Ténis: associação cofundada por Djokovic processa circuitos profissionais

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A Associação de Tenistas Profissionais (PTPA na sigla inglesa), da qual Novak Djokovic é cofundador, interpôs uma ação, num tribunal de Nova Iorque, contra os circuitos profissionais de ténis masculino (ATP) e feminino (WTA), bem como a Federação Internacional de Ténis (ITF) e a Agência Internacional de Integridade da modalidade, por «práticas anticoncorrenciais e um flagrante desrespeito pelo bem-estar dos jogadores».

O processo conta com 163 páginas, sendo a intenção da PTPA que ele seja julgado por um júri. Em causa, de acordo com a BBC Sport, que teve acesso ao documento, estão questões ligadas aos prémios monetários e rankings de atletas, bem como aos seus direitos de imagem e ao apertado calendário de competições.

𝗜𝘁’𝘀 𝘁𝗶𝗺𝗲 𝘁𝗼 𝗳𝗶𝘅 𝘁𝗲𝗻𝗻𝗶𝘀.
 

Today, the PTPA and over a dozen players, on behalf of the entire professional population, filed a sweeping series of legal actions against the ATP, WTA, ITF and ITIA to reform professional tennis. https://t.co/1r4LWQpopP

 

De acordo com aquela entidade, fundada em 2021 por Novak Djokovic e Vasek Pospisil, «os tenistas profissionais estão presos a um jogo viciado», no qual lhes é concedido um «controlo limitado das suas carreiras e dos direitos de imagem».

A queixa é assinada por 12 tenistas, entre eles o australiano Nick Kyrgios. Ainda de acordo com a PTPA, já foram iniciados procedimentos legais na União Europeia e no Reino Unido com os mesmos fundamentos.

ATP vê «caso totalmente infundado»

Em resposta às acusações da PTPA, o ATP Tour, que gere o circuito profissional masculino, refere que, desde que foi criado, em 1990, tem desempenhado «um papel de liderança no crescimento global do ténis».

Por outro lado, garante que «atletas e torneios têm uma voz igualitária, ao mais alto nível, na definição do rumo a adotar pela modalidade». «Os atletas têm um controlo extensivo dos seus calendários, podendo monetizar as suas carreiras da forma que melhor entenderem», pode igualmente ler-se no comunicado publicado na sua página oficial.

ATP statement on PTPA lawsuit. https://t.co/zPMMPVn1D6

O organismo dá como exemplos a atualização dos prémios monetários, que têm atingido valores recordes nos mais recentes torneios do Grand Slam, ou a introdução de um valor mínimo atribuído anualmente a todos os tenistas do top 250. Foram ainda reforçados para o dobro os prémios de prestação nos torneios de categoria Challenger, circuito imediatamente abaixo do ATP.

«Rejeitamos veementemente as alegações da PTPA. Acreditamos que o caso é totalmente infundado e defenderemos vigorosamente a nossa posição. O ATP continua comprometido em trabalhar no progresso da modalidade, em direção ao crescimento contínuo, estabilidade financeira e o melhor futuro possível para os nossos jogadores, torneios e fãs», vinca o organismo, que deixa críticas à iniciativa da PTPA.

«Enquanto o ATP continua focado em desenvolver reformas que beneficiem os atletas a vários níveis, a PTPA tem escolhido a divisão e a distração pelo meio da desinformação em vez do progresso», conclui.

«Lamentável e equivocada» para a WTA

Já a WTA, que governa o circuito profissional feminino, considera a ação da PTPA «lamentável e equivocada», prometendo defender a sua posição «de forma vigorosa».

«Entre vários exemplos, nos últimos anos aumentámos em 400 milhões de euros os valores pagos às atletas, que têm uma voz importante nas decisões tomadas e recebem recompensas financeiras consideráveis e outros benefícios por participarem nas provas da WTA», refere a organização.

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p lang=”en”>WTA Statement on PTPA Lawsuit pic.twitter.com/SRqL7K4m8k

Fonte: CNN Portugal

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