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Friday, July 18, 2025
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MOÇAMBIQUE PODE TER UMA PARTICIPAÇÃO DETERMINANTE NA COP30 ATRAVÉS DO ACORDO ASSINADO ENTRE O DIMSUR E O GOVERNO BRASILEIRO DO ESTADO DO PARANÁ

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Por: Alda Almeida

 

Moçambique poderá ter uma participação determinante na 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP 30), que decorrerá entre os dias 10 e 21 de Novembro de 2025, em Belém, no Brasil, considerando o recente acordo de cooperação intergovernamental assinado entre o DiMSUR e a Fundação Araucária, em representação do Governo do Estado do Paraná, no Brasil. No entanto, a presença do país neste evento de escala mundial, ainda depende da percepção que o Governo de Moçambique, tem sobre a relevância desta oportunidade.

A parceria entre o DiMSUR (Centro técnico regional para a redução do risco de desastres, sustentabilidade e resiliência urbana) e o Governo do Paraná posiciona Moçambique como um participante determinante num dos fóruns mais relevantes sobre clima a nível global, por ser o país que alberga este centro regional. O acordo permite não só a troca de experiências entre os países do Sul global, como também abre portas para que Moçambique e os países da região exponham o seu “saber-fazer” na gestão prática de desastres naturais.

Em entrevista, o Director Executivo do DiMSUR, Nuno Remane, sublinhou que a COP 30 representa “uma oportunidade única” para Moçambique e os países da SADC demostrarem ao mundo a sua experiência concreta na área de adaptação às mudanças climáticas e resiliência urbana. Moçambique, pode aproveitar a oportunidade para reforçar a imagem de um país resiliente e tecnicamente preparado para lidar com os desafios climáticos, principalmente no que concerne a gestão de inundações. “Queremos que Moçambique esteja presente como parceiro técnico. Não podemos desperdiçar esta vitrina mundial”, afirmou.

Remane acrescenta ainda que a participação poderá atrair investimentos estratégicos e consolidar parcerias internacionais, especialmente no domínio da adaptação climática e da gestão de riscos de desastres. “O mundo precisa saber o que Moçambique tem feito na área da resiliência climática, e esta é uma oportunidade de ouro para o país se afirmar no cenário global”, declarou.

O DiMSUR encontra-se actualmente em articulação com as autoridades nacionais e apela a que o Governo dedique uma atenção especial, para que o apoio institucional que é necessário para permitir que a presença na COP 30 se concretize. Esta participação dará a oportunidade a Moçambique e aos países da região, que pertencem ao DiMSUR, de demonstrarem as lições aprendidas dos projectos de resiliêmcia climática, que tem realizado com sucesso. A COP 30 é uma conferência Brasileira, que reunirá líderes mundiais, cientistas, activistas e financiadores, sendo um palco essencial para reforçar o papel de Moçambique como um dos actores chave na agenda climática do Sul global.

A expectativa do DiMSUR e dos moçambicanos é que, em Novembro, Moçambique esteja na COP 30, levando a sua experiência prática e reafirmando o seu papel na construção de um futuro sustentável para o planeta.

Nelson Rolihlahla Mandela: A Vida de um Homem que Libertou uma Nação

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Por: Gelva Aníbal 

 

Infância e origens

Mandela nasceu a 18 de Julho de 1918, na pequena aldeia de Mvezo, no território de Transkei, atual província do Cabo Oriental, pertencente à etnia xhosa e à casa real do povo Thembu.

Desde cedo, Mandela foi educado segundo os valores da sua cultura, mas também conheceu o peso da discriminação racial imposta pelo regime colonial e, mais tarde, pelo apartheid.

Ele foi o primeiro de sua família a frequentar a escola, já que, naquela época, não era comum que crianças negras tivessem permissão ou condições para estudar.

Mandela, também carinhosamente apelidado “Madiba” por seu povo, era filho do chefe de um povoado africano chamado Thembu, que mesmo não sabendo ler nem escrever, sempre fez questão que seu filho tivesse acesso à educação. Desde cedo, Mandela aprendeu com seu povo a importância das leis, da educação e da disciplina, princípios que foram eternizados em uma de suas frases mais famosas: “a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”.

Estudos e despertar político

Formou-se em Direito e tornou-se um dos primeiros advogados negros da África do Sul. Em Joanesburgo, entrou em contacto com activistas e intelectuais que viriam a formar o núcleo da resistência contra o apartheid. Em 1944, ajudou a fundar a Liga Jovem do Congresso Nacional Africano (ANC), que defendia uma luta mais activa contra o regime racista sul-africano.

O endurecimento do apartheid levou Mandela a abandonar a via pacífica. Em 1961, tornou-se comandante da Umkhonto we Sizwe “Lança da Nação”, ala militar do ANC, responsável por sabotagens contra infraestruturas do governo.

A sua actividade levou à sua prisão em 1962 e, dois anos depois, à condenação à prisão perpétua, no célebre Julgamento de Rivonia.

Os 27 anos de prisão: o preço da liberdade

Mandela passou 27 anos preso 18 deles em condições extremamente duras na prisão de Robben Island, onde partilhava uma cela minúscula e realizava trabalhos forçados. Ainda assim, não parou, tornou-se símbolo vivo da resistência e um elo moral que unia os oprimidos dentro e fora da África do Sul, tendo sido libertado em 1990, após uma série de negociaçõese, pressões populares incentivadas pela campanha “Liberte Nelson Mandela”.

A sua imagem e os seus discursos proibidos circularam pelo mundo, a pressão internacional cresceu, e o apartheid tornou-se insustentável.

A libertação e o caminho para a reconciliação

Em 1990, já com 71 anos, Mandela foi libertado. A sua saída da prisão foi acompanhada por milhões de olhos em todo o mundo. Ao invés de pedir vingança, Mandela clamou por reconciliação e diálogo, surpreendendo até os seus adversários.

Em 1993, recebeu um Prêmio Nobel da Paz, como mérito de seus esforços na luta contra a segregação racial e seu papel fundamental para a retomada do regime democrático na África do Sul, permitindo direitos civis igualitários para pessoas negras no país

Em 1994, liderou o ANC na primeira eleição democrática da África do Sul e tornou-se o primeiro presidente negro do país. O seu governo (1994–1999) foi marcado pelo esforço de unir uma nação profundamente dividida, criando iniciativas como a Comissão de Verdade e Reconciliação, liderada por Desmond Tutu.

Legado eterno

Mandela recusou-se a concorrer a um segundo mandato, tornando-se um líder moral global. Dedicou os últimos anos de sua vida a causas humanitárias, como o combate ao VIH/SIDA, a promoção da educação e a paz mundial.

Em 2009, a ONU declarou o dia 18 de Julho como o Dia Internacional Nelson Mandela, apelando a todos que dediquem 67 minutos (pelos 67 anos de serviço de Mandela à humanidade) a ajudar os outros.

Mandela, faleceu a 5 de Dezembro de 2013, aos 95 anos e o mundo inteiro prestou-lhe homenagem.

Nelson Mandela ensinou que a liberdade não é apenas a ausência de opressão, mas também a presença da justiça, da dignidade e da paz. A sua vida continua a inspirar líderes, ativistas e cidadãos comuns a lutar por um mundo melhor. Como ele próprio disse:

“Eu aprendi que a coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele.”

Nelson Rolihlahla Mandela não foi apenas um nome na história da África do Sul, foi uma das caras mais marcantes da luta contra o racismo, a injustiça e a opressão. A sua vida, marcada pelo sacrifício, coragem e perdão, transformou-se num farol de esperança para o mundo inteiro.

 

Hospital Geral da Beira funciona de forma condicionada 

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O Hospital Geral da Beira ainda não está a funcionar na sua plenitude, apesar de possuir equipamento médico cirúrgico de ponta. Construído há um ano, para descongestionar o Hospital Central, debate-se com ausência de acessórios fundamentais, impedindo a realização de cirurgias e internamento de doentes, apesar de possuir 300 camas. 

Apesar de estar apetrechado com material médico cirúrgico moderno, usado actualmente em países desenvolvidos, a  unidade sanitária ainda não começou a operar na totalidade. 

Aliás, os doentes com complicações de qualquer tipo de doença, incluindo Malária e as mulheres com serviços de partos difíceis têm sido transferidos para o Hospital Central da Beira.

Neste momento, o Hospital Geral limita-se a fazer o atendimento externo. “Os doentes que vêm de casa, aqui para o hospital, vêm para as consultas, para áreas dos dentes e outras especialidades, são atendidos e voltam para casa”, disse o Ministro da Saúde, Ussene Isse. 

O Ministro, que falava depois de  visitar  o Hospital Geral da Beira, reconheceu que a unidade sanitária não está a funcionar na sua plenitude, devido à falta de alguns acessórios importantes para a entrada em funcionamento das salas de operações e internamento.

Ussene Isse garantiu que está na fase conclusiva a montagem dos referidos equipamentos. “E com isto, os colegas garantiram-me que, dentro de um mês, o hospital vai iniciar com estas componentes que estão a faltar, que é o internamento e as cirurgias. Uma das cirurgias que vai entrar, que é urgente entrar, é a parte materna, porque há muitas mulheres que vêm aqui ao hospital com necessidade de fazer uma cesariana, para ter um bebé”, acrescentou o ministro. 

O Hospital Geral da Beira, além de ter tecnologias de ponta,  possui  300 camas e múltiplas especialidades.

O Ministro da Saúde terminou exortando na generalidade aos  funcionários do seu   sector a atenderem todos os doentes com humanidade, dignidade e respeito.

Fonte: O País

“Notícias” vence “Prémio Jornalismo Município de Chimoio”

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O jornalista Bernardo Jequete, da Delegação da Sociedades do Notícias em Manica, arrebatou o primeiro lugar do “Prémio Jornalismo Município de Chimoio”, na categoria de Imprensa Escrita, com a reportagem intitulada: “Sobrevivência e segurança: o dilema de Chimoio”.

A referida peça jornalística foi publicada há dias no Primeiro Plano do jornal notícias e a mesma aborda os dramas dos moto-taxistas desta urbe que se envolvem frequentemente em acidentes de viação, a complexidade do atendimento no Hospital Provincial de Chimoio, o impacto dos acidentes no seio familiar e as soluções que o município busca para fazer face à situação, mas que tardam a chegar.

O concurso foi lançado no âmbito das celebrações do Dia da Cidade de Chimoio, que hoje se assinala, e Bernardo Jequete afirma estar preparado para, através do seu trabalho, contribuir para um melhor conhecimento sobre a vida dos moçambicanos como um todo e estimular aos jornalistas mais novos a realizarem o seu trabalho com rigor, ética e intenção em prol de uma nação cada vez melhor.

Para além de Bernardo Jequete, foram premiados os jornalistas Cresce Assane, jornalista da TV Miramar e Moisés Saela, da Rádio Moçambique, ambos em primeiro lugar para as categorias de jornalismo televisivo e radiofónico, entre outros que se classificaram na segunda e terceira posição nas respectivas categoria.

 

Fonte: Jornal Noticias

 

“Chapeiros” retomam actividades depois de 3 dias  greve na cidade de Maputo

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Transportadores de algumas rotas da cidade de Maputo retomaram, hoje, às actividades, depois de três dias de greve contra alegada má actuação da Polícia municipal. Sobre a greve, o partido PODEMOS considera um problema possível de resolver desde que haja boa comunicação.

Depois de 3 dias sem quase nenhum movimento por conta da greve dos transportadores, esta quinta-feira, as actividades tendiam ao normal em algumas rotas da cidade de Maputo.

O movimento de passageiros estava, entretanto, tímido, esta quinta-feira, especialmente nas rotas Albazine/P.Competentes, Xipamanine/A.voador e P.Combatentes/A. voador.

Há quem só saiu para o trabalho, esta quinta-feira, porque temia ter dificuldades no regresso durante os dias de greve.

Os transportadores paralisaram a actividade entre segunda e quarta-feira em protesto contra as alegadas multas “exageradas” da Polícia Municipal.

Esta quinta-feira, a Bancada Parlamentar do partido Podemos conversou com alguns transportadores no terminal da Praça dos Combatentes que diziam precisar de tempo para regularizar sua situação.

Para o Podemos, “o problema maior é a comunicação” , por isso entende que esta é uma questão  possível de resolver desde que “haja comunicação”.

O Edil de Maputo, Rasaque Manhique, diz que os transportadores devem entender que tudo o que a edilidade quer é “organizar o sector dos transportes, mas é importante que haja disciplina na via pública”, declarou.

O Presidente do Conselho Municipal de Maputo promete que a felicidade vai continuar a sensibilizar e a dialogar com as Associações dos transportadores para melhor resolução da questão.

 

Fonte: O País

Uma pessoa detida por roubo de medicamentos em Tete 

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Está detido, em Tete, um indivíduo acusado de roubo e venda de diversos medicamentos, supostamente desviados do Sistema Nacional de Saúde.

O indiciado foi detido pela Polícia quando estava a vender os medicamentos no interior do mercado Kwachena, na cidade de Tete. Na sua posse, foram encontrados diversos frascos de Amoxicilina, Paracetamol, Azitromicina, seringas, testes rápidos, reagentes e outros, todos do Sistema Nacional de Saúde. O indiciado é confesso e alega ter adquirido os fármacos através de fornecedores particulares, cuja identidade não quis revelar.

A Polícia não descarta a possibilidade de o indiciado pertencer a uma rede de roubo e comercialização de medicamentos.

Este é o sétimo caso de apreensão e detenção de indivíduos por  roubo e venda ilegal de medicamentos, neste ano, na provincia de Tete. No entanto, em conexão com os casos, 18 pessoas ficaram detidas, duas das quais são funcionários afectos aos depósitos de medicamentos.

 

Fonte: O País

 PR exige a rápida e contínua modernização e apetrechamento das FDS

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O Presidente da República diz que o país deve estar preparado face a tendência global de ataques armados com recurso a meios tecnológicos.

Daniel Chapo destaca, nesse contexto, a rápida e contínua modernização e apetrechamento das FDS’s nos mais diversos ramos.

O Chefe do Estado disse, ainda, que com o advento das TIC’s e evolução das ameaças à segurança e soberania Nacionais, as FADM’s  devem encontrar mecanismos inovadores de resposta à altura das exigências actuais.

Voz: PR Daniel Chapo

O Chefe de Estado, que falava esta quinta-feira durante a aula inaugural da primeira edição do Curso de Defesa Nacional, no ISEDEF, na Cidade da Matola, afirmou que apesar do País estar a viver num ambiente de Paz, mostra-se necessário garantir prontidão de todas as forças moçambicanas. (X)

Fonte: RM

FPD apresenta nova cara do Zimpeto que aguarda aprovação da CAF

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O Fundo de Promoção Desportiva apresentou a nova imagem do Estádio Nacional do Zimpeto após a reabilitação para responder às exigências impostas pela CAF que interditou o recinto para a realização dos jogos internacionais. Silvia Langa, Director do FPD, detalhou os passos seguidos para a melhoria do relvado, da iluminação, sanitários públicos e outros espaços relativos à segurança do recinto, mostrando-se confiante na aprovação do Zimpeto. 

 

Por Rosário Rafael e Julião Tsowo (Fotos)

 

A visita guiada ao estádio contou com a presença da Directora-Geral do FDP, Sílvia Langa, que teve como objectivo apresentar principal mostrar o ponto de situação das obras de manutenção a que a infraestrutura tem vindo a ser submetida, numa altura em que a CAF órgão máximo que rege o futebol africano se encontra em Moçambique para inspecionar o recinto.

Relativamente às intervenções em curso, nas áreas exteriores, destaca-se o restabelecimento do funcionamento normal dos torniquetes, que na última inspecção estavam inoperacionais, bem como a instalação de câmeras de segurança nas quatro entradas do estádio.

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“A contagem é combinada, vamos dizer assim, porque é eletrônico. Se olhar aqui, à medida que se vai entrando, faz a contabilidade. Mas existe uma equipa técnica própria que faz depois a gestão dos dados no tempo certo, e faz os registros, depois a verificação do número de transeuntes”, explicou a Directora do FDP, Silvia Langa.

 

Já no interior, foram feitas melhorias nos balneários, casas de banho e camarotes, com a substituição de torneiras e chuveiros, além da introdução de tapetes antiderrapantes.

RELVADO RECUPERADO

Um dos sectores que motivaram a interdição do estádio em Março foi o estado do relvado e a iluminação que também já foram alvo de intervenções e encontram-se restabelecidos e foram matérias de inspeção da CAF, avançou Sílvia Langa, para além de fazer um balanço positivo das obras de manutenção e manifestar confiança na aprovação do estádio.

 

“Na segunda e na terça-feira foram dias cruciais de trabalho profundo da CAF. Segunda-feira recebemos a inspeção da Relva e da Segurança. Terça-feira recebemos a inspeção da Infraestrutura Geral. Não compete a nós, como Fundo, nem ao setor de desporto comentar sobre aquilo que é o parecer futuro ou a decisão da própria CAF. Tivemos um trabalho coordenado com a FMF, na parte técnica, que pediu para que a CAF viesse fazer a inspeção, há um trabalho prévio que a FMF fez, e penso que, pelos resultados prévios apresentados pela FMF, demonstrou-se favorável ao ponto da CAF sentir-se segura de ficar a fazer a inspeção”.

 

A ala reservada à imprensa receberá atenção especial, com a instalação de cerca de 112 mesas e a disponibilização de internet para facilitar o trabalho dos jornalistas durante a realização de eventos no estádio. (LANCEMZ)

Fonte: Lance

Apelo de US$ 277 milhões quer garantir proteção do inverno para ucranianos

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Os ucranianos vivem sob duras condições do inverno, agravadas pela maior vulnerabilidade e pela infraestrutura muito danificada

Várias agências humanitárias lançaram, nesta quinta-feira, um apelo de US$ 277 milhões para apoiar as pessoas mais vulneráveis durante o inverno na Ucrânia. 

Em meio ao conflito, milhões de habitantes do país não têm aquecimento garantido e vivem com limitação de recursos para arcar com os custos de serviços públicos. 

Acampamentos coletivos 

As pessoas, próximas à linha de frente, correm os maiores riscos em meio à escalada dos confrontos e ataques a infraestruturas essenciais. Deslocados pela violência estão vivendo em acampamentos assim como outros grupos vulneráveis. 

O Plano de Resposta ao Inverno visa fornecer assistência humanitária, em vários setores essenciais, a mais de 1,7 milhão de pessoas de outubro a março. 

As áreas mais afetadas pelo frio concentram-se no norte e leste da Ucrânia
© Humanitarian Mission Proliska

As áreas mais afetadas pelo frio concentram-se no norte e leste da Ucrânia

As ações a serem desenvolvidas incluem advocacia, mobilização de recursos e coordenação com as autoridades governamentais. O foco é atender os que mais precisam incluindo idosos, pessoas com deficiência e crianças. 

O coordenador humanitário da ONU para a Ucrânia, Mathias Schmale, lembra que com a queda das temperaturas, o inverno se torna ainda mais rigoroso e milhões de pessoas não terão como se aquecer. 

Áreas de alto risco 

A ação das entidades humanitárias inclui apoiar o isolamento e a reparação de casas danificadas, o fornecimento de aquecedores, combustível, cobertores e agasalhos. 

A comunidade humanitária espera ainda aplicar os valores do apelo na prepararão de abrigos para o frio extremo, entrega de dinheiro para aquecimento e serviços públicos e coordenarão serviços em áreas de alto risco. 

Schmale contou que cada inverno chega com uma pressão adicional às pessoas já desgastadas por anos de guerra.  

As áreas mais afetadas pelo frio concentram-se no norte e leste da Ucrânia, ao longo da linha de frente. 

Ali, os ucranianos vivem sob duras condições do inverno, agravadas pela maior vulnerabilidade e pela infraestrutura muito danificada, resultantes do conflito em andamento e da continuação dos ataques aéreos. 

 

Fonte: ONU

Moçambique Busca Estratégia Nacional Para Integrar a Biodiversidade no Desenvolvimento Agrário Sustentável

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Questões-Chave:

Moçambique deu esta semana mais um passo na construção de uma estratégia nacional que integre a biodiversidade como eixo central do desenvolvimento agrário e rural sustentável. O foco está na harmonização entre produção agrícola, conservação dos ecossistemas e bem-estar das comunidades, num contexto de crescente pressão sobre os recursos naturais.

A expansão da fronteira agrícola continua a ser uma das principais causas da degradação da biodiversidade e da intensificação do conflito entre comunidades humanas e fauna bravia. Esta é uma das conclusões do relatório do projecto FARSYMABI, apresentado esta quarta-feira em Maputo, desenvolvido pelo Observatório do Meio Rural (OMR) em parceria com universidades nacionais e internacionais.

De acordo com Mariam Abbas, investigadora do OMR, o estudo revelou que as regiões com maior potencial agrícola coincidem com zonas de maior densidade populacional, onde a pressão sobre os recursos é mais intensa. Essa sobreposição gera uma tensão estrutural entre conservação e subsistência, exigindo soluções que respeitem os contextos ecológicos e socioeconómicos locais.

“Não é possível conservar sem desenvolvimento, mas também não é possível integrar biodiversidade sem compreender o contexto socio-climático e ecológico de cada localidade”, sublinhou Abbas.

O relatório destaca ainda a ausência de mecanismos económicos que valorizem a biodiversidade, o que desincentiva práticas agrícolas sustentáveis e aprofunda a pobreza rural. A falta de alternativas económicas para as comunidades adjacentes às áreas de conservação é apontada como factor que perpetua a exploração ilegal dos recursos e mina os esforços de protecção.

“Se não criarmos condições reais para o desenvolvimento das comunidades, a biodiversidade continuará ameaçada. Não basta delimitar áreas — é preciso gerar oportunidades económicas para quem vive nelas ou junto a elas”, afirmou a investigadora.

Do ponto de vista institucional, o Secretário de Estado da Agricultura, Pescas e Ambiente, Gustavo Dgedge, defende que a integração da biodiversidade no planeamento agrário não é apenas uma questão ambiental, mas uma estratégia de desenvolvimento equitativo e sustentável.

“O projecto permitiu identificar lacunas na actual estratégia de conservação da biodiversidade. Esses dados irão alimentar o processo de revisão e permitirão adoptar uma abordagem mais coerente com as realidades do terreno”, declarou Dgedge.

A experiência do projecto FARSYMABI é complementada por outras iniciativas como o maneio sustentável da floresta do Miombo e experiências comunitárias apresentadas na Conferência Regional sobre o tema, que demonstram que é possível compatibilizar agricultura com conservação, desde que se envolvam activamente os actores locais, incluindo o sector privado.

O relatório apela à acção coordenada de múltiplos actores — Governo, comunidades, sector privado e academia — e à adopção de compromissos voluntários com metas claras, como caminho para um futuro rural mais resiliente e ambientalmente equilibrado.

Fonte: O Económico

PR reúne-se com régulo Mangunde em Chibabava 

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No âmbito da sua visita de trabalho à província de Sofala, o Presidente da República reuniu-se esta quarta-feira com o Régulo Mangunde, uma das figuras mais influentes da autoridade tradicional no distrito de Chibabava.

O encontro, carregado de simbolismo político e cultural, foi marcado por um diálogo franco sobre os desafios locais e a importância de reforçar a governação de proximidade. O Chefe de Estado destacou a necessidade de valorizar as lideranças tradicionais como parceiras fundamentais na construção de um Moçambique mais coeso, inclusivo e em paz.

O Régulo Mangunde é amplamente reconhecido na região não apenas pelo seu papel histórico, mas também por ser pai do falecido líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, uma das figuras mais emblemáticas da história política recente do país. A audiência, portanto, representou também um gesto de reconciliação nacional, simbolizando o compromisso do Presidente com a unidade entre os moçambicanos.

Durante a conversa, foram abordados temas como o desenvolvimento sustentável, a coesão social e a preservação dos valores culturais e históricos. O Presidente sublinhou o papel das autoridades tradicionais na pacificação das comunidades, na mediação de conflitos e na mobilização das populações para os programas de desenvolvimento.

“O nosso compromisso é com todos os moçambicanos, independentemente da sua origem ou filiação. As lideranças tradicionais são verdadeiros guardiões da nossa identidade e pilares de estabilidade social”, declarou Chapo.

Por sua vez, o Régulo Mangunde expressou gratidão pela visita e manifestou total disponibilidade para continuar a colaborar com o Governo em prol da paz, do progresso e da harmonia comunitária. “A liderança tradicional continuará a ser uma ponte entre o Estado e o povo, promovendo os valores de respeito, união e desenvolvimento”, afirmou.

Este encontro é interpretado como um marco importante no processo de reconciliação nacional e na valorização das instituições tradicionais, demonstrando a aposta do Governo num desenvolvimento assente no diálogo, na escuta ativa e no respeito mútuo.

Fonte: O País