Continua crítica a situação da lotação das cadeias do país.
O director do Serviço Nacional Penitenciário fala de mais de 20 mil reclusos, que se encontram a cumprir penas nos estabelecimentos prisionais, cuja capacidade é de apenas 10 mil reclusos.
“O nosso desafio é mesmo, perante a situação da superlotação, apostar num tratamento humanizado, atender à questão da alimentação e da saúde”, explicou Ilídio Miguel, director do Serviço Nacional Penitenciário, que afirmou que a situação é preocupante e a alternativa é a construção de novos estabelecimentos, para descongestionar as prisões.
“O Governo, no seu Programa Quinquenal, desafiou-se a construir 13 estabelecimentos penitenciários, dos quais 10 distritais e três regionais, para fazer face à superlotação.”
Outra medida é a implementação de penas alternativas à prisão. “Se efectivamente aplicarmos, poderemos reduzir a questão da superlotação”, repisou.
Ilídio Miguel falava à margem do lançamento da semana comemorativa dos 50 anos do SERNAP, onde desafiou os funcionários a manterem a integridade.
“Há necessidade de sermos mais coesos, mais empenhados no cumprimento da nossa missão e com mais disciplina.”
Sobre os reclusos que fugiram dos estabelecimentos penitenciários durante as manifestações, Ilídio Miguel garante que mais de 800 foram capturados e encarcerados até neste domingo.
Fonte: O País