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Wednesday, October 15, 2025
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ONP diz que mais de 10 professores foram mortos em Cabo Delgado desde 2017

Resumo

Pelo menos 10 professores foram mortos em oito anos de insurgência armada em Cabo Delgado, segundo a ONP. A Secretária Provincial da ONP de Cabo Delgado indicou que foram 16 os professores mortos pelo terrorismo na região. O Presidente moçambicano homenageou os professores, destacando a sua resiliência face aos ataques terroristas. A ANAPRO repudiou os ataques rebeldes em Cabo Delgado, sublinhando a falta de segurança para os professores. Apesar das condições precárias, os professores são obrigados a regressar ao trabalho, com o governador de Cabo Delgado a garantir esforços do Governo para assegurar a segurança dos docentes. A ONP em Meconta apelou ao fim da violência para permitir o retorno das crianças às escolas. Os professores enfatizaram que a paz é essencial para a educação em Moçambique.

Pelo menos 10 professores foram mortos em oito anos de insurgência armada na província de Cabo Delgado, segundo estimativa apresentada nesta terça-feira pela Organização Nacional dos Professores (ONP).

“A estatística nos confirma dez professores mortos por insurgência no período em referência”, disse à Lusa Teodoro Muidumbe, secretário-geral da ONP, organização sindical que representa a classe no país.

Entretanto, a Secretária Provincial da Organização Nacional dos Professores  (ONP) de Cabo Delgado, Dinita Dinís, disse que foram 16 os professores que morreram vítimas do terrorismo em Cabo Delgado.

“Desde o ano de 2017 a província foi assolada pelos ataques terroristas destes malfeitores que culminaram com a morte de 16 professores”, confirmou, apelando para que a data em que se comemora a classe sirva de referência para as autoridades reflectirem em relação à qualidade de ensino e aprendizagem, para além de “condições de trabalho e valorização da figura do professor”.

Durante a recepção da saudação pelo Dia Nacional do Professor, na segunda-feira, o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, prestou uma homenagem “especial” aos professores e profissionais da educação, nomeadamente naquela província, que, mesmo em situações “adversas”, impostas pelos ataques terroristas em Cabo Delgado, doenças e fenómenos climáticos extremos, “sempre encontram alternativas para garantir que o processo de ensino-aprendizagem não pare”.

Em Setembro, a Associação Nacional dos Professores de Moçambique (ANAPRO) repudiou os actos “bárbaros e inaceitáveis” em alegados ataques rebeldes registados em Cabo Delgado, norte do país, com a confirmação da morte de um membro da classe.

“Repudiamos reiteradamente os atos bárbaros e inaceitáveis que atentam contra a dignidade humana e que estão contra um direito fundamental à vida”, referia-se num comunicado da ANAPRO.

Nas celebrações do dia na província de Cabo Delgado, nesta segunda-feira, alguns professores disseram que apesar da falta das condições de segurança em quase todos dos distritos afectados pela insurgência, casos de Mocímboa da Praia, Muidumbe, Macomia e Palma, muitas vezes são obrigados a regressar aos seus postos de trabalho, mesmo quando as autoridades têm conhecimento de que a situação de segurança continua instável.

Na ocasião, o governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, reafirmou que o Governo está a trabalhar para garantir que os professores possam exercer as suas funções com mérito e com segurança.

Já o Secretariado Distrital da Organização Nacional dos Professores (ONP) em Meconta lançou um forte apelo aos protagonistas da violência em Cabo Delgado para que ponham fim às hostilidades, de modo a permitir que milhares de crianças regressem às salas de aula e que os docentes exerçam a sua missão sem intimidação.

“A guerra rouba o futuro das crianças. Sem escolas seguras não há desenvolvimento”, sublinhou o secretariado num comunicado.

Os professores reafirmaram que a paz é condição essencial para a reinvenção da educação em Moçambique.

Fonte: O País

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