Resumo
A Federação Moçambicana de Atletismo enfrenta problemas, com associações a exigirem a saída do presidente Kamal Kadrú, fora do mandato desde 2023. As associações planeiam realizar uma assembleia geral no dia 17 para nomear uma comissão de gestão e destituir o presidente atual. Fenias Cutane, da Associação de Atletismo da Cidade de Maputo, apoia a dissolução da direção atual, enquanto Hermínio France, da província de Gaza, denuncia atrocidades desde 2021 na federação. As críticas incidem na falta de prestação de contas e na reprovação de relatórios e planos de atividades em assembleias anteriores.
Por Vanildo Polege
José Fanheiro Cucheza, presidente da associação provincial de atletismo de Tete e representante das restantes associações que exigem a saída de Kamal Badrú, começou por despoletar a não realização da assembleia geral desde o ano 2023, afirmando que todas realizações da FMA de lá para cá são nulos.
“Desde 2023,, infelizmente temos tido uma situação de que não há prestação de contas, portanto 2023,2024,2025, mas desde o dia 1 de outubro que tomou posse o elenco, todos os seus actos administrativos à luz dos seus estatutos e de outros dispositivos legais da lei do desporto são nulos”, disse Cucheza.
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José Cucheza, disse ainda que as associações, irão no próximo dia 17 do mês corrente realizar a assembleia geral que deverá nomear uma comissão de gestão de federação, que vai culminar com a destituição do actual presidente.
“Nessa assembleia geral extraordinária, uma das questões é que nós precisamos de um período probatório para que a nossa federação, não fique vazio, portanto agora sendo o elenco actual fora do mandato para que não fique um vazio legislativo nesta assembleia vamos criar uma comissão de gestão constituída por número ímpar de cinco membros e essa comissão vai trabalhar até a marcação da assembleia geral”, referiu Cucheza.
Por seu turno, Fenias Cutane, presidente da Associação de Atletismo da Cidade de Maputo, deixou ficar o seu posicionamento acerca da intenção de dissolução da actual direcção da FMA.
“Este assunto vem se alastrando a bastantes anos como devem acompanhar, o nosso atletismo não está nas condições que nós desejávamos que estivesse, mas neste momento todos nós estamos interessados em ver o atletismo de outro modo”, disse Fenias Cutane.
Já o presidente da associação de atletismo da província de Gaza, Hermínio France, recuou no passado e disse que desde 2021 a federação é marcada por atrocidades por parte de Badrú.
“Se todos nós nos lembramos, desde o ano 2021 a quando da tomada de posse dos membros da direcção executiva da federação Moçambicana de atletismo até hoje, nós assistimos a atrocidades dentro da nossa modalidade, tanto que não me recordo nenhuma vez que fomos a uma assembleia geral para discutir assuntos da modalidade, que os planos de actividades, tanto como de orçamento não foram aprovados l, todas as vezes que nós fomos para lá, das duas vezes que tivemos a oportunidade de participar, neste tipo de encontro, primeira vez na cidade de Maputo e a segunda vez na província de província de Sofala, nós reprovamos o relatório de contas, o plano de actividades, tanto que nós mostramos que a Federação Moçambicana de Atletismo não existe e lá todos órgãos não existem, tanto que a FMA só funciona com o presidente e uma pessoa que supostamente pode se chama secretário geral e um secretário técnico”, comentou Hermínio France
Questionados se teriam, enviado uma carta a denunciar estas irregularidades a inspeção da Juventude e Desportos, o representante das associações respondeu nos seguintes termos:
“Já enviamos todo expediente à Inspecção Geral do Desporto e informamos que nós pretendemos dissolver está federação, dissolver esses órgãos que praticamente não existem para nós podermos colocar novos órgão sociais, pessoas competentes que vão trabalhar para a modalidade”, disse José Cucheza.
Por fim, houve espaço ainda para esclarecer que não foram todas as associações que votaram no actual elenco e segundo o presidente da associação de atletismo da cidade de Maputo, apenas restou o seu presidente na direcção do organismo, e a exigência da sua saída é devido ao não cumprimento daquilo que é curso normal das actividades, como o campeonato nacional, entre outros. (LANCEMZ)
Fonte: Lance