Resumo
Quelimane acolheu a auscultação sobre o Projecto de Criação do Banco de Desenvolvimento de Moçambique (BDM), com destaque para a importância estratégica da iniciativa no impulso ao crescimento económico e social do país. O evento contou com a presença de várias entidades, incluindo o Secretário de Estado na Província da Zambézia e representantes do Ministério das Finanças, da sociedade civil, do setor empresarial e de instituições académicas. O BDM será fundamental para mobilizar capitais nacionais e internacionais destinados a projetos estruturantes, com foco no desenvolvimento sustentável de Moçambique, especialmente para as Micro, Pequenas e Médias Empresas. O objetivo é atrair recursos para setores como energia, infraestruturas, agricultura, saúde, educação e habitação, promovendo investimentos transformadores e inclusão económica. João José Macaringue do Ministério das Finanças sublinhou a importância de uma construção coletiva para o BDM, visando colmatar falhas de mercado e impulsionar a economia nacional.
Na abertura do evento, Avelino Muchine, destacou a importância de um debate participativo e inclusivo, convidando todos os segmentos da sociedade a contribuírem para a definição do futuro da nova instituição financeira.
Segundo Muchine, o BDM será um mecanismo essencial para mobilizar e canalizar capitais nacionais e internacionais destinados ao financiamento de projectos estruturantes, com impacto directo no desenvolvimento sustentável de Moçambique.
O dirigente assegurou que o Governo, vê o BDM como peça-chave para responder a desafios históricos da economia moçambicana, com o destaque para as dificuldades de acesso a financiamento de longo prazo, sobretudo por parte das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs). Apesar do apoio prestado por instituições multilaterais como o Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento, o país carece de uma estrutura própria capaz de gerir e canalizar, de forma eficiente, recursos para sectores prioritários, declarou Muchine.
No discurso, foi enfatizado que o BDM terá como missão atrair recursos internos e externos para financiar sectores como energia, infraestruturas, agricultura, saúde, educação e habitação. “Queremos um banco que promova investimentos transformadores, que ajude as nossas MPMEs a crescer com acesso a crédito acessível e assistência técnica, estimulando a criação de emprego e a inclusão económica”, afirmou.
Outro ponto de destaque foi a necessidade de reduzir riscos cambiais, garantindo que uma parte significativa do financiamento seja disponibilizada em moeda local. Essa medida, segundo o governante, vai tornar os investimentos mais estáveis e acessíveis para os beneficiários nacionais.
O Coordenador de Reformas Económicas do Ministério das Finanças, João José Macaringue, garantiu que ser um exercício fundamental para que o BDM não seja apenas um projecto governamental, mas uma construção colectiva, ancorada nos anseios da sociedade.
O nosso desafio é criar um banco capaz de responder às necessidades de financiamento de médio e longo prazo, colmatando as falhas de mercado e dando um novo impulso à economia nacional, concluiu.
A sessão encerrou com um apelo à participação activa de todos os sectores, reafirmando que o BDM deverá nascer como um instrumento de confiança, destinado a promover o desenvolvimento económico e social do país, alinhado aos objectivos de transformação estrutural de Moçambique.
Fonte: MEF