De acordo com o Presidente zimbabweano, actualmente, Moçambique e Zimbabwe enfrentam um único inimigo, que são as mudanças climáticas (as cheias e as secas) que resultam em mortes. Para Mnangagwa, as situações de calamidades não têm fronteiras. Pelo contrário, acrescentou, “As calamidades deixam o nosso povo em condição de doença. Por isso é importante estarmos em solidariedade para apoiar a nossa região, de modo a criarmos uma situação capaz de fazer face aos desastres”.
Em nome do povo zimbabweano, Emerson Mnangagwa fez a doação aos moçambicanos afectados pelos três ciclones de modo a aliviar as suas perdas.
Na visita a Manica, o Presidente do Zimbabwe destacou o simbolismo de voltar à província onde lutou contra o regime racial de Ian Smith. Emerson Mnangagwa agradeceu a população de Manica, que, no passado, ajudou os zimbabweanos a lutar pela liberdade.
“A nossa presença, aqui, revela que a nossa luta pela independência forjou uma solidariedade entre os dois povos, o que define uma relação que transcende limites geográficos”.
Na sua intervenção, o Presidente da República referiu que a visita do seu homólogo zimbabweano transcende o contacto diplomático, pois reaviva a dimensão histórica que une os dois países. Daniel Chapo agradeceu pelos donativos que os zimbabweanos cederam à população moçambicana vítimas de ciclones, que a assolaram entre finais de 2024 e início de 2025, com destruição de bens, na sequência de chuvas fortes. Mais de trezentas pessoas morreram e dois milhões de pessoas foram afectadas.
No seu discurso, Daniel Chapo lembrou que não é a primeira vez que o país vizinho cede assistência aos moçambicanos. Em 2022, as vítimas de terrorismo, em Cabo Delgado, tambem se beneficiaram. “Estamos e sempre estaremos juntos, porque somos povos irmãos. Temos a mesma língua, cultura e os mesmos apelidos”, destacou Daniel Chapo, acrescentando ainda: “Estamos de mãos dadas para lançar alicerces da independência económica, para melhorar o bem-estar dos dois povos”.
Chapo assegurou a Mnangagwa que o donativo irá até ao destinatário final, através do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres.
Fonte: O País