Educação em Moçambique: ‘só petisca quem arrisca’
Educação em Moçambique: ‘só petisca quem arrisca’
‘Só petisca quem arrisca”. Assim começava um texto escrito em 1993, denunciando um fenómeno que, infelizmente, ainda se mantém vivo: o suborno nas escolas moçambicanas. Hoje, passados mais de 30 anos, o cenário pouco mudou, apenas se modernizou.
Em fim do ano lectivo os alunos acusam os seus professores de exigirem a vulga ‘mola’ para passarem de classe/ano, mas por outro lado os professores são severos ao afirmarem que ‘só passa quem tem nota’’. Ė caso para perguntar: afinal, quem, de facto, (pode) passa (r) de classe?
Outros professores chegam a sala de aulas para escrever o seu número de telefone e obrigam os alunos a passa-lo se desejam ter um feliz fim do ano lectivo. Oque dizer dos trabalhos que os alunos devem entregar ao professor no famoso envelope lacrado $?
Estranho, mas a verdade é que em moçambique o suborno é uma praga que ninguém quer combater e, por isso, desculpe-se a quem afirma que ninguém está interessado em combater. Contrariamente, os subornos são alimentados quase em todos os escalões seja de que sector for.
Será que é o baixo salário dos professores, leva a ver nos alunos a sua fonte de receita?