A entidade, com sede em Lyon, na França, elogiou o trabalho que a nação europeia tem realizado para prevenir e tratar a doença que matou 33,7 mil pessoas, em 2022, no país.
Estratégia Nacional até 2030
Criada em 1965, a Iarc é a agência especializada em câncer da Organização Mundial da Saúde, OMS.
A entrada de Portugal, como Estado-partícipe, reforça a parceria da entidade com os países na luta contra o câncer.
A Estratégia Nacional de Luta Contra o Câncro, Horizonte 2030, aprovada por Portugal, serve como diretriz para as ações do país em reduzir incidência e mortalidade pela doença.
O programa, adotado em 2023, inclui prevenção, diagnósticos precoces, tratamento, cuidados para sobreviventes e paliativos. A iniciativa é alinhada ao plano da União Europeia de Combate ao Câncer.

País investe em exames de prevenção
Segundo autoridades portuguesas, o número de exames de ultrassonografia para câncer de pulmão e do aparelho digestivo também aumentou incluindo a quantidade de endoscopias para detectar a bactéria H. Pylori.
A diretora da agência Iarc, Elisabete Weiderpass, ressaltou as ações de Portugal em pesquisa e estratégias de controle do câncer.
Segundo ela, as instituições portuguesas estão na linha de frente desse trabalho e devem desempenhar um papel crucial na luta contra a doença.
Já o diretor do Programa Nacional para Doenças Oncológicas de Portugal, José Dinis, acredita que a cooperação com a Iarc deve ajudar seu país a ampliar a pesquisa do câncer especialmente em outras nações de língua portuguesa na África.
Câncer de pulmão e de mama mais comuns
A OMS lembra que o câncer é a segunda maior causa de morte no mundo com 6,9 milhões de óbitos em 2018.
Casos de câncer de pulmão, próstata, colorretal, estômago e no fígado são mais comuns em homens. Já entre as mulheres, os tipos mais frequentes são câncer de mama, colorretal, pulmão, cervical e de tireoide.
A incidência de câncer continua crescendo em todo o mundo e levando enorme carga física, emocional e financeira a indivíduos, famílias, comunidades e aos sistemas de saúde.
Muitas nações de rendas baixa e média estão menos preparadas para enfrentar esses desafios e um grande número de pacientes de câncer não tem acesso a diagnósticos e tratamentos.
Fonte: ONU