Preços do petróleo Brent recuam após ataque a estação de bombeamento na Rússia

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Os preços do petróleo Brent registaram uma leve queda no início da sessão desta terça-feira, 18/02, após ganhos impulsionados pelo ataque de drones a uma estação de bombeamento de oleoduto na Rússia. O incidente reduziu os fluxos de petróleo do Cazaquistão para os mercados internacionais, afetando grandes petrolíferas ocidentais como a Chevron e a Exxon Mobil.

Os contratos futuros do Brent caíram 7 centavos (0,09%), situando-se em 75,15 dólares por barril às 01h37 GMT. Já o petróleo West Texas Intermediate (WTI) avançou 47 centavos, sendo negociado a 71,21 dólares por barril, embora não tenha sido liquidado na sessão anterior devido ao feriado do Dia dos Presidentes nos EUA.

Impacto do ataque e resposta do mercado

O ataque ocorreu na estação de Kropotkinskaya, na região de Krasnodar, no sul da Rússia, um ponto estratégico para o Caspian Pipeline Consortium (CPC), operadora responsável pelo transporte de petróleo do Cazaquistão para o Mar Negro. Apesar da interrupção momentânea, fontes ligadas ao setor garantiram que o plano de carregamento do petróleo CPC Blend para fevereiro permanecerá inalterado.

Embora a instabilidade geopolítica tenha provocado um impulso inicial nos preços, os fundamentos do mercado continuam fracos, limitando uma recuperação significativa. Analistas do BMI projetam uma média de 76 dólares por barril para o Brent em 2025, uma queda de 5% em relação a 2024, citando excesso de oferta, tarifas e tensões comerciais como fatores determinantes para esta projeção.

Decisões da OPEP+ e perspetivas para o setor

A OPEP+ mantém, por ora, o plano de aumentos mensais na oferta de petróleo a partir de abril, apesar do contexto de incerteza. Em dezembro passado, o grupo já havia adiado a decisão de elevar a produção devido à fraca procura e ao aumento da oferta de países fora da organização.

O equilíbrio entre oferta e procura global será o principal fator a moldar a trajetória dos preços nos próximos meses. Enquanto tensões geopolíticas e riscos de disrupções logísticas continuam a influenciar oscilações pontuais, os especialistas mantêm uma perspetiva mais moderada para o desempenho do petróleo em 2025.

Fonte: O Económico

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