FMI dá luz verde: Nova era de financiamento para Moçambique

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Foto: RM

Por: Gentil Abel

 

Durante uma conferência de imprensa realizada na quarta-feira, na sequência da visita de trabalho à província de Sofala, o Presidente da República, Daniel Chapo, anunciou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) garantiu a retoma, em breve, da ajuda financeira a Moçambique.

Segundo o Chefe de Estado, o FMI anuiu à nova visão proposta pelo Governo, sinalizando que, ainda dentro deste ano, poderá ser aprovado um novo programa de financiamento. “O que eles nos disseram é que, dentro deste ano, vão realmente aprovar a questão relacionada com a nova visão, novo programa de financiamento ao Governo da República de Moçambique. Nós achamos que é um dado bastante importante e, sem mais dúvida, brevemente ou dentro deste ano teremos a resposta do Fundo, positiva, conforme nos garantiram”, afirmou Chapo.

O Presidente destacou ainda que a nova estratégia governamental é baseada em reformas estruturais, desenhadas com o propósito de relançar a economia nacional de forma sustentável. “Como esta nova visão do Governo, com a qual eles concordam, é baseada em reformas, permitirá que possamos realmente continuar a desenvolver o nosso país”, acrescentou.

É importante lembrar que o apoio do FMI a Moçambique foi suspenso em 2016, na sequência da revelação das chamadas “dívidas ocultas”, empréstimos não declarados que totalizavam mais de dois mil milhões de dólares, contraídos com garantias do Estado, à margem da transparência e da legislação nacional. O escândalo abalou a imagem do país no panorama internacional, levando à retirada imediata de apoios e a uma queda acentuada da confiança externa.

No entanto, a retoma do financiamento por parte do FMI será, sem dúvida, um marco significativo para Moçambique. Representará não apenas a entrada de recursos financeiros num momento crucial, mas, acima de tudo, uma restauração da credibilidade do país junto aos parceiros internacionais

A notícia surge num momento em que o país procura estabilizar a sua economia, após anos de desafios internos e desconfiança externa.

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