Tiago Teixeira, antigo adjunto de João Pereira no Sporting, admitiu que foi apanhado de surpresa em relação ao despedimento do comando da equipa principal. Recorde-se que tal aconteceu no dia de Natal, em vésperas de dérbi com o Benfica.
Em entrevista à rádio TSF, Teixeira – que não acompanhou João Pereira no regresso à equipa B -, diz que respeita a decisão de Frederico Varandas.
«De certa forma fomos surpreendidos, o próximo jogo seria o único em que iríamos ter tempo para preparar e ter todos os jogadores recuperados. Mas os clubes são empresas e, apesar de às vezes não concordarmos, temos de respeitar as decisões. Gerem ativos e se não estão contentes com quem lidera o processo tomam decisões para alterar», afirmou.
Admitindo alguma «frustração» porque a equipa técnica não conseguiu ter tempo para «demonstrar o seu valor», sublinha ter saído de «consciência tranquila». «Claro que existiu frustração, sentimento de impotência de não conseguir fazer melhor, mas saio do Sporting de consciência tranquila de que fiz tudo, não só nestes últimos meses mas nestas três épocas», disse.
Tiago Teixeira acredita que o fracasso da equipa técnica explica-se por uma «sucessão de fatores». «Não senti desconfiança dos jogadores. O modelo de jogo era semelhante, as dinâmicas também, nada existiu que pudesse criar choque. O que poderia ter dado mais confiança aos jogadores seriam os resultados, faltou-nos um pouco de sorte nesse aspeto», admite.
Teixeira sustenta que, para ele, «não fazia sentido» regressar à equipa B porque a equipa técnica tinha feito um «percurso ascendente». «Falei com o João [Pereira], disse-lhe que tinha os meus motivos para achar que não era ideal para nós, para mim, o João tomou outra decisão, tem as suas razões», finalizou.
Fonte: Mais Futebol