A diversidade de nacionalidades de escritores e membros de júri que o prémio vem conquistando e o resultado dessa primeira etapa enfatizam a proposta do Oceanos de valorização da língua portuguesa, e o carácter cada vez mais internacional e plurinacional da premiação.
A edição de 2025 registrou 3.142 inscrições – o maior número já recebido – vindas de sete países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Esses livros contaram com a avaliação de membros de júri de seis países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.
A lista de semi-finalistas (25 de poesia e 25 de prosa) evidencia uma abrangência geográfica ao totalizar livros de 5 países (Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal), sendo que o Brasil aparece representado por quase todo o seu território, com autores de 12 estados.
Outro recorde deste ano foi a participação das editoras: das 488 que inscreveram suas obras no Oceanos, 37 estão na lista de semi-finalistas, sediadas no Brasil, Moçambique e Portugal.
Verifica-se abrangência semelhante também na prosa. Ao lado de autores que já se tornaram ícones das literaturas em língua portuguesa, como Mia Couto, o angolano José Eduardo Agualusa, o brasileiro Chico Buarque e a portuguesa Teresa Veiga, encontram-se jovens ficcionistas que começam a despontar na cena literária actual.
Os livros semi-finalistas seguem para a segunda etapa, que selecionará os 10 finalistas entre os 50 selecionados. As obras foram encaminhadas para dois júris distintos, um de prosa e outro de poesia, que os avaliarão até o final de Outubro para eleger os cinco finalistas de cada gênero.
A lisya de prosa conta, entre outros, com A cegueira do rio, Mia Couto, Bambino a Roma, Chico Buarque (Brasil), Mestre dos Batuques, José Eduardo Agualusa, (Angola), O Livro que me escreveu, Mário Lúcio Sousa (Cabo Verde), Os dias do ruído, David Machado (Portugal), Toda a gente tem um plano, Bruno Vieira Amaral (Portugal), Vermelho delicado, Teresa Veiga (Portugal).
Quanto a lista de poesia, inclui, entre outros, As coisas do morto, de Guita Jr., Sonata de uma nação vagabunda, Mudungazi (Moçambique), Os sonhos nunca são velhos, João Melo (Angola), Asma, Adelaide Ivánova (Brasil), e Ninguém fica rica a trabalhar, Sofia Lemos Marques (Portugal).
Fonte: O País