Por: Alda Almeida
Londrina, 6 de junho de 2025 – A cidade brasileira de Londrina, no estado do Paraná, oficializou um acordo de cooperação internacional com o DiMSUR (Centro Regional de Desenvolvimento de Capacidades para Resiliência Urbana), visando o desenvolvimento conjunto de soluções para adaptação às mudanças climáticas. O memorando de entendimento, assinado na Fundação Araucária, prevê acções colaborativas nas áreas de inovação climática, inteligência artificial e fortalecimento das capacidades técnicas de gestão de riscos e desastres.
A parceria integra a Cooperação Sul-Sul, reunindo países como Moçambique, Comores, Madagáscar e Malawi, e destaca-se pelo potencial de replicar experiências bem-sucedidas de resiliência urbana e sustentabilidade, adaptadas à realidade do Sul global. Londrina será a cidade-piloto no Brasil, com a missão de testar e expandir estratégias que possam ser adoptadas em todo o estado do Paraná.
O acordo é resultado de seis meses de negociações entre o DiMSUR, a Fundação Araucária e a Secretaria de Estado de Inovação e Inteligência Artificial. Entre os objectivos, estão o desenvolvimento de sistemas de alerta precoce, soluções baseadas na natureza e utilização de IA para previsão climática, gestão de desastres e uso sustentável de recursos naturais.
A iniciativa surge num momento estratégico, com a proximidade da COP 30, que decorrerá no Brasil em novembro, e poderá servir de palco para apresentar os primeiros resultados do projecto. O DiMSUR propõe que o modelo desenvolvido em Londrina sirva de referência para todos os municípios do Paraná, num esforço conjunto para tornar o Brasil um exemplo de liderança em inovação climática e preservação ambiental.
Além da capacitação técnica, o projecto pretende fomentar a partilha de conhecimento entre países africanos e latino-americanos, promovendo um hemisfério sul mais resiliente, sustentável e preparado para os desafios climáticos do futuro.
Fonte: DiMSUR