Resumo
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) está a intensificar as operações de segurança sanitária em resposta ao surto de ébola na República Democrática do Congo e em países como Angola, Etiópia, Malawi, Sudão do Sul e Uganda. As ações incluem vigilância, comunicação de riscos e envolvimento comunitário em 90 pontos de entrada e áreas transfronteiriças. O objetivo é proteger comunidades móveis e áreas de difícil acesso, rastreando pontos de entrada, reforçando capacidades locais e garantindo a segurança dos viajantes. Equipas da OIM têm apoiado esforços para conter o surto de ébola na RD Congo, onde foram registadas 45 mortes em 64 casos. Em vários países, como Angola, Uganda, Malawi e Sudão do Sul, estão a ser implementadas medidas para melhorar a vigilância, rastreio de contactos e acesso à vacinação nas fronteiras, visando reforçar a segurança sanitária regional e global.
O apoio cobre operações em 90 pontos de entrada e áreas transfronteiriças em 15 países com foco em dados de mobilidade populacional, coordenação e reforço de capacidade dos agentes fronteiriços, vigilância, comunicação de riscos e envolvimento comunitário.
Difícil acesso
Os esforços protegem comunidades móveis, pessoas em áreas de difícil acesso e ao longo de corredores de trânsito de alto risco.
O diretor regional da OIM para as Regiões Oeste, Corno e Sul de África, afiançou que a prioridade é operacionalizar todos os pontos de entrada e rastrear identificados, reforçar a capacidade da mão de obra local e garantir a proteção das comunidades ao longo dos corredores de mobilidade.
Para Frantz Celestin, as medidas ajudam a prevenir a propagação da doença e manter a segurança dos viajantes e das comunidades fronteiriças.
Equipas da OIM apoiaram esforços do Ministério da Saúde e parceiros na RD Congo para conter surto de ébola que até 16 de outubro de 2025, fez 45 mortes em 64 casos notificados.
Triagem e transmissão
A elevada mobilidade e o acesso limitado aos serviços de saúde tornam as comunidades fronteiriças muito vulneráveis a transmissão.
Para reduzir o risco, pontos de triagem foram instalados nas principais rotas de transporte e já foram realizadas mais de 169 mil triagens.
Em curso estão também, o rastreio de contactos, a comunicação de riscos e o envolvimento da comunidade em pontos de entrada prioritários. As ações incluem o destacamento e a formação de funcionários do Governo.
Em Angola, a organização e os parceiros desenvolvem planos de contingência conjuntos para reforçar a preparação e a resposta na fronteira partilhada.
Respostas ao sarampo
No Uganda está em curso a revião do apoio prestado no início do ano durante o surto da Doença do Vírus do Sudão, uma estirpe do ébola para reforçar a preparação e respostas futuras.
A operação revelou outras ameaças de doenças infecciosas, como a cólera, o sarampo e o Mpox.
Segundo a OIM, autoridades estão a utilizar dados de mobilidade para o planeamento da saúde pública e preparação para surtos em Uganda e Etiópia.
Vacinação
No Malawi e no Sudão do Sul, o foco é melhorar a vigilância, o rastreio de contactos e o acesso à vacinação em pontos-chave da fronteira.
O trabalho de segurança sanitária promove a colaboração regional, a partilha de conhecimentos, parcerias transfronteiriças e vigilância conjunta.
O sarampo persiste embora já não seja uma emergência de saúde pública de interesse internacional e os casos de ébola continuem a diminuir.
A OIM continuará a trabalhar com os governos e parceiros para reforçar a prontidão nas fronteiras e ao longo das rotas de migração, garantindo que a mobilidade segura, regular e saudável contribui para a segurança sanitária regional e global.
*Amatijane Candé com informações da OIM
Fonte: ONU






