O Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, negou a solicitação de impedimento do ministro Cristiano Zanin no caso da tentativa de golpe de Estado, em 2022, na Corte. O pedido foi feito pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso já tinha se manifestado contra o requerimento e pediu também manifestação de Zanin, que se disse apto a participar do julgamento.
Barroso, então, votou contra a ação. O presidente foi acompanhado por Gilmar Mendes, Flávio Dino, Dias Toffoli, Edson Fachin e Cármen Lúcia em todos os processos.
Nas ações que miram Dino, por exemplo, ele próprio não pode votar. O mesmo aconteceu nos julgamentos de Zanin e Moraes. Nos processos em que puderam votar, Dino, Zanin e Moraes acompanharam Barroso.
Os advogados de Bolsonaro argumentaram que o ministro havia se dito impedido em um caso anterior, que tratava das eleições de 2022. Na época, Zanin atuava como advogado do Partido dos Trabalhadores e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Barroso pautou o questionamento da defesa no plenário virtual para a manifestação dos demais ministros. O julgamento teve início às 11h desta quarta (19). Zanin não pode votar na ação que o tem como alvo.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) será julgada na Primeira Turma do STF, que tem Zanin como presidente, nos dias 25 e 26 de março. Além dele, compõem a turma os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
Fonte: CNN Brasil
