TotalEnergies nega suspensão de contratos, mas admite não renovação em Afungi

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A TotalEnergies desmentiu as alegações sobre uma suspensão massiva de contratos no projecto Mozambique LNG, localizado na península de Afungi, no distrito de Palma, província de Cabo Delgado. No entanto, a empresa confirmou que não está a renovar contratos que já chegaram ao fim, explicando tratar-se de um processo natural dado o estado actual do projecto.

A posição foi tornada pública pelo presidente do Mozambique LNG, Maxime Rabilloud, após um encontro com o governador da província de Cabo Delgado. O responsável refutou informações divulgadas por alguns meios de comunicação social, que indicavam que a petrolífera francesa teria suspendido centenas de trabalhadores ligados ao projecto de exploração de gás na Área 1 da bacia do Rovuma.

“Todos sabemos que ainda estamos numa situação de ‘força maior’. Posso até partilhar algumas perspectivas sobre esse tema mais tarde, mas, neste momento, é evidente que ainda não há condições para o reinício do projecto”, afirmou Rabilloud.

Embora o projecto permaneça suspenso desde 2021, devido à situação de insegurança em Cabo Delgado, Rabilloud esclareceu que a TotalEnergies continua a realizar obras de preservação e preparação para uma eventual retoma. Segundo ele, essas operações não são contínuas, dado que algumas têm um início e um fim bem definidos.

“Infelizmente, quando uma dessas operações é concluída, ocorre uma desmobilização natural, que será seguida posteriormente pelo arranque de novas obras”, acrescentou.

Resposta às alegações sobre suspensão de operações

A reacção do gestor surge após informações divulgadas pelo portal Africa Intelligence, segundo as quais a TotalEnergies teria instruído o consórcio CCS, composto pelas empresas Saipem (Itália), Chiyoda (Japão) e McDermott (EUA), a suspender as operações e dispensar trabalhadores.

Rabilloud reiterou que, embora não haja previsões concretas para a retoma do projecto, a empresa mantém o seu compromisso com a manutenção das infra-estruturas e a preparação do local para um eventual reinício das actividades assim que as condições de segurança forem consideradas adequadas.

Contexto da suspensão do projecto

O projecto Mozambique LNG, liderado pela TotalEnergies, é um dos maiores investimentos no sector energético em Moçambique, mas encontra-se paralisado desde Abril de 2021, após ataques terroristas à vila de Palma. A exploração de gás na Área 1 da Bacia do Rovuma estava inicialmente prevista para 2023, mas foi adiada por tempo indeterminado devido à persistência da instabilidade na região.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>A posição oficial da TotalEnergies visa tranquilizar os parceiros e fornecedores sobre o compromisso da empresa com o projecto, num momento em que o mercado energético observa com atenção os próximos passos da petrolífera francesa em Moçambique.

Fonte: O Económico

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