22, 2025
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MOÇAMBIQUE PODE TER UMA PARTICIPAÇÃO DETERMINANTE NA COP30 ATRAVÉS DO ACORDO ASSINADO ENTRE O DIMSUR E O GOVERNO BRASILEIRO DO ESTADO DO PARANÁ

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Por: Alda Almeida

 

Moçambique poderá ter uma participação determinante na 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP 30), que decorrerá entre os dias 10 e 21 de Novembro de 2025, em Belém, no Brasil, considerando o recente acordo de cooperação intergovernamental assinado entre o DiMSUR e a Fundação Araucária, em representação do Governo do Estado do Paraná, no Brasil. No entanto, a presença do país neste evento de escala mundial, ainda depende da percepção que o Governo de Moçambique, tem sobre a relevância desta oportunidade.

A parceria entre o DiMSUR (Centro técnico regional para a redução do risco de desastres, sustentabilidade e resiliência urbana) e o Governo do Paraná posiciona Moçambique como um participante determinante num dos fóruns mais relevantes sobre clima a nível global, por ser o país que alberga este centro regional. O acordo permite não só a troca de experiências entre os países do Sul global, como também abre portas para que Moçambique e os países da região exponham o seu “saber-fazer” na gestão prática de desastres naturais.

Em entrevista, o Director Executivo do DiMSUR, Nuno Remane, sublinhou que a COP 30 representa “uma oportunidade única” para Moçambique e os países da SADC demostrarem ao mundo a sua experiência concreta na área de adaptação às mudanças climáticas e resiliência urbana. Moçambique, pode aproveitar a oportunidade para reforçar a imagem de um país resiliente e tecnicamente preparado para lidar com os desafios climáticos, principalmente no que concerne a gestão de inundações. “Queremos que Moçambique esteja presente como parceiro técnico. Não podemos desperdiçar esta vitrina mundial”, afirmou.

Remane acrescenta ainda que a participação poderá atrair investimentos estratégicos e consolidar parcerias internacionais, especialmente no domínio da adaptação climática e da gestão de riscos de desastres. “O mundo precisa saber o que Moçambique tem feito na área da resiliência climática, e esta é uma oportunidade de ouro para o país se afirmar no cenário global”, declarou.

O DiMSUR encontra-se actualmente em articulação com as autoridades nacionais e apela a que o Governo dedique uma atenção especial, para que o apoio institucional que é necessário para permitir que a presença na COP 30 se concretize. Esta participação dará a oportunidade a Moçambique e aos países da região, que pertencem ao DiMSUR, de demonstrarem as lições aprendidas dos projectos de resiliêmcia climática, que tem realizado com sucesso. A COP 30 é uma conferência Brasileira, que reunirá líderes mundiais, cientistas, activistas e financiadores, sendo um palco essencial para reforçar o papel de Moçambique como um dos actores chave na agenda climática do Sul global.

A expectativa do DiMSUR e dos moçambicanos é que, em Novembro, Moçambique esteja na COP 30, levando a sua experiência prática e reafirmando o seu papel na construção de um futuro sustentável para o planeta.

João Rêgo Júnior Cria Óculos Inteligentes para Cegos

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Por: Alfrdo Júnior

 

Nem todos os heróis usam capa, alguns usam engenho, sensibilidade e coragem para ver além do que os olhos permitem. João Rêgo Júnior, jovem estudante de engenharia eletrónica na Universidade Eduardo Mondlane, decidiu abrir caminho, literalmente, para quem não pode ver.

Inspirado por histórias reais de quem vive na escuridão, João criou um par de óculos inteligentes que promete devolver a mobilidade e a confiança a pessoas com deficiência visual. O protótipo, que ele batizou de Vision Hope, funciona com sensores que detetam obstáculos e guiam o utilizador através de vibrações suaves, como se fosse um novo tipo de visão sentida pela pele.

Com um alcance de até quatro metros e um ângulo de 120 graus, os óculos vibram de forma direcional, se o perigo está à direita, a vibração vem desse lado, se está à frente, o sinal é mais intenso. O utilizador aprende a interpretar os sinais, passo a passo, ganhando autonomia onde antes havia apenas dependência.

Mas João foi mais longe, adicionou um sistema GPS que permite a familiares ou cuidadores acompanharem os percursos em tempo real. A bateria dura cerca de cinco horas, com alertas sonoros que avisam quando está prestes a terminar, porque até a tecnologia precisa de pausa, mas nunca de falhas.

Um dos primeiros a testar o Vision Hope foi Armando Ernesto Chau, que perdeu a visão há mais de vinte anos. A sua reação foi comovente: “Está a vibrar… são esses arbustos… eu viro e já não vibra mais”, palavras simples, mas que carregam a alegria de quem voltou a caminhar com confiança.

O projeto ainda está em desenvolvimento, mas já conquistou reconhecimento a nível nacional. João foi distinguido com o Prémio Jovem Criativo de Moçambique e agora sonha mais alto, quer levar os óculos a todo o país, produzindo com materiais reciclados e a um custo acessível.

“Mais do que um invento, isto é uma ponte para a inclusão”, afirma João. E é mesmo, numa sociedade onde as barreiras físicas e sociais ainda excluem muitos, o Vision Hope representa mais do que tecnologia, representa empatia transformada em ação.

Se a visão é uma forma de interpretar o mundo, João Rêgo Júnior está a ensinar-nos que também se pode ver com o coração, e com a vontade firme de não deixar ninguém para trás.

 

MÚSICA ALTA NOS TRANSPORTES PÚBLICOS: ESTRATÉGIAS DE CHAMARIZ OU ATENTADO À SAÚDE?

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Por: Sara Seda

 

Nos transportes semicolectivos, popularmente conhecidos como “chapas”, a música tornou-se uma ferramenta de atração de passageiros. Em várias rotas da cidade, é comum entrar numa chapa e ser recebido por batidas ensurdecedora, o volume é tão alto que chega a fazer o banco vibrar, sente-se fisicamente no corpo, e torna-se impossível manter uma conversa, atender uma chamada ou sequer comunicar com o próprio cobrador.

Muitos motoristas chegam a desligar o som enquanto o carro ainda está no terminal, apenas para ligá-lo no volume máximo assim que arrancam, surpreendendo os passageiros. O mais preocupante é a falta de sensibilidade por parte de alguns motoristas e cobradores, que ignoram os pedidos de passageiros para reduzir o volume.

Não se trata de negar a importância da música, ela tem valor emocional, cultural e até comercial, no marketing por exemplo, ela é usada para criar ambientes agradáveis e estimular emoções positivas. Mas para isso, é preciso equilíbrio, pois, quando a música ultrapassa os limites do razoável, transforma-se em poluição sonora, um problema de saúde pública muitas vezes ignorado.

Apesar de a maioria de estudantes gostar deste tipo de animação, preferindo até chegar tarde aa escola porque ainda estão à espera dos populares “chapas’’ na praça pela boa música e animação, é preciso reconhecer que os utilizadores destes transportes são diversos. Há estudantes, sim, mas também idosos, crianças de colo e pessoas com problemas de saúde, que não deveriam ser expostas a ruído excessivo. A ciência já comprovou que a exposição contínua a sons altos pode causar perda auditiva, distúrbios de sono, ansiedade e irritabilidade. Embora alguns passageiros já conheçam os “chapas barulhentos” e evitem usá-los, nem todos têm esse privilégio, em horários de pico ou em zonas com poucas opções, quem está com pressa acaba exposto sem opção, ouvindo alto som e muitas vezes mal equalizado.

Cabe perguntar: será mesmo necessário ouvir amapiano ou outros géneros musicais em alto volume logo nas primeiras horas da manhã, quando muitos estão a caminho da escola ou do trabalho, e o cérebro precisa de concentração e estímulo produtivo? E no regresso para casa, cansados após um dia de trabalho, não seria melhor uma música com som no volume certo que transmita um ambiente mais calmo/sereno para relaxar?

É urgente repensar o uso da música nos transportes públicos. A música pode ser um elemento agradável, se usada com bom senso, música boa não é sinónimo de música alta.

UDZ PEDE REPETIÇÃO DO JOGO COM “TRICOLORES”

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A União Desportiva do Zimpeto (UDZ) pede a repetição do jogo da 17.ª jornada do Campeonato Nacional da II Divisão – Fase da Cidade, em que perdeu (2-0) frente ao Maxaquene. O protesto foi apresentado formalmente, ontem, junto à Associação de Futebol da Cidade de Maputo (AFCM).
O clube diz ter sido alvo de um erro de direito por parte do árbitro Felisberto José, ao expulsar (65 minutos) o atleta José Borges, alegando “segunda advertência por cartão amarelo. Contudo, não havia sido admoestado anteriormente, sendo esta a sua única sanção disciplinar no jogo. Trata-se, portanto, de um erro de direito, conforme o disposto no artigo 96 do Regulamento Disciplinar da FMF”, escreve.
A equipa denuncia ainda que o árbitro principal “recusou-se a apresentar o boletim do jogo após a partida, impedindo, inclusive, que a UDZ manifestasse formalmente, no boletim, a intenção de protesto”, lê-se no documento.
A UDZ considera que a expulsão “ocorreu numa fase crucial do jogo, quando dominava e pressionava pela igualdade”.
Ainda de acordo com o clube, o árbitro principal do encontro veio a expulsar, mais tarde (88 minutos), o guarda-redes Chicken, após este sair da área e efectuar um corte com os pés, em clara acção legal, porém o primeiro assistente, Arão Machava, assinalou falta sob o argumento de toque com as mãos, “o que é desmentido pelas imagens”.
Assim, o clube afirma dispor de provas documentais e visuais das irregularidades elencadas e pede a anulação da expulsão do atleta José Borges, avaliação disciplinar da actuação da equipa de arbitragem, e o mais importante para a UDZ é “a possibilidade de repetição do jogo”.
Refira-se que o Maxaquene, com o resultado obtido no encontro, consolidou a liderança da “Cidade”, agora com 44 pontos, enquanto a UDZ caiu do terceiro lugar para o quarto, com os mesmos 33 pontos.

Fonte: Jornaldesafio

Em Reunião Nacional de Planificação: Salim Valá Considera o MPD como uma espécie de “tanque de pensamento estratégico sobre planificação e desenvolvimento”

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Arrancou esta manhã, em  Maputo Província, a Reunião Nacional de Planificação que tem em vista assegurar a harmonização dos instrumentos de planificação e orçamentação para responderem de forma eficaz aos desafios, anseios e aspirações que hoje em dia, a população moçambicana  enfrenta nos seus distintos territórios, anseios esses plasmados no Programa Quinquenal do Governo (2025-2029).Na sessão de abertura do evento, o Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Salim Valá, disse que a sua instituição procura afirmar-se como uma espécie de “tanque de pensamento estratégico sobre planificação e desenvolvimento” devendo no entanto, conseguir “enxergar o que está por trás da montanha”, fortalecer a capacidade de previsão e de antecipação, ser o centro de análise, debate e que possa contribuir para delinear trajectórias de desenvolvimento mais promissoras, mantendo uma interacção permanente com as várias forças da sociedade, em particular as Universidades e Centros de Pesquisa.

O titular da planificação e desenvolvimento afirmou que ao fazer-se o exercício de planificação para 2026 há necessidade de ter em conta que o crescimento global mantém-se moderado e com elevados riscos e incertezas.Nos últimos três anos (2022-2024), registámos sinais de recuperação da economia nacional, embora a crescer de forma moderada e abaixo do seu potencial, muito influenciada pelo peso da agricultura e da indústria extractiva, portanto ainda muito dominada pelo sector primário. Nesse período, o PIB cresceu 4,03%, e as previsões para 2025 apontam para um crescimento de 2,9%. A taxa de inflação, no mesmo período, situou-se em torno de 6,9%, graças a uma gestão prudente da política monetária e fiscal. A taxa de câmbio tem-se mantido estável, na banda de 63,88 MT/USD,  frisou o dirigente.

O Secretário do Estado do Tesouro e Orçamento, Amílcar Tivane, intervindo na ocasião, frisou, a necessidade de uso da abordagem programática orientada para resultados visando o alcance dos objectivos previamente definidos no que se refere à previsão de receitas e estimativas de despesas para a programação das acções do governo, auxiliando o executivo na tomada de decisões.

É neste sentido que torna-se imperioso harmonizar e coordenar a metodologia de planificação e orçamentação a todos os níveis de governação, bem como a definição de prioridades de forma harmonizada. Para o sucesso deste propósito é importante o cometimento e a coordenação de todos os intervenientes de forma colaborativa, assegurou.

No seu entender, na qualidade de anfitrião do evento, o representante do Secretário de Estado na Província de Maputo, disse que a reflexão que sairá do encontro irá trazer valor ao alinhamento metodológico  dos instrumentos de planificação e orcamentação ao nível local, tendo em conta que nos permitirão obter a visão dos instrumentos orientadores para os próximos anos com vista a consolidar a planificação e monitoria dos programas de desenvolvimento até ao nível dos postos Admnistrativos e localidades.

 

Fonte: MEF

Moçambique e União Europeia Reforçam Parceria Para Acelerar Transformação Digital

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Moçambique e a União Europeia deram um novo impulso à cooperação no domínio da transformação digital, com a implementação do programa Global Gateway a ganhar tração como alavanca de investimento em infra-estruturas, inovação, conectividade e serviços públicos digitais.

A iniciativa foi reafirmada durante um encontro de alto nível entre o Ministro das Comunicações e Transformação Digital, Américo Muchanga, e uma delegação da União Europeia em Moçambique, liderada por Paula Vazquez Horyans, no quadro do reforço da cooperação bilateral.

O Ministro apresentou a arquitectura institucional do Ministério, sublinhando que a sua criação reflecte a prioridade que o Governo atribui à digitalização, vista como vector de inclusão social, modernização do Estado e dinamização económica.

Muchanga destacou os instrumentos normativos em curso, com enfoque na Estratégia Nacional de Inteligência Artificial, leis de Protecção de Dados, Cibersegurança e o novo Plano Estratégico da Sociedade da Informação.

“O sector digital é catalisador da transformação estrutural do país, com impacto na governação, educação, saúde, protecção social e economia”, declarou Muchanga.

Alinhamento Com Agendas Estratégicas

O Governo propôs à UE o estabelecimento de um mecanismo coordenado de partilha de prioridades, alinhado com o Plano Quinquenal 2025–2029 e com a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Digital.

Entre os projectos estruturantes em curso, destacam-se:

 

Compromisso Europeu Com A Agenda Digital

Paula Vazquez Horyans reafirmou o compromisso da União Europeia em apoiar a agenda digital de Moçambique, sublinhando a relevância da parceria para garantir uma transição digital segura, inclusiva e sustentável.

“Estamos comprometidos em apoiar um ecossistema digital robusto, com base em direitos humanos, inovação tecnológica e resiliência institucional”, disse a representante europeia.

O ministro moçambicano elogiou o apoio técnico e financeiro da UE, com destaque para o Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC), e defendeu a consolidação do quadro legal digital e da formação em cibersegurança.

Transformação Digital Com Ambição Estratégica

O encontro termina com o reconhecimento mútuo de que a transformação digital é condição estratégica para o desenvolvimento nacional, sendo também porta de entrada para maior integração nos mercados globais.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Nos próximos meses, espera-se o alargamento dos programas conjuntos, com novos compromissos financeiros e operacionais para acelerar a digitalização do Estado, das comunidades e do sector produtivo.

Fonte: O Económico

Dólar Oscila Em Intervalo Estreito Face À Incerteza Sobre Tarifas Comerciais Globais

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O dólar norte-americano manteve-se instável, esta terça-feira, oscilando dentro de uma faixa estreita, à medida que os investidores esperam por desenvolvimentos concretos nas negociações comerciais com os Estados Unidos, a menos de uma semana do prazo limite de 1 de Agosto para evitar novas tarifas.

O mercado cambial global permanece contido, com os operadores a avaliar o impacto potencial de acordos comerciais (ou da sua ausência) entre os Estados Unidos e vários parceiros internacionais. A administração norte-americana tem dado sinais contraditórios quanto à aplicação de tarifas adicionais, elevando o grau de incerteza.

O Iene japonês permaneceu relativamente forte, após uma reacção moderada aos resultados das eleições para a câmara alta no Japão, que apesar da derrota da coligação governamental, não foram piores do que o esperado. A moeda japonesa foi transaccionada a 147,65 por dólar, ligeiramente abaixo da valorização de 1% registada na segunda-feira.

“A incerteza política no Japão poderá dificultar a celebração célere de um acordo com os EUA, o que representa riscos adicionais para a economia japonesa e para o iene”, alertou Lee Hardman, analista sénior de câmbio do MUFG.

Enquanto isso, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, reiterou que a administração Trump prioriza a “qualidade dos acordos” em detrimento do seu calendário, admitindo a possibilidade de extensões para países com negociações produtivas em curso.

Wall Street Cautelosa, Investidores Observam o BCE

Os mercados accionistas em Nova Iorque tiveram um desempenho morno na segunda-feira: o Dow Jones terminou estável, o S&P 500 avançou marginalmente e o Nasdaq subiu 0,35%.

O euro recuou ligeiramente para 1,1684 dólares, com os mercados atentos à próxima decisão do Banco Central Europeu, onde se espera que os decisores mantenham as taxas de juro inalteradas.

A libra esterlina caiu 0,03% para 1,3488 dólares, também limitada pela falta de clareza nas negociações transatlânticas.

Perspectiva Monetária e Dúvidas Sobre a Independência da Fed

A trajectória futura da política monetária norte-americana continua a ser uma fonte de especulação, sobretudo após as reiteradas críticas públicas do Presidente Trump ao presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, pressionando-o a cortar taxas de juro.

“Apesar dos dados económicos sólidos e do impacto inflacionário esperado das tarifas, mantemos a expectativa de que o FOMC manterá as taxas inalteradas até 2026”, disse Jonas Goltermann, da Capital Economics, embora admita que “essa visão está à mercê dos caprichos da Casa Branca.”

Com o prazo de 1 de Agosto a aproximar-se e a ausência de sinais claros sobre acordos comerciais duradouros, o mercado cambial mantém-se em modo de espera. A força do dólar, a estabilidade do iene e as decisões do BCE serão determinantes para o rumo das moedas globais nos próximos dias. Para já, a palavra de ordem é cautela — e atenção a Washington.

Fonte: O Económico

Ouro Alcança Máximos De Um Mês Com Apoio De Dólar Fraco E Juros Mais Baixos

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O preço do ouro subiu, esta terça-feira, 22 de Julho, para o nível mais elevado em mais de um mês, impulsionado pela fraqueza do dólar norte-americano e pela queda dos rendimentos das obrigações do Tesouro dos EUA. Os investidores mantêm-se atentos às negociações comerciais e às decisões de política monetária que poderão moldar o mercado nas próximas semanas.

O ouro à vista manteve-se praticamente estável nos 3.389,98 dólares por onça (às 05h03 GMT), depois de ter atingido, mais cedo na sessão, o seu valor mais alto desde 17 de Junho. Já os futuros de ouro nos Estados Unidos permaneceram firmes nos 3.402,90 dólares por onça.

Segundo Kelvin Wong, analista sénior da OANDA, o movimento ascendente do ouro tem sido sustentado por sinais técnicos positivos e, sobretudo, por uma fraqueza generalizada do dólar, que torna o ouro mais barato para investidores que transaccionam noutras moedas.

O índice do dólar norte-americano (.DXY) rondava mínimos de mais de uma semana face às principais divisas concorrentes, enquanto os juros das obrigações do Tesouro a 10 anos também recuaram, atingindo o seu nível mais baixo desde a semana anterior.

Incerteza Comercial Impulsiona Procura Por Refúgios

As tensões comerciais persistem como factor de risco. Segundo diplomatas europeus, a União Europeia está a explorar um conjunto mais amplo de possíveis medidas de retaliação contra os Estados Unidos, à medida que diminuem as esperanças de um acordo comercial antes do prazo de 1 de Agosto.

O Presidente norte-americano Donald Trump ameaçou impor tarifas de 30% sobre importações europeias, caso não haja acordo até à data estipulada.

“Existe a possibilidade de que os EUA e os seus parceiros comerciais não cheguem a consenso, o que pode alimentar a incerteza e levar os investidores a recorrer ao ouro como cobertura”, advertiu Wong.

Expectativas De Política Monetária Também Sustentam o Metal

O mercado está também de olhos postos no Banco Central Europeu (BCE), que deverá manter as taxas de juro nos 2,0% na reunião de 24 de Julho, após uma série de cortes anteriores.

Nos Estados Unidos, a Reserva Federal (Fed) reúne na semana seguinte e os mercados já atribuem cerca de 59% de probabilidade de um corte nas taxas em Setembro, de acordo com a ferramenta CME FedWatch.

Num ambiente de taxas de juro mais baixas, o ouro tende a beneficiar, dado que os custos de oportunidade de manter activos não remunerados, como o metal precioso, se reduzem.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>A valorização recente do ouro reflete um cocktail de factores: fraqueza cambial do dólar, incerteza geopolítica, expectativa de manutenção de taxas baixas e fuga para activos de segurança. Com o calendário carregado de decisões económicas e ameaças comerciais, o ouro consolida-se como um barómetro da tensão — e como um dos poucos refúgios em tempos de volatilidade.

Fonte: O Económico

Cabo Delgado: BAD aprova 17 milhões de dólares para reconstrução e criação de empregos

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Por: Alfredo Júnior

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) aprovou um financiamento de 17 milhões de dólares para apoiar a reconstrução e o relançamento socioeconómico da província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, fortemente afetada pelo terrorismo desde 2017, prevendo-se a criação de 24 mil empregos directos, com destaque para jovens e mulheres.

A aprovação foi tornada pública esta semana e enquadra-se no projecto RISE PS (Resilient Investment for Socio Economic Empowerment, Peace and Security), que tem como objectivo apoiar a estabilização de zonas vulneráveis através da criação de oportunidades económicas, reabilitação de infraestruturas comunitárias e fortalecimento das pequenas e médias empresas locais.

De acordo com o BAD, estima-se que mais de 100 mil pessoas serão beneficiadas directamente, sendo que, dentre os 24 mil empregos previstos, 60 por cento serão ocupados por jovens entre os 18 e os 35 anos, e pelo menos metade das vagas será reservada a mulheres.

O valor total do projecto é de 28 milhões de dólares, sendo 17 milhões financiados pelo BAD, e os restantes montantes provenientes do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da Alemanha, de parceiros do sector privado e de uma contribuição do Governo moçambicano.

Entre as principais acções previstas, destacam-se a reabilitação de 150 infraestruturas comunitárias, incluindo escolas, centros juvenis, postos de saúde, sistemas de abastecimento de água e mercados, a formação de mais de 9.200 pessoas em áreas técnicas e empreendedoras, e o financiamento de até 2.000 negócios liderados por jovens e mulheres.

O projecto será executado entre Setembro de 2025 e Agosto de 2029 sob a coordenação da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), em colaboração com o Governo moçambicano, o PNUD e parceiros estratégicos como a TotalEnergies e a ExxonMobil, que irão oferecer estágios profissionais a mais de mil jovens.

Desde 2017, o conflito armado em Cabo Delgado já provocou mais de 4.500 mortes e cerca de um milhão de deslocados internos, e com a melhoria gradual das condições de segurança, iniciativas como esta surgem como resposta à necessidade de reconstrução e fortalecimento da coesão social na região.

PR recebe Alta-Comissária do Canadá e líder do Hass Petroleum

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O Presidente da República recebeu, esta segunda-feira, em audiências separadas, a Alta-comissária do Canadá, Sara Nicholls, e o Presidente do Hass Petroleum Group, Abdinassir Ali Hassan. Os encontros, realizados na Presidência da República, focaram-se na diplomacia bilateral e em novas oportunidades de investimento para Moçambique.

A audiência com a Alta-comissária marcou o encerramento da missão diplomática de Sara Nicholls em Moçambique, após três anos de trabalho. Na ocasião, a diplomata apresentou cumprimentos de despedida e fez um balanço positivo da cooperação entre os dois países. Nicholls destacou os 50 anos de solidariedade e parceria entre Moçambique e o Canadá, com avanços em áreas prioritárias como saúde, educação, protecção da criança, paz e promoção da igualdade de género.

“Este foi um momento importante para reflectir sobre três anos de parceria, mas também para reconhecer os 50 anos de relações entre os nossos países. Falámos das nossas prioridades comuns, incluindo a importância de investir nas mulheres e nas raparigas”, afirmou a diplomata à imprensa. Nicholls manifestou ainda confiança na continuidade desta colaboração, mesmo com a transição diplomática em curso.

Num outro momento, o Chefe de Estado recebeu Abdinassir Ali Hassan, Presidente do Hass Petroleum Group, que esteve em Moçambique em representação da OQT, o braço comercial do governo de Omã. O empresário apresentou uma proposta de cooperação estratégica com o objectivo de estabelecer soluções no domínio da energia e combustíveis.

“Viemos apresentar ao Presidente uma proposta de fornecimento energético e desenvolvimento do negócio petrolífero em Moçambique. A reunião foi muito produtiva e focada em parcerias entre Omã e o governo moçambicano”, explicou Hassan. O empresário destacou a abertura e hospitalidade do Presidente Chapo, bem como o potencial de Moçambique como destino de negócios.

Segundo Hassan, as vantagens logísticas e geoestratégicas do país — como a sua extensa costa marítima e portos em Maputo, Beira e Nacala, tornam Moçambique um ponto estratégico para abastecer mercados regionais sem acesso ao mar, incluindo o Malawi, Zâmbia, República Democrática do Congo, Congo e Zimbabwe.

Os dois encontros ilustram o compromisso do governo moçambicano em reforçar a cooperação internacional, ao mesmo tempo que promove parcerias para impulsionar o desenvolvimento sustentável e o investimento estrangeiro no país.

Fonte: O País

ARA-SUL divulga hoje resultados das análises laboratoriais do rio Limpopo 

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A Administração Regional das Águas do Sul (ARA-SUL) divulga,  nesta segunda-feira, os resultados das análises laboratoriais da água do rio Limpopo.

A ARA-SUL colectou amostras de água devido a suspeitas de contaminação daquele curso de água que apresenta tons esverdeados, na sequência da floração de algas que iniciou no dia 14 deste mês.

 O Director de Gestão da bacia hidrográfica do Limpopo, citado pela Rádio Moçambique,  disse que os resultados das análises laboratoriais vão determinar se será interdito o consumo da água pelas pessoas e o abeberamento de animais e outras actividades.

Ivan Cuna explicou que a floração de algas decorre do excesso de nutrientes, como fósforo e nitrogénio, como resultado de actividades mineiras nos países a montante.

A fonte afirmou que o nível de coloração e o cheiro da água, por si só, são elementos que criam retracção para o consumo na bacia do Limpopo. 

 

Fonte: O País