Quatro das nove vítimas que sobreviveram ao acidente de viação ocorrido esta quarta-feira, no distrito de Nhamatanda, em Sofala, foram transferidos para o Hospital Central da Beira, dada a complexidade dos ferimentos. Os outros feridos estão fora de perigo e a receberem tratamentos ambulatoriais. O número de vítimas mortais mantém o mesmo: sete.
O Hospital Rural de Nhamatanda viu-se forçado a evacuar para o Hospital central da Beira, parte dos nove sobreviventes que ficaram feridos no acidente registado nesta quarta-feira, naquele distrito, que matou sete pessoas, entre elas dois menores de idade.
Os feridos evacuados apresentavam várias fracturas em diferentes partes do corpo e necessitam de uma atenção mais cuidadosa, segundo disse Joaquim Botão, Director do Hospital Rural de Nhamatanda.
“Dos nove feridos que recebemos, quatro tivemos que transferir para o Hospital Central da Beira, que estavam um pouquinho mais graves, e ficamos com cinco. Três deles foram no regime ambulatório e os outros ainda continuam internados aqui no hospital, mas num estado moderado e que podemos controlar”, disse.
Uma das sobreviventes contou os momentos difíceis que viveu neste trágico acidente, onde viu a sua filha menor de três anos a perder a vida entalada entre os bancos do mini-bus em que seguiam. 
“Estava com o bebê, minha filha Selma, bebê de três meses, eu tentei segurar ela, tentei segurar, não consegui. Não consegui segurar minha filha Selma, que ficou presa no banco. Minha filha morreu aí mesmo”, contou Sara Pascoal, sobrevivente, visivelmente consternada.
O acidente foi registado quando um veículo pesado de mercadoria tentou fazer uma ultrapassagem irregular e foi embater violentamente no transporte semi-colectivo de passageiro.
O semi-colectivo foi arrastado por mais de 20 metros e o camião tombou por cima do mesmo, provocando a morte no local de sete pessoas. “O que nós sabemos, nesta altura, é que a causa provável deste acidente é, efectivamente, a ultrapassagem irregular aliada à velocidade excessiva que era praticada ou realizada por parte do condutor deste transporte de mercadorias”, disse Dércio Chacate, porta-voz da PRM em Sofala.
A Polícia em Sofala, diz haver necessidade de aprimorar as medidas de segurança para evitar casos similares. “No entanto, também não descobrimos a necessidade do aprimoramento de actividades de fiscalização por parte de todos os sectores que interagiram na segurança rodoviária, falo concretamente da Polícia de Trânsito, falo do INATRO, entre outros agentes”, disse Dércio Chacate.
O motorista do mini-bus, apesar de não ter sido o autor do acidente continua fugitivo e o motorista do veículo pesado que causou o sinistro ainda está detido. 
 
Fonte: O País