FNM quer aliviar dependência na importação de medicamentos 

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Os Estados-Membros da Região Africana “importam entre 70% e 100% de produtos farmacêuticos acabados, 99% de vacinas e entre 90% e 100% de dispositivos médicos e ingredientes farmacêuticos”, disse o Presidente da República, citando dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com Daniel Chapo, alguns Estados-Membros da Região Africana têm pouca ou nenhuma capacidade para o fabrico de vacinas, dispositivos médicos e outras tecnologias de saúde com qualidade farmacêutica.

Para minimizar a dependência na importação de fármacos, a Fábrica Nacional de Medicamentos (FNM) e a sua subsidiária INFARMA têm capacidade de produção de mais de dois biliões de comprimidos, cápsulas e suspensões em pó, mais de 18 milhões de bolsas de injectáveis de grande volume, assim como mais de 50 milhões de doses de vacinas em mais de 100 formulações de medicamentos.

Além da participação na “Conferência Internacional sobre a Produção Local, Investigação e Desenvolvimento de Medicamentos e Produtos de Saúde” – de 30 a 31 de Julho corrente em Maputo – a FNM vai apresentar o seu caso de sucesso na produção de Medicamentos em Moçambique, no âmbito do “Mozambique International Health Expo and Summit 2025 (MIH EXPO 2025)”.

A apresentação decorrerá num painel cujo tema é “Produção Local: Investimento na Indústria Farmacêutica Local – Casos de Sucesso”.

À margem do evento dirigido pelo Chefe do Estado esta quarta-feira, a FNM destacou que tem estado a empreender iniciativas arrojadas de aumento da capacidade de produção e garantia da qualidade, em resposta aos esforços do Governo de Moçambique que neste novo ciclo de governação, aposta fortemente na promoção da produção local de medicamentos, com vista a substituir as importações e garantir o pleno abastecimento do Serviço Nacional de Saúde com medicamentos de qualidade e preços acessíveis.

Aliás, em 2024, a FNM recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) um Certificado de Pré-qualificação na produção de medicamentos. 

“Com esta certificação a FNM posiciona-se como uma empresa com o mais alto padrão de qualidade na produção de medicamentos o que a qualifica para comercializar os seus produtos, tanto no mercado nacional, como internacional, e está a expandir as suas capacidades de produção e a posicionar-se como um produtor de referência em África”. 

Através de uma parceria estabelecida em 2020 com o Estado Moçambicano, a FNM constituiu a INFARMA – Indústria Farmacêutica, uma subsidiária que veio aumentar a capacidade de produção nacional. As duas as fábricas tem das mais modernas instalações industriais e com equipamentos de ponta, prontas para responder à demanda local e internacional. 

As duas fábricas têm estado há cerca de 10 anos a produzir fármacos essenciais e de categoria global, cobrindo já cerca de 50% do consumo do serviço nacional de saúde e contribuindo desde então com várias soluções terapêuticas, incluindo anti-hipertensivos, antibióticos, anti-convulsantes, anti-histamínicos, antidiabéticos, antifúngicos, analgésicos, antibacterianos, antiácidos, antidiarreicos, vitaminas, antimaláricos e antirretrovirais. 

O início de produção de injectáveis e de vacinas será um marco muito importante para o nosso país pois permitirá a substituição total da importação de injectáveis de grande volume (soros) e parcial das vacinas, bem assim a afirmação de Moçambique na arena internacional como um país com indústrias de alta tecnologia.

 

Fonte: O País

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