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Wednesday, November 5, 2025
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Banco Africano De Desenvolvimento Financia Reconstrução Do Norte De Moçambique Com 17 Milhões De Dólares

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O Banco Africano de Desenvolvimento aprovou um financiamento de 17 milhões de dólares para apoiar a reconstrução e estabilização socioeconómica da província de Cabo Delgado, severamente afectada por conflitos desde 2017. O projecto RISE-PS pretende atacar as causas profundas da fragilidade, promover o empreendedorismo juvenil e feminino, e consolidar a paz através do investimento local.

Num gesto de compromisso com o desenvolvimento inclusivo e resiliente no norte de Moçambique, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) anunciou a aprovação de um donativo de 17 milhões de dólares para o financiamento do projecto RISE-PS (Resilient Investment for Socio-Economic Empowerment, Peace, and Security), numa resposta abrangente à crise humanitária e económica que assola Cabo Delgado.

A iniciativa visa criar 24.000 empregos directos, dos quais 60% destinados a jovens entre os 18 e 35 anos, e 50% a mulheres, impactando positivamente mais de 100.000 beneficiários. A acção surge num contexto em que o desemprego jovem na província atinge os 25%, com 35% das jovens mulheres fora do mercado de trabalho e sem acesso a educação ou formação.

“Este projecto vai muito além da recuperação económica — trata-se de restaurar a esperança no futuro dos jovens moçambicanos”, afirmou Babatunde Omilola, responsável do BAD para o desenvolvimento do capital humano e juventude.

O elemento central do RISE-PS é a criação de um Peace and Security Investment Hub, sob coordenação da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), que assegurará a articulação de esforços públicos e privados em torno da reconstrução, com participação activa das comunidades locais na definição das prioridades.

A componente de reconstrução inclui a reabilitação de 150 infra-estruturas comunitárias, como 30 escolas, 45 centros juvenis, 14 unidades de saúde, 10 mercados e 33 sistemas de água, proporcionando emprego imediato para 4.500 jovens e mulheres vulneráveis.

Além disso, prevê-se a formação profissional de 9.200 pessoas em competências orientadas para o mercado, o apoio financeiro a 2.000 empresas lideradas por mulheres e jovens, e o reforço de 5.400 microempresas locais.

Outro destaque é a construção de uma aldeia empresarial climatologicamente inteligente no Hub Industrial de Afungi, que acolherá 100 PME’s, com acesso a armazéns, oficinas e centros de incubação empresarial. A MozParks, promotora de zonas económicas sustentáveis, liderará esta componente, contando com uma experiência de 23 anos que já atraiu 4 mil milhões de dólares em investimentos e criou mais de 12.000 empregos.

O projecto terá também uma vertente de parcerias com o sector privado, envolvendo empresas como TotalEnergies e ExxonMobil, que proporcionarão 1.055 estágios profissionais de seis meses para jovens, com meta de 70% de integração laboral definitiva.

O financiamento total ascende a 28 milhões de dólares, incluindo:

O arranque oficial está previsto para 1 de Setembro de 2025, com execução até Agosto de 2029, tendo o PNUD como parceiro implementador e a ADIN como agência executora.

Este investimento insere-se na estratégia nacional de desenvolvimento 2025–2044, bem como nas prioridades da Agenda 2063 da União Africana e nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 1, 4, 5 e 8). Alinha-se ainda com as políticas do próprio BAD, nomeadamente a estratégia “Empregos para a Juventude em África (2016–2025)”, que visa gerar 25 milhões de empregos no continente.

Com a melhoria gradual da segurança e redução dos deslocados internos de mais de 1 milhão para 635 mil, o momento é visto como uma janela crítica para consolidar a paz e revitalizar o potencial económico do norte de Moçambique.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Os Correios da África do Sul (SAPO) perderam 9,2 mil milhões de rands em valor accionista em três anos e enfrentam agora a falência.

Fonte: O Económico

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