Vandalização agrava crise de água em seis bairros de Xai-Xai

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Mais de seis bairros no município de Xai-Xai enfrentam problemas no abastecimento de água, após o roubo e vandalização do posto de transformação de energia do subsistema de Patrice Lumumba. Os moradores também reclamam das altas tarifas e da qualidade do serviço. A Águas da Região Sul (ADRS) garante que a situação será normalizada em breve.

Um novo caso de vandalização de um posto de transformação de energia, no subsistema de furos do Infantário, no posto administrativo de Patrice Lumumba, deixou pelo menos seis bairros sem água, no município de Xai-Xai, província de Gaza.

“Nós estamos preocupados, porque não está a sair água. Decorrente desta situação, ficamos sem alternativa de acesso à água para as necessidades domésticas diversas”, lamentou um residente do bairro 24, em Patrice Lumumba.

Segundo os agentes de segurança privada, os malfeitores invadiram as instalações durante a madrugada deste domingo. “Desligaram o quadro, era uma hora da manhã. Cavaram e retiraram o quadro. Não é a primeira vez, há outros postos que também sofrem este tipo de roubo”, explicou um dos agentes.

A situação agravou a crise de água, em particular nos bairros 11, 24 e Coca Missave, onde os moradores exigem a reposição imediata do abastecimento do líquido.

“Em outras zonas há água, então não sei se isso tem a ver com a vandalização ou não. Em poucas palavras, só queremos melhorias”, apelou um munícipe.

A ADRS confirmou, através de um comunicado, que há restrições de abastecimento em pelo menos seis bairros, na sequência da vandalização. Entretanto, garantiu que “as equipas técnicas encontram-se no terreno a trabalhar com máxima urgência, com vista à reposição da normalidade do serviço”.

Munícipes preocupados com tarifas de água em Xai-Xai

Maria Nhachengo, de 54 anos, residente no bairro 24 há 30 anos, queixa-se das taxas de consumo de água, que, segundo ela, triplicaram entre agosto e setembro, contraste com os poucos dias em que a água jorrou em sua residência.

“Dizem que consumi nove metros cúbicos, mas em casa somos apenas três pessoas. No mês passado paguei 133 meticais, agora pago 730”, questionou Maria.

A qualidade do serviço e as tarifas elevadas também preocupam os moradores dos bairros 9 e 11, que exigem mudanças.

“O abastecimento é bastante irregular e as faturas são penalizadoras, considerando o tipo de água que recebemos. O Estado deveria analisar a situação financeira e econômica dos cidadãos e tentar reduzir o preço das faturas de água”, apelou um residente do bairro 9.

O posto administrativo de Patrice Lumumba é o mais afetado pela vandalização do subsistema da Águas da Região Sul em Xai-Xai.

Fonte: O País

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