Maxaquene aplica chapa 100 ao campeão em título Ferroviário da Beira na Liga Mozal 2025

Naquela que será lembrada como uma das melhores partidas da Liga Mozal 2025 na sua décima sexta edição, o Maxaquene surpreendeu o campeão em título Ferroviário da Beira, ao aplicar a famosa “chapa 100” a turma do Chiveve numa partida frenética e imprópria para cardíacos desde o primeiro minuto ao último, no pavilhão da A Politécnica, onde decorre a maior prova de basquetebol sénior masculino do país. 

Por Vanildo Polege

No início do jogo, as duas equipas entraram ao mesmo nível, quando estavam jogados cerca de seis minutos, os “locomotivas de Chiveve”, já estavam na frente tendo anotado, 13 pontos contra 12 dos tricolores, mas a turma do Maxaquene não baixou a cabeça até estava a jogar ombro a ombro diante do campeão, acabou por vencer o primeiro quarto por 28-25. No segundo quarto, a turma locomotiva de Chiveve, entrou a correr atrás do prejuízo, mas enfrentava um Maxaquene disposto a fazer valer o seu investimento, tendo vencido o mesmo por 24-18, indo ao descanso a vencer por 52-43.

Quando se pensou que a turma de Nilton Manheira que vem da disputa do acesso a BAL viria esmagadora, até porque era vista como favorita na partida, eis que o Maxaquene de Alberto Bumba entrou mais do que concentrado e no terceiro quarto voltou a sair em vantagem por 22-21, colocando o resultado em 74-64. 

As duas equipas a oferecerem um verdadeiro espectáculo de basquetebol, que acabou manchado pela expulsão de Amarildo Matos da formação “tricolor” e Joshua Thomas dos “locomotivas” do Chiveve, após uma confusão num lance em que envolvia o jogador António Cossa e o jogador norte-americano. 

No último e derradeiro quarto o que se assistiu não foi somente um jogo de basquetebol, mas uma partida digna de uma final, em que as duas formações oferecem ao público momentos de delírio, com Juvêncio Sidumo da turma “tricolor” a carregar a sua equipa nas costas com chuva de triplos, penetrações com 100% de eficácia, enquanto que do lado do Ferroviário da Beira, o colectivo falou mais alto  e o este quarto veio a terminar empatado por 26 igual para cada lado, com o Maxaquene a levar de vencida a turma campeã nacional por 100-90, para a festa dos adeptos “maxacas”.

O extremo António Cossa atingiu um duplo-duplo, com 17 pontos e 18 ressaltos. Com 30 pontos, 3 ressaltos e 3 bloqueios, o camisola 4 da formação do Maxaquene, isto é Juvêncio Sidumo, foi o cestinha do jogo, já Joshua Thomas, do Ferroviário da Beira, anotou 15 pontos, 5 ressaltos e 5 assistências, números insuficientes para ajudar a sua equipa a vencer.

A POLITÉCNICA DERROTA NEW VISION

Já a A Politécnica venceu a turma da da New Vision de Pemba por 97-71, numa partida totalmente dominada pela turma universitária com Fernando Rungo a brilhar ao mais alto nível.

No primeiro quarto entrou dominante a equipa orientada por José Macuácuà, vencendo por 25-16. No segundo quarto, não foi diferente e os estudantes voltaram a sair em vantagem diante da New Vision por 26-19, vencendo ao intervalo por 51-35.

Na reentrada para jogo, isto no terceiro quarto, a turma universitária, voltou a ser dominante alcançando uma larga vantagem por 27-18. No quarto e último tempo, registou-se equilíbrio por parte das duas equipas, mas saiu melhor a turma da capital, vencendo por 19-18, terminando o jogo com resultado fixado em 97-71.

A nível individual, Fernando Rungo, brilhou ao anotar, 28 pontos, 6 ressaltos, 1 assistência e 2 bloqueios, enquanto que seu companheiro de equipa, Alcides Mangue anotou 22 pontos, 1 assistência, 2 bloqueios e 6 ressaltos.

Ainda na segunda jornada o Ferroviário de Maputo levou de vencida ao seu homónimo de Nampula por 88-60, com a partida a chegar ao intervalo com o resultado de 52-31. O destaque na equipa “locomotiva” da capital do país vai para a prestação de John Cardoso que foi autor de um duplo-duplo, ao marcar 14 pontos e ganhar 13 ressaltos, sendo bem secundado por Baggio Chimondzo que marcou 21 pontos e fez três assistências. Do lado contrário o realce vai para o duplo-duplo de Gilberto Sardinha que marcou 17 pontos e capturou 15 ressaltos. 

Na partida que marcou o encerramento da jornada, o Costa do Sol vulgarizou a formação do Ferroviário de Quelimane ao vencer por 39 pontos de diferença, ou seja 92-53. Os “locomotivas” de Quelimane apresentaram-se muito aquém das expectactivas e no final da primeira parte já perdiam por 52-16, depois de 27-7 no final do primeiro quarto. 

Na segunda parte, os pupilos de Milagre Macome reduziram de intensidade e a equipa de Quelimane melhorou na sua prestação, com 70-31 a ser o resultado no final do terceiro quarto, enquanto que nos derradeiros 12 minutos a registar o parcial de 22 igual, fixando o resultado final em 92-53. 

No capítulo individual há a destacar a prestação do poste Turdevales Nhamtumbo que fez um duplo-duplo ao anotar 14 pontos e ganhar 12 ressaltos, enquanto que o cestinha do jogo foi Edmilson Paxixe que marcou 18 pontos e fez 4 assistências. (LANCEMZ)