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Wednesday, July 23, 2025
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MOÇAMBIQUE PODE TER UMA PARTICIPAÇÃO DETERMINANTE NA COP30 ATRAVÉS DO ACORDO ASSINADO ENTRE O DIMSUR E O GOVERNO BRASILEIRO DO ESTADO DO PARANÁ

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Por: Alda Almeida

 

Moçambique poderá ter uma participação determinante na 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP 30), que decorrerá entre os dias 10 e 21 de Novembro de 2025, em Belém, no Brasil, considerando o recente acordo de cooperação intergovernamental assinado entre o DiMSUR e a Fundação Araucária, em representação do Governo do Estado do Paraná, no Brasil. No entanto, a presença do país neste evento de escala mundial, ainda depende da percepção que o Governo de Moçambique, tem sobre a relevância desta oportunidade.

A parceria entre o DiMSUR (Centro técnico regional para a redução do risco de desastres, sustentabilidade e resiliência urbana) e o Governo do Paraná posiciona Moçambique como um participante determinante num dos fóruns mais relevantes sobre clima a nível global, por ser o país que alberga este centro regional. O acordo permite não só a troca de experiências entre os países do Sul global, como também abre portas para que Moçambique e os países da região exponham o seu “saber-fazer” na gestão prática de desastres naturais.

Em entrevista, o Director Executivo do DiMSUR, Nuno Remane, sublinhou que a COP 30 representa “uma oportunidade única” para Moçambique e os países da SADC demostrarem ao mundo a sua experiência concreta na área de adaptação às mudanças climáticas e resiliência urbana. Moçambique, pode aproveitar a oportunidade para reforçar a imagem de um país resiliente e tecnicamente preparado para lidar com os desafios climáticos, principalmente no que concerne a gestão de inundações. “Queremos que Moçambique esteja presente como parceiro técnico. Não podemos desperdiçar esta vitrina mundial”, afirmou.

Remane acrescenta ainda que a participação poderá atrair investimentos estratégicos e consolidar parcerias internacionais, especialmente no domínio da adaptação climática e da gestão de riscos de desastres. “O mundo precisa saber o que Moçambique tem feito na área da resiliência climática, e esta é uma oportunidade de ouro para o país se afirmar no cenário global”, declarou.

O DiMSUR encontra-se actualmente em articulação com as autoridades nacionais e apela a que o Governo dedique uma atenção especial, para que o apoio institucional que é necessário para permitir que a presença na COP 30 se concretize. Esta participação dará a oportunidade a Moçambique e aos países da região, que pertencem ao DiMSUR, de demonstrarem as lições aprendidas dos projectos de resiliêmcia climática, que tem realizado com sucesso. A COP 30 é uma conferência Brasileira, que reunirá líderes mundiais, cientistas, activistas e financiadores, sendo um palco essencial para reforçar o papel de Moçambique como um dos actores chave na agenda climática do Sul global.

A expectativa do DiMSUR e dos moçambicanos é que, em Novembro, Moçambique esteja na COP 30, levando a sua experiência prática e reafirmando o seu papel na construção de um futuro sustentável para o planeta.

Planificar Para Transformar: Reunião Nacional Aponta Novos Rumos Para a Governação Económica em Moçambique

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Um Marco no Ciclo de Governação

Decorre, de 21 a 23 de Julho, na cidade da Matola, a Reunião Nacional de Planificação 2025, um dos momentos mais significativos do calendário institucional do Governo. Mais do que um exercício técnico, a reunião confirmou-se como um acto político e estratégico de alto impacto, marcando o início do processo de construção do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) para o ano 2026.

Sob a liderança do Ministério da Planificação e Desenvolvimento (MPD), e contando com a participação de directores nacionais, provinciais, técnicos sectoriais, sociedade civil e parceiros de cooperação, o encontro lançou as bases para o novo ciclo de planificação e reafirmou os princípios de alinhamento, coerência, transparência e responsabilização.

A Visão de Valá: Planificação Como Missão de Soberania e Transformação

No discurso de abertura, o Ministro Salim Cripton Valá imprimiu o tom e o rumo da reunião. Com uma retórica firme e estratégica, Valá defendeu que Moçambique deve romper com os modelos reativos e fragmentados de governação, apostando numa planificação que transforma, que antecipa e que entrega resultados concretos.

“Temos de quebrar barreiras como a inércia, o comodismo e o receio de sair da zona de conforto. O futuro exige de nós coragem para planear com visão e monitorar com rigor”, afirmou o Ministro.

Com uma linguagem provocadora e visionária, Valá convocou os quadros da Administração Pública a “pensar com estratégia e agir com humanidade”, sustentando que a planificação não pode ser vista como um acto meramente burocrático, mas sim como a bússola que orienta as decisões públicas com propósito e impacto social.

O Ministro posicionou o MPD como centro de inteligência estratégica do Governo, responsável por liderar o alinhamento entre os instrumentos como a ENDE 2025–2044, o PQG 2025–2029, o CFMP 2026–2028 e os planos territoriais.

Orçamentação por Programas: Uma Nova Fase de Disciplina e Racionalidade

O Secretário de Estado do Tesouro e Orçamento, Amílcar Tivane, reforçou o enquadramento técnico das mudanças em curso, destacando a importância da implementação da orçamentação por programas baseada em resultados, cujo arranque já ocorre com o PESOE 2025.

“Os recursos foram alocados directamente a programas e subprogramas. Esta nova abordagem facilitará a monitoria, a avaliação e a responsabilização na execução das políticas públicas”, frisou Tivane.

O governante alertou para os desafios do espaço fiscal, condicionados por uma conjuntura de crescimento económico moderado, inflação persistente e limitações orçamentais, defendendo que a eficiência na afectação de recursos será um imperativo para os próximos anos.

Um Chamado à Cultura de Entrega e Prestação de Contas

Ambos os dirigentes convergiram na defesa de uma cultura de entrega pública assente na medição de resultados, onde os planos deixam de ser promessas para se tornarem compromissos com a cidadania.

“Cada plano local, cada orçamento municipal, deve ser um compromisso com metas claras e impacto verificável”, sublinhou Valá, numa das frases mais marcantes da sua intervenção.

Neste contexto, a monitoria e avaliação não são apenas mecanismos de controlo, mas instrumentos de aprendizagem institucional, correcção de trajectórias e reforço da confiança entre o Estado e os cidadãos.

Um Futuro Planeado, Um País Reconfigurado

A Reunião Nacional de Planificação 2025 encerrou com a clara convicção de que planear é governar, e que sem planeamento estratégico, baseado em evidências, o país não conseguirá responder aos desafios do crescimento populacional, da juventude em ascensão, da pressão sobre os serviços públicos, da vulnerabilidade climática e da transformação económica urgente.

Moçambique entra agora numa nova fase da governação económica, onde cada metical, cada programa, cada indicador e cada resultado contam. O PESOE 2026 será, nas palavras de Valá, o espelho do compromisso do Estado com a dignidade dos moçambicanos e com o imperativo do desenvolvimento com rosto humano.

Fonte: O Económico

Planificação Deve ser Alicerce De Uma Governação Baseada Em Resultados E Visão De Futuro – RNP 2025

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As intervenções de abertura da Reunião Nacional de Planificação 2025, proferidas pelo Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Salim Cripton Valá, e pelo Secretário de Estado do Tesouro e Orçamento, Amílcar Tivane, marcaram um momento de reafirmação do compromisso do Governo com uma governação baseada em dados, rigor e resultados. O evento teve início esta segunda-feira, 21 de Julho, na cidade da Matola.

No seu discurso, o Ministro Salim Valá foi incisivo ao declarar que o tempo da planificação burocrática e reativa chegou ao fim. “Temos de quebrar barreiras como a inércia, o comodismo, o receio de sair da zona de conforto. O futuro exige de nós coragem para planear com visão e monitorar com rigor”, afirmou.

Valá defendeu que a planificação deve ser entendida como instrumento de soberania nacional e como o alicerce de um Estado moderno, eficaz e comprometido com o bem-estar da população. “Planificação é poder dizer: ‘Sabemos onde queremos chegar e sabemos como lá chegar’”, sublinhou, acrescentando que o plano deve sair das gavetas e viver nas comunidades, nas escolas, nos hospitais, nas machambas e nas cidades.

O Ministro destacou também que a abordagem programática e baseada em resultados é, simultaneamente, uma ferramenta técnica e uma expressão de governação ética: “Cada plano local, cada orçamento municipal, deixa de ser um exercício administrativo e passa a ser um compromisso com metas claras e impacto verificável.”

Na mesma linha, o Secretário de Estado Amílcar Tivane chamou a atenção para os desafios fiscais que o país enfrenta, alertando para a redução do espaço fiscal disponível para o investimento público. “As nossas finanças públicas enfrentam enormes pressões, o que impõe maior responsabilidade no uso eficiente e estratégico dos recursos disponíveis”, declarou.

Tivane destacou que o ano 2025 marca o início da implementação da planificação e orçamentação por programas baseada em resultados, conforme preconizado no PQG 2025–2029. “Os recursos foram alocados directamente a programas, subprogramas e pilares estratégicos, o que permitirá uma melhor monitoria e avaliação da acção governativa”, frisou.

O Secretário de Estado apontou ainda para a necessidade de harmonização metodológica e coordenação multissectorial, alertando que o sucesso do PESOE 2026 dependerá do compromisso colectivo e da capacidade técnica de todos os intervenientes. “Queremos que o PESOE 2026 impulsione a actividade económica e promova um maior bem-estar da população. Para isso, é fundamental trabalhar com foco e em equipa.”

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>A abertura da Reunião Nacional de Planificação foi marcada por uma mensagem clara: Moçambique precisa de planear com propósito, executar com disciplina e monitorar com rigor. Os discursos de Salim Valá e Amílcar Tivane demonstraram que o Governo está comprometido com um novo ciclo de governação — mais estratégico, mais transparente e orientado para resultados reais. O arranque da construção do PESOE 2026 dá-se, assim, sob o signo da responsabilidade e da ambição transformadora.

Fonte: O Económico

Trump Reduz Ajuda Internacional em US$ 8 Mil Milhões: Impactos Globais e Sinais de Retração Estratégica

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Questões-Chave:

Ao aprovar um corte de US$ 8 mil milhões em ajuda externa, inserido num pacote mais amplo de US$ 9 mil milhões, a administração Trump dá um passo decisivo para redefinir a posição dos Estados Unidos no sistema internacional de cooperação, pondo em causa décadas de liderança em programas de saúde, educação e resposta humanitária em países em desenvolvimento.

O Corte: Detalhes e Justificação

Na madrugada de sexta-feira, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou, por 216 votos contra 213, o chamado pacote DOGE (Department of Government Efficiency), que prevê cortes de US$ 9 mil milhões no orçamento federal.

Deste montante, US$ 8 mil milhões são retirados de programas de assistência externa, maioritariamente operados pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que tem sido o principal instrumento da diplomacia de desenvolvimento dos EUA.

Os restantes US$ 1,1 mil milhões são provenientes da Corporation for Public Broadcasting, que apoia meios como a NPR e a PBS. A medida é vista como um reposicionamento estratégico que visa “enxugar o Estado e cortar em programas que não servem directamente os americanos”, segundo declarou o Presidente Donald Trump.

Efeitos Imediatos: Países em Desenvolvimento em Risco

O corte massivo na ajuda externa coloca em risco centenas de programas activos nos sectores da saúde, educação, segurança alimentar, resposta a desastres e fortalecimento institucional, com impacto imediato sobretudo na África Subsariana, Ásia do Sul e América Central.

Agências humanitárias alertam que projectos de combate à malária, VIH/SIDA e desnutrição infantil poderão ser interrompidos ou reduzidos. Embora os cortes não incluam, nesta fase, o programa PEPFAR (dedicado à luta contra o VIH/SIDA), o sinal é claro: os compromissos de Washington com a cooperação internacional estão a ser rapidamente reavaliados.

Declínio da Influência Estratégica

A aprovação do pacote DOGE representa mais do que uma mera medida de contenção orçamental: marca o início de um reposicionamento geopolítico voluntário. Desde a Segunda Guerra Mundial, os EUA lideraram os fluxos globais de assistência ao desenvolvimento — não apenas por altruísmo, mas por cálculo estratégico.

Ao enfraquecer a USAID e reduzir significativamente os recursos destinados a países parceiros, Washington abdica de um dos seus principais instrumentos de influência suave e de estabilidade global.

Com o recuo norte-americano, outros actores procuram ocupar o espaço deixado vago. A União Europeia reafirmou os seus compromissos no financiamento ao desenvolvimento, enquanto a China reforça os seus investimentos em infra-estruturas e saúde pública no Sul Global.

Contudo, analistas alertam que nem todos os países ou regiões terão substitutos imediatos. “Não se trata apenas de substituir o montante, mas de preservar décadas de construção institucional e relações de confiança”, defende um relatório do Overseas Development Institute.

O corte de US$ 8 mil milhões à ajuda internacional, no âmbito de um pacote mais amplo de US$ 9 mil milhões, é um marco simbólico e prático da nova orientação dos EUA: menos cooperação, mais isolamento.

Este reposicionamento fragiliza o sistema de ajuda internacional, reduz as capacidades de resposta a crises humanitárias e sanitárias, e abre espaço para uma reconfiguração do equilíbrio global — com consequências profundas para os países mais vulneráveis.

Fonte: O Económico

Venâncio Mondlane notificado pela PGR após regresso da Europa

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O antigo candidato presidencial Venâncio Mondlane foi notificado para comparecer esta terça-feira na Procuradoria-Geral da República (PGR), após o seu regresso de uma digressão política pela Alemanha e Portugal. Mondlane afirma desconhecer os motivos da convocação.

“Talvez a expectativa que havia para hoje aconteça amanhã às 10 horas, porque vou à Procuradoria”, disse Mondlane, sublinhando que se mantém disponível para colaborar com a justiça. “Estou pronto para apresentar as minhas ideias e contribuir para a sociedade que todos almejamos”, afirmou.

O político considera a notificação “algo um pouco sinistro”, uma vez que, segundo diz, submeteu vários requerimentos à PGR desde 2023 sem nunca ter obtido resposta. “Agora há uma reacção célere, logo no dia seguinte à minha chegada. Mas não me perturba. Estou pronto”, declarou.

Mondlane garantiu que todas as suas saídas do país foram comunicadas às autoridades, mesmo quando não era obrigatório. “Fizemos isso por transparência, para evitar especulações”, explicou.

Por fim, reforçou o seu compromisso com o país: “Estou preparado para enfrentar todos os desafios, conhecidos e desconhecidos. Faz parte da missão que decidi carregar”.

Fonte: O País

PR dirige abertura do Fórum Global sobre inovação e acção para imunização e sobrevivência infantil 

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O Presidente da República, Daniel Chapo, dirige hoje, no Centro Internacional de Conferências  Joaquim Chissano, a cerimónia oficial de abertura do Fórum Global sobre Inovação e Acção para a Imunização e Sobrevivência  Infantil 2025. 

Segundo o comunicado da Presidência da República, o evento, organizado pelos Governos de Moçambique, Serra  Leoa e da Espanha, parceiros internacionais e multilaterais, tem  como objectivo discutir as principais estratégias e desafios para a acelerar a redução da mortalidade infantil no mundo, em geral, e  nos países em desenvolvimento, em particular. 

O Fórum Global sobre Inovação e Acção para Imunização e  Sobrevivência Infantil 2025 vai contar com a presença de  representantes de 29 países provenientes de todo o mundo. 

 

Fonte: O País

Venâncio anuncia que é acusado de cinco crimes, incluíndo incitamento ao terrorismo

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O ex-candidato a Presidência da República, Venâncio Mondlane, anunciou hoje, à saída da Procuradoria Geral da República, que é acusado pelo Ministério Público de cometer cinco crimes no contexto pós-eleitoral, nomeadamente: apologia pública ao crime, incitamento a desobediência colectiva, instigação pública a um crime, instigação ao terrorismo e incitamento ao terrorismo.

No entanto, o político diz não reconhecer nenhum dos crimes de que é acusado. “É a primeira vez em 30 anos de democracia, em que nós conseguimos levar até o extremo a questão de tirar o véu da fraude e levamos até ao extremo a resistência contra um regime ditatorial que se mantém com base nas armas, no assassinato e no sequestro”.

 MONDLANE DIZ QUE NÃO FOI CUMPRIDA AGENDA DOS ENCONTROS COM O PR

   Além de falar do objecto da sua notificação, Venâncio Mondlane leu, à saída da PGR, um comunicado sobre os encontros que manteve com o Presidente da República, começando por indicar o que considerou a agenda das reuniões com o Chefe de Estado, nomeadamente: o fim de todas as formas de violência física e verbal entre as partes, a população e autoridades públicas; o acesso livre e gratuito à saúde no Sistema Nacional de Saúde e assistência médica e medicamentosa  aos cidadãos feridos pelas Forças de Defesa e Segurança, durante as manifestações; Compensação às famílias que tiveram parentes assassinados durante as manifestações; Libertação dos cidadãos detidos durante as manifestações pós-eleitorais; Viabilização do registo do seu partido e possibilidade de integração de quadros do seu projecto político na Comissão Técnica do Diálogo Nacional Inclusivo.   

Sobre este assunto, Mondlane acusou o Presidente da República, Daniel Chapo, de não cumprimento de nenhum dos pontos, acrescentando que, “Daniel Chapo tem, frequentemente, em eventos do Governo, usado uma linguagem agressiva e incendiária”. “Tem considerado, anacronicamente, as manifestações de violentas, ilegais e criminosas. Um flagrante exemplo de instigação ao ressentimento, do ódio entre os moçambicanos  e incentivos bastante para se abandonar o espírito de reconciliação e perdão entre os moçambicanos”, explicou. 

O político tinha sido chamado à procuradoria para, segundo a notificação, tomar conhecimento das respostas aos seus requerimentos.

Fonte: O País

PR acolhe proposta chinesa para parque industrial de reciclagem de metais não ferrosos 

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O Presidente da República, Daniel Chapo, recebeu hoje em audiência Chen Xinzhi,  representante da companhia chinesa Yucheng Group, que  apresentou o interesse em estabelecer um parque industrial de  reciclagem de metais não ferrosos em Moçambique. 

A proposta de investimento prevê uma produção anual de cerca de  um milhão de toneladas, a criação de três mil empregos e a geração  de “receita significativa de moeda estrangeira”.

Esta é a primeira visita de Chen a Moçambique. O representante do  Grupo Yucheng declarou à imprensa, após o encontro com o Chefe  do Estado, que o país lhe “deu uma muito boa impressão”. 

O Grupo Yucheng, que possui presença em mercados como Estados  Unidos da América, Europa e Austrália, está “a procurar oportunidades  para estabelecer um parque industrial de reciclagem de metais não  ferrosos” em África, tendo Moçambique sido identificado para este  projecto. 

O investimento proposto pelo grupo chinês na área da reciclagem de  metais é de grande porte. Chen Xinzhi indicou que o “volume total de  produção será por volta de um milhão de toneladas por ano”, o que  implica um volume considerável de processamento de materiais como  cobre, alumínio e níquel. 

Em termos de impacto social, o projecto prevê a criação de  empregos. “Vamos criar empregos por volta de três mil trabalhadores,”  afirmou Chen. 

A recepção por parte do Presidente Daniel Chapo foi um ponto  abordado por Chen Xinzhi. “Fomos muito bem recebidos e nos deu a  confiança de que vamos trabalhar bem aqui em Moçambique,”  reportou o representante do grupo. 

A produção do futuro parque industrial incluirá produtos como “cabos  de cobre, fios eléctricos, fios de cobre para automóveis, entre outros”. 

O Grupo Yucheng manifestou o seu interesse em avançar  rapidamente com a iniciativa. “Nós vamos implementar o projecto o  mais rápido possível em Moçambique”, assegurou Chen Xinzhi.

Este potencial investimento indica o interesse de grupos internacionais  em Moçambique no sector de recursos, com a concretização do  parque industrial de reciclagem de metais não ferrosos, podendo  posicionar Moçambique como um centro neste segmento na região.

Fonte: O País

Hospital moçambicano alerta para impacto após desaparecer equipamento

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“Nós estamos a falar de um aparelho que faz análise de rotina. Nós queremos fazer uma operação, precisamos saber o nível de hemograma. O nível da infeção com que o doente está nesse momento. E, na verdade, o impacto vai ser maior”, disse o diretor do hospital rural de Mocuba, Adelino Sabonete.

 

O aparelho de hemograma em alusão servia a população de pelo menos cinco distritos da região norte da província da Zambézia, e estava no laboratório até a última sexta-feira, mas desapareceu entre a noite desse dia e a madrugada de sábado, contou o diretor.

“O aparelho estava aqui, coberto de um lençol, porque quando é assim só para proteger, um bocado de poeira. O bioquímico, o processador, esses computadores, o microscópio e outros aparelhos também estão aqui. E ele foi simplesmente pegar [o aparelho], parece uma coisa intencional”, disse.

O diretor do hospital contou que o desaparecimento do aparelho de hemograma foi notado entre as 19:00 (menos uma hora de Lisboa) de sexta-feira e as 07:00 de sábado. A investigação sobre o ocorrido só começou ao final da manhã de sábado, depois de se constatar o “estado de embriaguez” do empregado responsável pelo mesmo, que se ausentou durante a noite.

“Fomos participar à polícia, levamos o jovem para lá, o funcionário”, referiu o diretor.

Mocuba fica na província da Zambézia, uma das mais populosas de Moçambique, e consequentemente, enfrenta necessidades sanitárias elevadas. A grande densidade populacional, aliada a desafios geográficos e de infraestruturas, contribui para a complexidade da prestação de serviços de saúde na região.

O país tem um total de 1.778 unidades de saúde, 107 das quais são postos de saúde, três são hospitais especializados, quatro hospitais centrais, sete são gerais, sete provinciais, 22 rurais e 47 distritais, segundo últimos dados do Ministério da Saúde.

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Fonte: Notícias ao Minuto

Governo garante que água do Limpopo não oferece riscos imediatos

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O Governo assegura que, até ao momento, a alegada contaminação da água do rio Limpopo não representa um risco para a saúde pública. No entanto, por precaução, foram solicitadas análises complementares em dois laboratórios independentes, visando obter resultados mais fiáveis e definitivos.

A preocupação surge após relatos de alteração na coloração da água do Limpopo, um recurso essencial para as comunidades da província de Gaza, que dele dependem para múltiplos usos. Em conferência de imprensa realizada após a sessão do Conselho de Ministros desta terça-feira, o porta-voz do Executivo explicou que já está em curso um plano preventivo para responder a qualquer eventualidade.

Ainda durante a sessão, o Governo confirmou a existência de 13 casos da doença MPOX, anteriormente designada varíola dos macacos, no distrito do Lago, província de Niassa. As autoridades de saúde estão a implementar medidas rigorosas para conter a propagação do vírus.

O Executivo anunciou também a aquisição de mais 300 tractores atrelados para o transporte de passageiros em áreas rurais e de difícil acesso. A decisão surge como parte da estratégia para melhorar a mobilidade e promover a inclusão social nas regiões mais remotas do país.

O Conselho de Ministros aprovou a autorização para o Instituto Nacional do Turismo (INATUR) erguer um empreendimento turístico na Ilha Santa Carolina, junto ao Arquipélago de Bazaruto, na província de Inhambane. A iniciativa visa dinamizar o turismo sustentável e atrair mais visitantes à região.

Por fim, o Governo aprovou a resolução que reconduz Paulo António da Graça ao cargo de Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Reguladora de Energia (ARENE), assegurando a continuidade na liderança da entidade reguladora do sector energético.

Fonte: O País

População em fuga após saques em aldeia de Cabo Delgado

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“Os terroristas escalaram a aldeia de Nandui. A população, tendo-se apercebido de pessoas estranhas em Nandui, colocou-se em fuga. Eles, portanto, saquearam bens de agentes económicos ali da sede da aldeia de Nandui, levando produtos alimentares. E na saída, portanto, tiveram que incendiar duas residências. Não há informação de perda de vidas humanas”, disse o administrador de Ancuabe, Belmiro Casimiro.

 

A província de Cabo Delgado, no norte do país, rica em gás, enfrenta desde 2017 uma rebelião armada, que provocou milhares de mortos e uma crise humanitária, com mais de um milhão de pessoas deslocadas.

De acordo com o dirigente, as Forças de Defesa e Segurança já foram alertadas, pelo que estão em perseguição aos atacantes na aldeia, que fica a 30 quilómetros da sede de Ancuabe.

“As nossas forças de defesa e segurança já se encontram no terreno, no encalço dos terroristas. É preciso ainda denunciarmos qualquer movimentação de pessoas estranhas na aldeia que haja a pronta intervenção”, acrescentou Belmiro Casimiro.

“A população da aldeia de Nanduli já (…) regressou. A vida (…) económica e social já está a ser levada normalmente naquela aldeia de Nanduli, que neste momento está em segurança”, referiu.

As novas movimentações de extremistas no norte de Moçambique incluem Niassa, província vizinha de Cabo Delgado, onde, desde a sua eclosão em 29 de abril, provocaram pelo menos duas mortes: dois guardas florestais decapitados.

Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos no norte de Moçambique, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo um estudo divulgado pelo Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS), uma instituição académica do Departamento de Defesa do Governo norte-americano.

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Fonte: Notícias ao Minuto