DEPARSE ENTERPRISE: PME oferece soluções acessíveis de habitação

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A POPULAÇÃO moçambicana regista um crescimento acelerado, caracterizando-se por ser, maioritariamente, jovem e dinâmica. Este cenário, aliado ao êxodo rural e à procura por melhores condições de vida nas cidades, tem gerado uma pressão acrescida sobre o sector habitacional.

A necessidade de infra-estruturas modernas, seguras e financeiramente acessíveis tornou-se uma prioridade urgente, exigindo respostas criativas e adaptadas à realidade económica da maioria dos cidadãos.

Foi neste contexto que surgiu a Deparse Enterprise, uma pequena empresa de arquitectura criada em 2023, com o propósito de projectar, administrar, construir e comercializar imóveis a preços competitivos, especialmente pensados para a juventude.

De acordo com Bruno Luís de Parse, fundador da empresa, o objectivo principal é oferecer soluções habitacionais inovadoras, que conciliem a qualidade, funcionalidade e respeito pelas tradições culturais.

Com uma experiência acumulada de oito anos no sector da construção civil, Bruno decidiu formalizar o seu sonho de empreender através de um modelo de negócio familiar, apostando na diferenciação e na proximidade com o cliente.

“Nós enquanto empresa, destacamos-nos pelo recurso ao outsourcing, evitando grandes investimentos em maquinaria pesada e estrutura fixa, o que nos confere maior agilidade e capacidade de resposta às variações do mercado”, disse.

Segundo disse, este modelo de gestão flexível não só reduz os custos operacionais, tornando os projectos mais acessíveis, como também abre espaço para a criação de oportunidades para outras Pequenas e Médias Empresas (PME) locais.

Assim, a empresa assume um duplo compromisso de ajudar a atenuar o défice habitacional que afecta milhares de moçambicanos e, simultaneamente, procurando impulsionar o crescimento inclusivo através de parcerias.

É FUNDAMENTAL TER UM ARQUITECTO

As construções em Moçambique são maioritariamente informais, um dos maiores obstáculos é a fraca valorização da figura do arquitecto no processo de edificação. Esta realidade, segundo Bruno Luís de Parse, constitui um entrave ao desenvolvimento de projectos sólidos e duradouros.

Para o jovem arquitecto, é fundamental mudar a percepção do público sobre o papel deste profissional, demonstrando que este não se limita a desenhar plantas ou criar fachadas, mas é, sobretudo, o garante da segurança, funcionalidade e harmonia de qualquer obra.

“Muitas vezes, as pessoas só recorrem a um arquitecto quando os problemas já estão instalados, o que acaba por encarecer muito mais o projecto e, em alguns casos, comprometer seriamente a estrutura”, observa Bruno.

Refere que ainda persiste a ideia de que contratar um arquitecto representa apenas um custo adicional, quando, na realidade, é um investimento preventivo que pode evitar acidentes, desperdícios e despesas futuras desnecessárias.

Aliás, a sua empresa já prepara um plano ilustrativo da importância de um arquitecto para a construção civil com o intuito de inverter esta realidade. O Foco estará assente nas redes sociais e em acções comunitárias, procurando educar e sensibilizar a população.

“A empresa quer apresentar exemplos práticos de falhas resultantes da ausência de acompanhamento técnico adequado, como sucedeu em empreendimentos públicos que foram mal concebidos, alguns até com grandes investimentos”, disse.

A Deparse Enterprise pretende alertar para os perigos de soluções improvisadas e encorajar a contratação de serviços especializados desde as fases iniciais de projectos para ajudar, sobretudo, os jovem a terem casas resilientes para o actual contexto climático do país.

Apesar das dificuldades, o jovem empreendedor quer consolidar a confiança do público, provando que, em vez de um luxo, o arquitecto é uma necessidade indispensável para o progresso e segurança das obras.

 

Fonte: Jornal Noticias

 

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