Wednesday, December 24, 2025
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Tecnologia nuclear impulsiona combate global à poluição por plásticos

Resumo

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) destaca o progresso da iniciativa Nutec Plastics, lançada em 2020, que utiliza tecnologia nuclear para combater a poluição por plásticos. Cerca de 20 milhões de toneladas de plástico poluem oceanos, rios e lagos anualmente, afetando ecossistemas e economias locais. A AIEA e a Nutec Plastics empregam ferramentas nucleares para rastrear e reduzir a contaminação por plástico, incluindo micropartículas. Além da monitorização, promovem técnicas de reciclagem avançadas com radiação, transformando resíduos plásticos em produtos úteis, como materiais de construção, combustíveis industriais e plásticos mais resistentes. Vários países, como Argentina, Indonésia e China, já adotam estas tecnologias para reciclar plásticos e criar novos materiais.

A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, destacou o progresso alcançado no uso de ciência e tecnologia nucleares para enfrentar a crescente poluição por plásticos.

A iniciativa, Tecnologia Nuclear para o Controle da Poluição por Plásticos, Nutec Plastics, lançada em 2020, visa compreender e reduzir a contaminação desde o nível atômico até a aplicações industriais.

Compreender e reduzir a contaminação

Todos os anos, cerca de 20 milhões de toneladas de plástico acabam em oceanos, rios e lagos, prejudicando ecossistemas, meios de subsistência e economias locais. A Aiea aplica ferramentas para rastrear, compreender e reduzir a poluição por plástico desde o nível atômico.

A Nutec Plastics usa ferramentas de imagem nuclear e rádio traçadores para detectar, rastrear e estudar micropartículas, permitindo a elaboração de políticas que protegem os ambientes marinhos e as pessoas que deles dependem.

A iniciativa também equipa laboratórios em todo o mundo com tecnologia e conhecimento técnico necessários para recolher amostras, analisar e monitorizar a poluição por microplásticos no oceano.

Um copo de plástico flutua no oceano
Unsplash/Brian Yurasits

Um copo de plástico flutua no oceano

Transformar plásticos com radiação

Para além de monitorização, a Nutec Plastics promove técnicas de reciclagem avançadas baseadas em radiação. Estas tecnologias ajudam países a transformar resíduos plásticos em produtos úteis e de alto valor.

As aplicações incluem a produção de materiais de construção duráveis, combustíveis industriais, ceras e plásticos mais resistentes, facilitando a triagem e a reciclagem de diferentes tipos de resíduos.

Soluções em uso por vários países

Vários Estados-membros já aplicam estas tecnologias. Na Argentina, resíduos plásticos reciclados são usados para fabricar dormente ferroviários. A Indonésia desenvolveu palha resistente às intempéries a partir de plástico reciclado e casca de arroz.

A China recicla plásticos poliolefínicos, como películas aderentes, transformando-os em cera industrial.

Nas Filipinas, plásticos reciclados são usados para produzir materiais de construção acessíveis, enquanto a Tunísia substituiu parte do cimento por resíduos plásticos irradiados para fabricar betão mais leve e barato.

A Roménia e Alemanha avançam com técnicas de triagem para aumentar a pureza do polietileno e do polipropileno reciclados, permitindo a criação de tecidos de alta qualidade a partir de resíduos plásticos.

Cerca de 98% dos plásticos derivam de combustíveis fósseis
© Ocean Image Bank/Sören Funk

Cerca de 98% dos plásticos derivam de combustíveis fósseis

Economia circular e a transição industrial

A Aiea lançou também a Plataforma de Avaliação da Economia Circular, que complementa as ferramentas existentes ao avaliar a maturidade tecnológica e a viabilidade econômica da integração de tecnologias de feixe de elétrons nos processos de reciclagem.

Outro recurso é o Sistema Transportável de Feixe de Elétrons, concebido para apoiar investigação, formação e demonstrações práticas.

Atualmente, a iniciativa orienta 53 Estados-membros através de um plano estruturado, com o objetivo de passar a investigação laboratorial para a produção industrial, prevendo a operação de instalações piloto entre 2026 e 2027.

Fonte: ONU

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