Resumo
Mais de 300 trabalhadores do Município de Quelimane, na província da Zambézia, paralisaram as atividades devido ao atraso de seis meses no pagamento dos salários. Os trabalhadores bloquearam o acesso ao edifício municipal com ramos de árvores, protestando contra a falta de pagamento e a não canalização das contribuições para a Segurança Social. Acusaram o presidente do município, Manuel de Araújo, de negligenciar a situação. Araújo justificou os atrasos salariais com a falta de receitas suficientes para cobrir os salários, mencionando a não transferência de fundos como causa. Após uma reunião de negociação, os trabalhadores mantêm-se firmes na exigência de pagamento da dívida antes de regressarem ao trabalho.
Os visados amotinaram-se de fronte do edifício do Concelho Municipal e encerraram as portas, bem como os acessos a qualquer ponto do edifício. Para o efeito, recorreram a ramos de árvores para impedir a entrada dos vereadores e directores nos respectivos gabinetes de trabalho.
Falando ao “Notícias Online”, Max César disse que os trabalhadores estão sem salários desde Junho. Além disso, avançou, as suas contribuições não são canalizadas ao Instituto Nacional de Segurança Social.
Um trabalhador, que falou sob anonimato, acusou o presidente do Município, Manuel de Araújo, de fazer ouvidos de mercador no que diz respeito ao assunto, privilegiando viagens em actividades de interesse pessoal.
Entretanto, Manuel de Araújo disse, após uma reunião de negociação com os trabalhadores, que os atrasos salariais devem-se à insuficiência de fundos. Segundo o autarca, o município não gera receitas suficientes para pagar os salários.
De Araújo disse ainda que os atrasos no desembolso do Fundo para Iniciativas Locais (FIA) e o Fundo de Compensação Autárquica (FCA), tem concorrido para o não pagamento dos salários.
“Passam sete meses sem que seja feita alguma transferência”, disse.
Contudo, os trabalhadores ficam pé afirmando que não irão regressar ao trabalho, sem que a dívida seja saldada.
Fonte: Jornal Noticias





