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Monday, November 17, 2025
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ECONOMIA EM 2025: ENTRE A INOVAÇÃO E A INCERTEZA

Resumo

Em 2025, a economia global mantém-se estável, com previsões positivas de crescimento. Segundo a OCDE, o crescimento em 2024 foi de 3,2%, com expectativa de aceleração este ano. Não são previstos crescimentos negativos nos países do G20 ou na OCDE, mostrando resiliência perante incertezas internacionais. EUA e China são motores do crescimento, com destaque para a influência dos EUA nos mercados financeiros e o plano de estímulo da China para estabilidade das cadeias de suprimento. Os principais riscos identificados são o protecionismo, valorizações excessivas e elevados níveis de dívida pública. O comportamento exuberante das bolsas é evidente, com ganhos significativos nos índices S&P 500 e MSCI World, mas com alertas sobre concentração em tecnológicas, avaliações elevadas e participação crescente de investidores de retalho.

Por: Lurdes Almeida

 

Em 2025, o cenário inicial da economia global mostrou-se estável, e as expectativas permanecem positivas. De acordo com o relatório mais recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a economia global terá crescido cerca de 3,2% em 2024, prevendo-se ligeira aceleração para este ano. Convém ressaltar que não há previsão de crescimento negativo em nenhum dos países do Grupo dos 20 (G20) ou da própria OCDE, evidenciando uma resiliência notável perante um cenário internacional de incertezas.

Entre os motores do crescimento, sobressaem os Estados Unidos, que exercem forte influência sobre os mercados financeiros globais, e a China, com ambicioso plano de estímulo para a estabilidade das cadeias de suprimento e a confiança dos investidores. As sondagens mais recentes revelam que os três principais riscos dos agentes de mercado são o avanço do protecionismo, as valorizações excessivas e os elevados rácios de dívida pública. Nesse sentido, o equilíbrio entre estímulos internos e cooperação internacional será determinante para transformar previsões positivas em resultados concretos.

O comportamento das bolsas, por sua vez, tem sido exuberante. Nos últimos dois anos, o índice Standard & Poor’s 500 (S&P 500) acumulou cerca de 50% de ganhos, enquanto o MSCI World avançou mais de 40%. À primeira vista, estes números escondem três aspectos relevantes que merecem atenção.

Primeiro, os ganhos concentram-se fortemente nas grandes tecnológicas norte americanas, gerando uma dispersão significativa de performances entre sectores e empresas.

Segundo, os sectores que impulsionaram as bolsas apresentam avaliações muito elevadas. Este é um alerta importante para investidores e reguladores, pois sugere que o mercado pode estar a caminhar para níveis de risco excessivo.

Terceiro, observa-se uma participação crescente do investidor de retalho nos índices americanos e nas acções mais populares.

Diante deste quadro, é plausível esperar uma correção relevante nas bolsas ao longo do  restante 2025, capaz de abalar convicções e testar a resiliência dos investidores. O grande desafio será distinguir entre ajustes saudáveis, que contribuem para reequilibrar preços, e quedas mais profundas, que podem sinalizar o início de um ciclo de instabilidade.

 

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