Na sexta-feira, a instituição lançou um relatório sobre as perspectivas para as 39 economias numa classificação que inclui as que estão enfrentando conflito ou instabilidade.
Extrema pobreza
De acordo com as estimativas do Banco Mundial, até 2030, o grupo de países deverá abrigar 60% das pessoas que vivem em extrema pobreza em comparação a mais da metade atualmente.
Mais de 420 milhões de pessoas, em nações assoladas por conflitos, sobrevivem com menos de US$ 3 por dia, mais do que o resto do mundo. Elas representam menos de 15% da população global.

A projeção até 2030 é de que o número aumente para 435 milhões, ou quase 60% dos cidadãos extremamente pobres do mundo.
Conflitos e a violência aumentam
O relatório revela que as “economias em países em situação de pobreza extrema se tornaram o epicentro da pobreza global e da insegurança alimentar, uma situação cada vez mais moldada pela frequência e intensidade dos conflitos”.
Para o Banco Mundial, a produção econômica nesses países pode estagnar ou enfraquecer ainda mais, à medida que os conflitos e a violência aumentam e se intensificam nos últimos anos.
Os conflitos de maior intensidade podem reduzir o Produto Interno Bruto, PIB, por pessoa em cerca de 20% após cinco anos, de acordo com o relatório.
Estima-se que economias de conflito e guerra abrigam 1 bilhão de pessoas e as populações apresentem seis anos de escolaridade, com expectativa de vida sete anos menor do que em outros países em desenvolvimento.
Desde 2020, o PIB per capita nessas economias encolheu em média 1,8% ao ano. Já nas economias em desenvolvimento registrou-se uma alta de 2,9%, afirma o relatório.
Redução da pobreza
O Banco Mundial defende que o progresso na redução da pobreza estagnou desde meados da década de 2010, refletindo os efeitos combinados da intensificação dos conflitos, da fragilidade econômica e do crescimento contido.”
A instituição sugere reformas em nível nacional direcionadas e um engajamento global coordenado e de longo prazo para tirar essas populações da pobreza.
O foco dessas medidas seria em abordar as causas profundas dos conflitos, como injustiça e exclusão, bem como expandir o acesso à educação e à saúde e melhorar a infraestrutura. A canalização de investimentos em turismo e agricultura poderia ajudar a criar empregos para uma crescente população em idade ativa.
O Banco Mundial pede políticas sólidas e engajamento global sustentado para que as economias dos países em desenvolvimento possam traçar um caminho melhor rumo ao desenvolvimento”.
Fonte: ONU