UEM reconsidera decisão de cancelar inscrição de estudantes

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A Universidade Eduardo Mondlane reconsiderou a medida de afastamento que havia aplicado a 698 estudantes não inscritos para o primeiro semestre e vai permitir que os visados frequentem o curso.

Uma situação que iniciou há uma semana, quando cerca de 700 estudantes estavam de costas voltadas com a Universidade Eduardo Mondlane por esta não reconhecer as inscrições feitas fora do prazo previsto.

As inscrições deviam ter terminado em Fevereiro passado, mas alguns estudantes só conseguiram cumprir com suas obrigações a posterior, ou seja, entre Março, Abril e Maio. O atraso no pagamento das inscrições levava os estudantes a correrem o risco de perder o primeiro semestre deste ano.

Entretanto, de acordo com um comunicado da reitoria da maior universidade pública do país, depois de um diálogo construtivo com a Associação dos Estudantes da UEM, “que reconheceu o incumprimento por parte dos estudantes, decidiu pela analisar novamente a situação e rever, de forma excepcional, a medida de cancelamento de inscrições, que abrange apenas os estudantes que se inscreveram até o dia 28 de Maio.

“A direcção da UEM decidiu, primeiro, fazer o registo, no processo individual de cada estudante, esta ocorrência de incumprimento do Regulamento Pedagógico”, como advertência formal, “e depois decidiu autorizar a validação das inscrições dos estudantes, num total de 698, que se encontravam numa situação de inscrições irregulares”, disse Betuel Canhanga, Director do Registo Académico da UEM.

Esta decisão, de acordo com a direcção da Universidade Eduardo Mondlane, só foi válida porque a Associação dos Estudantes da UEM se comprometeu a prevenir futuras situações semelhantes.

Apesar da reconsideração da medida, através do despacho do Magnífico Reitor, a Universidade Eduardo Mondlane adverte aos estudantes abrangidos pelo cancelamento de inscrições para que não haja reincidência.

Mas Betuel Canhanga diz fazer fé que haverá reincidência por parte dos estudantes, mas “nos caso em que houver reincidência, naturalmente já não vai haver espaço para ponderação”, e dependendo do que vão cometer nessa reincidência ao incumprimento do Regulamento Pedagógico “deverá fazer-se ajustes às sanções que vão ser tomadas, sem espaço para ponderações pelo facto de serem reincidentes”.

De acordo com o comunicado da reitoria da UEM, “esta medida reflecte o compromisso da UEM com a disciplina académica, mas também com o diálogo institucional, a escuta activa e a construção de soluções em benefício da comunidade estudantil”

Neste momento, a Universidade Eduardo Mondlane está a preparar os exames do primeiro semestre, provas finais que iniciam no dia 23 deste mês, depois de duas semanas de interregno para estudantes do segundo ano para frente, mas uma semana depois para os estudantes do primeiro ano, que só esta sexta-feira encerram o semestre.

A partir de segunda-feira, a universidade estará a celebrar a Semana Eduardo Mondlane, uma ocasião em que vão decorrer várias actividades, com destaque para um dia aberto, onde qualquer pessoa poderá visitar a instituição, bem como simpósios e debates, culminado com a atribuição do título de Doutor Honoris Causa a Samora Moisés Machel, antigo presidente da República.

Fonte: O País

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