O transporte marítimo, sobretudo as travessias pelo pais é garantido pela Transmaritima e recentemente no caso de Maputo Catembe opera também uma pequena empresa privada (Mapapato). Enquanto que a ligação entre Malawi e Moçambique ao longo do Lago Niassa é feito pela Emocil e a Malawi Shiping Company. A Transmaritima que apesar de ter uma limitada frota de barcos e não cobre todas as travessias nacionais tem um destaque considerável. E sob ponto de vista de trabalhadores ligados ao transporte o seu universo é limitado, porém os trabalhadores são permanentes.
O transporte marítimo tem a grande vantagem de não exigir infraestruturas de rede, por isso é preferido, no que concerne ao transporte de carga para longa distância sobretudo nos trajetos internacionais. Porém por inerência, complementaridade e competitividade, o transporte marítimo é por excelência a opção de primazia para Moçambique.
Os portos são vitais para a competitividade de produção na área de sua influência, tendo um peso enorme no cômputo dos custos globais nas transacções comerciais. A experiência dos últimos anos de transformação do modo de gestão dos Portos e Caminhos de Ferro, mostra que as privatizações falharam redondamente quanto a eficiência e competitividade.
Há cerca de 3 anos atrás foi aberto uma rota de transporte marítimo fluvial entre os municípios de Maputo e Matola e para a sua execução foi disponibilizado um barco que subia e descia a baía de Maputo. De acordo com o então titular do MTC pretendia-se uma alternativa ao transporte semi-colectivo, mas resultou num autêntico fracasso. Muitas razões podem ser apontadas para tal, a morosidade do barco, o seu alto preço, a fraca afluência dos passageiros, etc.
Apesar de se verificar investimentos em certos portos, a situação de eficiência e eficácia de transporte e logística não melhorou muito nos últimos 5 anos até hoje. E o impacto perante os trabalhadores também é estacionário, mesmo depois da liberalização dos transportes.
Principais portos de Moçambique
- Porto de Maputo;
- Porto da Beira;
- Porto de Nacala.
Os portos marítimos na costa do Oceano Índico incluem:
- Beira – terminal ferroviário para o Zimbabwe (através da linha férrea Beira-Bulawayo) e Malawi (através da linha férrea de Sena);
- Inhambane
- Maputo – terminal ferroviário para a África do Sul (através da linha férrea Pretoria-Maputo), Eswatini (através da linha férrea Goba) e Zimbabwe (através da linha férrea Limpopo);
- Nacala – um porto de águas profundas e uma estação ferroviária para o Malawi (através da linha férrea de Nacala);
- Pemba;
- Quelimane;
- Matutuine, um novo porto de carvão no extremo sul, foi aprovado em outubro de 2009.
Comerciante Marinho
Em 2002, a frota da marinha mercante consistia em três navios cargueiros de 1.000 toneladas brutas ou mais, totalizando 4.125 toneladas brutas/7.024 toneladas de porte bruto (DWT). Dois deles eram navios de propriedade belga registados em Moçambique como bandeira de conveniência.