Wednesday, October 8, 2025
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Transportes Terrestres em Moçambique: O Que Saber

Estradas

As estradas constituem vias de atendimento de transporte rodoviário, que se caracterizam por: facilitar o processo de transporte de mercadorias diversas, e na mobilidade de pessoas dentro e fora do pais, além de complementar o trabalho dos transportes marítimo e ferroviário.

A Estrada Nacional Número 1(EN1) é a principal que estabelece a ligação rodoviária de Sul ao Norte e as capitais provinciais, a Estrada Nacional Número 4(EN4) partindo de Maputo, liga Moçambique com a África do Sul em Witbank, enquanto, na zona Centro encontramos a Estrada Nacional Número (EN6) que parte da Beira até Machipanda fronteira com o vizinho Zimbabwe.

As estradas interurbanas de Moçambique são classificadas como estradas nacionais ou primárias (estrada nacional ou estrada primária), ou como estradas regionais – secundárias ou terciárias (estradas secundárias e estradas terciáreas). As estradas nacionais recebem o prefixo “N” ou “EN” seguido de um número de um ou dois dígitos. Os números geralmente aumentam do sul do país para o norte. As estradas regionais recebem o prefixo “R”, seguido de um número de três dígitos.

Em 2008, a extensão total da rede rodoviária de Moçambique era de 32.500 km. As redes rodoviárias primárias e secundárias tinham menos de 5.000 km cada. A rede terciária tinha 12.700 km. Estradas não classificadas ou locais (estradas vicinais) foram estimadas em 6.700 km, e estradas urbanas em 3.300 km.

A rede rodoviária nacional inclui 14 vias:

  • N1 (EN1). Maputo – Xai-Xai – Nó da N5 – Maxixe – Inchope (nó da N6) – Gorongosa – Caia – Nó da N10 – Mocuba (nó da N11) – Nampula (nó da N13) – Mocuba (nó da N11) – Namialo (nó da N12) – Pemba;
  • N2 (EN2). Maputo – Matola – Nó N3 – posto fronteiriço da Namaacha (para eSwatini);
  • N3 (EN3). Junção N2 – posto fronteiriço de Goba (para eSwatini);
  • N4 (EN4). Posto fronteiriço de Maputo – Komatipoort (para a África do Sul);
  • N5 (EN5). Junção N1 – Inhambane;
  • N6 (EN6). Beira – Inchope (nó N1) – Chimoio – nó N7 – Manica – Posto fronteiriço de Machipanda (para Zimbabwe). A Auto-estrada N6 faz parte da Auto-estrada Beira-Lobito, Auto-estrada 9 da rede de Auto-estradas Transafricanas;
  • N7 (EN7). Junção N6 – Catandica – Distrito de Changara (cruzamento N7) – Tete – Posto fronteiriço de Zobue (para o Malawi);
  • N8 (EN8). Distrito de Changara (nó N7) – posto fronteiriço de Nyamapanda (para Zimbabwe);
  • N9 (EN9). Tete (nó N6) – Posto fronteiriço de Chimefusa (para a Zâmbia);
  • N10 (EN10). Nó N1 – Quelimane;
  • N11 (EN11). Mocuba (nó N1) – posto fronteiriço de Milange (para o Malawi);
  • N12 (EN12). Namialo (nó N1) – Monapo – Nacala;
  • N13 (EN13). Nampula (nó N1) – Ribaue – Cuamba – Posto fronteiriço de Mandimba (para Malawi) – Lichinga (nível N14);
  • N14 (EN14). Metoro (nó N1) – Montepuez – Cassembe – Lichinga (nível N13).

Ferrovias

O transporte ferroviário é considerado o mais adequado para cargas a granel e para grandes distâncias. A maior capacidade de carga e a facilidade de transportar qualquer tipo de carga confere ao transporte ferroviário a possibilidade de redução significativa de custos por unidade de pes.

O sistema ferroviário moçambicano desenvolveu-se ao longo de mais de um século a partir de três portos diferentes no Oceano Índico que servem como terminais para linhas separadas para o interior. Os caminhos-de-ferro foram alvos importantes durante a Guerra Civil Moçambicana, foram sabotados pela RENAMO e estão a ser reabilitados. Uma autoridade paraestatal, Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (abreviado CFM; em inglês Mozambique Ports and Railways), supervisiona o sistema ferroviário de Moçambique e seus portos conectados, mas a gestão tem sido amplamente terceirizada. Cada linha tem seu próprio corredor de desenvolvimento.

Em 2005, havia 3.123 km de trilhos ferroviários, consistindo em 2.983 km de bitola de 1.067 mm (3 ft 6 in), compatível com sistemas ferroviários vizinhos, e uma linha de 140 km de bitola de 762 mm (2 ft 6 in), a Faixa de Gaza Ferrovia. A ferrovia central Beira-Bulawayo e a rota ferroviária de Sena ligam o porto da Beira aos países sem litoral de Malawi, Zâmbia e Zimbábue. A norte desta o porto de Nacala está também ligado pelo caminho-de-ferro de Nacala ao Malawi, e a sul o porto de Maputo está ligado pelo caminho-de-ferro do Limpopo, de Goba e de Ressano Garcia ao Zimbabwe, Eswatini e África do Sul. Essas redes se interconectam apenas por meio de países vizinhos. Uma nova rota para transporte de carvão entre Tete e Beira foi planejada para entrar em serviço em 2010, e em agosto de 2010, Moçambique e Botswana assinaram um memorando de entendimento para desenvolver uma ferrovia de 1.100 km através do Zimbábue, para transportar carvão de Serule em Botswana para um porto de águas profundas em Techobanine Point em Moçambique.

Inatter- Instituto Nacional de Transportes terrestres. São objectivos estratégicos do INATTER:

Posicionar-se como um regulador do sector dos transportes terrestres de elevada competência, reconhecido por todos os intervenientes do sector pelos seus contributos para o desenvolvimento, competitividade e sustentabilidade;

Operacionalizar a organização do INATTER, os seus processos internos e as interfaces com os intervenientes do sector, prosseguindo desígnios de eficácia e de eficiência;

Construir uma sólida base de conhecimento e de informação do sector que possa ser a base da definição e avaliação de políticas sectoriais e da estratégia dos transportes terrestres;

Assegurar a sustentabilidade económico-financeira no quadro do novo modelo, financiando as suas actividades através das receitas provenientes de licenciamento, fiscalização, inspecção e eventuais subvenções do Estado.

Rede ferroviária

A rede ferro-portuária do país está dividida em quatro regiões, a saber:

  • Caminhos-de-ferro de Moçambique-Sul;
  • Caminhos-de-ferro de Moçambique-Centro;
  • Caminhos-de-ferro de Moçambique-Norte;
  • Caminhos-de-ferro de Moçambique-Zambézia.

 

Rede ferroviária dos CFM-Sul

Trata-se da maior e mais importante rede ferroviária do país. Esta rede é composta pelas seguintes linhas:

  • Linha do Limpopo ou de Chicualacuala – liga o porto de Maputo República do Zimbabwe. Tem uma extensão de 520 km, possui 12 estações e 19 apeadeiros.
  • Linha de Ressano Garcia – liga o porto de Maputo África do Sul, numa extensão de 88 km.
  • Linha de Goba – com um ramal que dá acesso às minas de calcário de Salamanga; liga o porto de Maputo vizinha África do Sul.

As Linhas Moamba — Ungubane — Xinavane (93 km), Xai-Xai – Chicomo (90 km), Inhambane- Inharrime (90 km) e Manjacaze — Marao (50 km), actualmente em avançado estado de degradação e com pouca importância económica na região, praticamente não são utilizadas.

Rede ferroviária dos CFM-Centro

Esta rede ferroviária comporta duas linhas principais:

  • A linha de Machipanda – que liga o porto da Beira ao Zimbabwe. Tem uma extensão de 318 km e ao longo dela existem 14 estações e 29 apeadeiros.
  • A Linha de Sena – que nasce na estação de Dondo e cruza o rio Zambeze, através da ponte D. Ana.

Na estação de Vila Nova liga-se å rede ferroviária do Malawi. Esta linha tem um percurso de 577 km de comprimento. Apresenta alguns ramais.

Rede ferroviária dos CFM-Norte

É uma rede composta pelas linhas de Nacala e de Lichinga. As duas linhas estão interligadas através do no ferroviário de Cuamba, situado a 533 km da cidade de Nacala.

  • Linha de Nacala – tem um comprimento de 610 km. Liga o porto de Nacala ao vizinho Malawi. Pela sua extensão, constitui a maior linha ferroviária do país.
  • Linha de Lichinga – tem uma extensão de 262 km de comprimento e, a partir da estação de Cuamba, sobe continuamente até à cidade de Lichinga, situada a 1 560 m de altitude.

Rede Ferroviária dos CFM-Zambézia

A linha Quelimane – Mocuba, com um comprimento de 145 km, serve o porto de Quelimane, escoando produtos do interior da Zambézia.

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