Diabo à solta na esquerda. De novo titular após ter sido preterido na meia-final, a lesão de Matheus Reis obrigou Borges a apostar em Maxi como lateral e o jovem de 17 anos enquanto extremo esquerdo. Cumpriu com verticalidade, oportuno a ganhar as costas de Tomás Araújo. Fez vários remates perigosos, mas faltou pontaria. Trubin e Otamendi também não lhe facilitaram o golo. Deu direito até a um túnel em Kokçu que galvanizou as bancadas afetas a Alvalade.
A série de grandes penalidades estava a ser perfeita. Florentino Luís havia batido Franco Israel e fez o 7-6 favorável às águias. Francisco Trincão, um dos virtuosos do Sporting, teve sob os ombros a responsabilidade de manter a sua equipa em discussão. Porém, fez um remate pouco convincente para a esquerda do gigante Trubin e este adivinhou o lado correto, para a defesa decisiva. Foi o momento que decidiu uma final equilibrada e ditou a derrota do Sporting na final da Taça da Liga.
Viktor Gyökeres: o sueco estava a ser controlado por António Silva e Nicolás Otamendi antes do golo de grande penalidade, aos 43m. No entanto, nesse momento decisivo, o avançado fez o que se pede a um matador – não desperdiçou a chance soberana de golo. Jogo de muito sacrifício para o sueco, a funcionar como referência ofensiva dos leões.
Eduardo Quaresma: uma exibição de altos e baixos. Esteve bem a controlar Schjelderup até ao momento do golo, em que foi completamente batido pelo extremo. Num momento ofensivo muito bom, percorreu meio-campo e rematou, aos 37 minutos, com tudo para fazer o golo ou assistir. Não conseguiu marcar de pé esquerdo, pois não é a sua especialidade.
Morten Hjulmand: exibição verdadeiramente de capitão. Muito sacrifício em campo, decisões acertadas, cortes em carrinho e rotação no meio-campo. Tudo características que deliciam qualquer treinador.
João Simões: aos 17 anos, é preciso relevar também a exibição madura do médio-centro leonino. Dinâmico, procurava receber tanto no meio como também encostado à linha, do lado esquerdo. Não conseguiu ser esplendoroso, mas foi útil no contexto de onda de lesões no Sporting. Uma mão do jovem ainda suscitou dúvidas de grande penalidade, aos 47m.
Franco Israel: não comprometeu e fez algo muito importante para um guarda-redes – direcionou bem a ressaca das suas defesas, nunca para jogadores adversários. Durante os noventa minutos esteve irrepreensível. Nos penáltis… deixou algo a desejar.
Fonte: Mais Futebol