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A ambição a coragem e os lesionados: tudo o que disse Rui Borges

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Treinador leonino fez a antevisão ao encontro com o Dortmund do ‘play-off’ da Champions

— O ataque do Dortmund tem estado em evidência na Liga dos Campeões, tem jogadores de craveira mundial, mas na defesa leva 13 jogos consecutivos a sofrer golos. Qual dos dois lados é que leva mais à análise do treinador do Sporting para este encontro?

 — Leva à análise que é uma grande equipa. Independentemente de marcar ou sofrer muito. Há mudança de treinador de estrutura, há mudança e de ideia de jogo. É uma equipa que tem muitos jogadores da época passada e que esteve na final da Liga dos Campeões. É uma grande equipa. E isto independentemente do momento que atravessa no campeonato alemão, não deixa de ser uma grande equipa. Sabemos que vai haver mudança de chip, mudança de atitude por uma mudança de treinador. Há obrigatoriamente sempre uma mudança. É claro que estão-se a agarrar a uma ideia nova, acredito. Uma estrutura diferente também, pelo menos inicial. Mas não deixa de ser uma grande equipa. Independentemente de ter sofrido golos, alguns golos, a frente de ataque é muito forte, com jogadores da elite mundial. Acima de tudo, temos de ser uma equipa muito corajosa, muito ambiciosa e com a ajuda também, como eu disse, dos nossos adeptos. A energia positiva tem passado de fora para dentro. Será importante também para chegar ao fim  e conseguirmos a vitória, que é esse o objetivo sempre.

 

— Não podendo contar com o castigado Hjulmand e com tudo o que ele representa em campo e não havendo novidades sobre os lesionados, sente que este é o jogo para o qual a equipa está mais desfalcada desde que chegou?

— A equipa tem estado sempre desfalcada, isso posso dizer-lhe sempre, porque temos Pedro Gonçalves e o Nuno Santos lesionados. O Gyokeres tem andado a ser gerido, tal como o Morita. Quer dizer, são jogadores importantes. Foram fundamentais no Campeonato ganho na época passada. Esses jogadores não têm podido dar o contributo à equipa, infelizmente. Mas acredito que tanto o Gyokeres como o Hjulmand são os dois melhores jogadores do campeonato português, não tenho qualquer dúvida disso. O Hjulmand é uma baixa importante e importante por tudo. Por aquilo que é como jogador, por aquilo que representa para o grupo como capitão de equipa também, pela sua personalidade e tranquilidade também em jogo; além da sua qualidade individual. É uma baixa importante, mas acredito também que quem jogar quererá dar uma demonstração de que está à altura, em algum momento, de substituir o Hjulmand. E acredito que, acima de tudo, quererá ajudar a equipa num jogo do Liga dos Campeões, por si só,  que estejam todos numa motivação muito grande. Desta forma, acredito que o coletivo, acima de tudo, estará com muita coragem e com muita ambição para ganhar o jogo.

Gyokeres está apto para jogar amanhã? E Morita? Por outro lado, o Quenda é o mais jovem talento que teve mais gosto em treinar?
— A começar pelo Quenda, lidar com ele é fácil, porque é um miúdo super focado, com uma vontade enorme de jogar, de treinar, mesmo quando está cansado. Se não lhe metermos um travão em querer treinar e jogar… É, sem dúvida, com a idade que ele tem [17 anos] é, com toda a certeza, o jogador com mais potencial que tínhamos nós treinámos. E terá um futuro brilhante pela sua frente; porque é um miúdo focado, é um miúdo que percebe naquilo que tem de melhorar, que tem tentado, e por tentar ser melhor em alguns aspetos.  Ele tem estado num patamar alto, muito sinceramente, é aquilo que sinto e tiro de análise em relação àquilo que ele tem dado. Mas é um miúdo que será brilhante no futuro, com toda a certeza. Em relação ao Gyokeres e ao Morita estão convocados. Amanhã logo se verá se jogam ou não, mas estão dentro, disponíveis para o jogo. 

— Tendo em conta o elevadíssimo número de jogos nesta fase e ao desgaste associado, se tiver de optar por uma competição, preferirá a Champions ou o Campeonato Nacional? Quanto ao Pedro Gonçalves, já começa a causar estranheza tanto tempo de paragem. Já sabe quando estará apto?

 — O Pedro Gonçalves tem uma lesão, mas nós não fazemos milagres.  Tem que recuperar. Não podemos fazer coisas que não somos capazes, magia. Por isso temos que ter essa paciência, é o que é. O futebol, infelizmente é isto, de um dia para o outro muda muita coisa e a avaliação do Pedro Gonçalves tem de ser dia a dia. A paragem já é longa que consigamos fazer. Pior está ele, com toda a certeza, que queria muito dar o contributo à equipa, porque tem sido e é, ao longo destes anos, um jogador importante no Sporting, e para todo o grupo, por isso já para ele custará  muito, bem mais do que até para nós, com toda a certeza. Em relação à competição, eu não vou estar aqui a dizer se  prefiro campeonato ou a Liga dos Campeões, como é lógico. Treinamos o Sporting, é certo que estamos com menos jogadores disponíveis;  é certo que estamos aqui com algum excesso de fadiga, mas é o que é, o futebol é isto, e o jogador tem que lidar com isto. Há alguns que conseguem passar com fadiga;  outros que temos que gerir melhor ou gerir mais, mas jámais deixaremos de lutar pela vitória, de ser competitivos, ambiciosos e corajosos para trazer os três pontos. Acima de tudo, é sempre para ganhar. Se perguntarem quero ganhar amanhã, com toda a certeza, independentemente de quem jogue, seremos competitivos e no campeonato voltaremos a ser com toda a certeza também, por isso. É difícil para mim dizer. Nada prefiro. Quero é ganhar amanhã, ponto final.  É difícil, teremos um grande adversário pela frente, mas quero ganhar.

— Para este jogo com o Dortmund, vale a pena arriscar a utilização de Gyokeres e do Morita? Pode-nos explicar a natureza das lesões deles? Confirma que Pedro Gonçalves apenas voltará em Março?

— Não posso confirmar, nem vou estar aqui a dizer isso é com o departamento médico. Não sou médico, não vou estar aqui a especificar as lesões de quem quer que seja, O Gyokeres e o Morita estão disponíveis para o jogo de amanhã, estão convocados, O Pedro, infelizmente não, está como eu já disse. Em relação ao risco, o risco existe sempre. O futebol é muito discutível. O Sporting é dotado departamentos com muita qualidade, e dentro de tudo da nossa política de diálogo com toda a gente, inclusive jogadores, tomamos decisões.

— Face à ausência de Hjulmand, está disposto a arriscar um pouco mais em relação a Morita? Além disso, consigo Daniel Bragança tem jogando um pouco mais à frente, ele poderá recuar no terreno neste jogo?

— O Morita pode ser, está disponível para jogo. Logo se verá se joga ou não. Fico feliz por poder contar com ele outra vez. Quanto ao Daniel Bragança, se olharem para o jogo verificam que  não joga diferente do que jogava. Defende, se calhar, num espaço diferente do que defendia. Agora em termos ofensivos, anda nos mesmos espaços.  Mas vem duma paragem e está à procura daquilo que é o seu melhor nível, melhor rendimento, mas também da sua parte física. Está cada vez melhor, tem tido mais minutos, tem-se sentido melhor, e precisa do jogo para ficar melhor, pois, infelizmente, não temos muito treino e para quem pára mais tempo é difícil ganhar ritmo.

— As exibições de jovens como Quenda ou João Simões deu-lhe mais confiança para apostar noutros jovens como Henrique Arreiol, Eduardo Felicíssimo ou Alexandre Brito?

— Sim, mas penso que no Sporting tem sido passado e presente a aposta na juventude. Dentro da nossa ideia de jogo, há jogadores que têm treinado muito connosco. Para amanhã, o Henrique Arreiol e o Felicíssimo não estão convocados, mas o Alexandre Brito está. É um miúdo que tem tido um comportamento fantástico em termos daquilo que é treino. Pessoalmente, admiro-o muito tem um potencial muito grande, é um jovem também muito competitivo, e está à espera de uma oportunidade, que terá, com o passar do tempo, vai acabar por ter. E acredito que corresponderá da melhor forma, tal como correspondeu o Quenda e o João Simões tem correspondido. Por isso não tem qualquer problema nesse sentido.

— O Rui Silva amanhã vai fazer a partida de estreia na Liga dos Campeões. Como é que ele tem estado nestes últimos dias? Está nervoso? E quanto a Gonçalo Inácio, o Dortmund esteve interessado nele mas o jogador ficou em Alvalade. Contente por isso?

— O Rui está normal, é um jogo para o qual ele está preparado. Acredito que tenha um pouco mais de ansiedade um pouco mais de ansiedade, porque é um sonho de qualquer atleta de qualquer treinador. Como eu estava antes do primeiro jogo. É o sonho de qualquer pessoa, ou de qualquer desportista, estar na maior competição a nível de clubes. No que diz respeito ao Inácio, estou claramente satisfeito. É um jogador da Seleção Nacional importante. É um grande jogador, e nós queremos grandes jogadores connosco, portugueses, por isso, feliz por ele continuar connosco.

Guirassy é o goleador do Dortmund e Gyokeres do Sporting. Qual dos dois prefere?

— São dois grandes jogadores, que representam duas grandes equipas, dois goleadores, dois grandes avançados. Por isso, se pudesse, não me importava contar com os dois na minha equipa, mas só posso contar com Gyokeres. Amanhã, acima de tudo,  será um bom jogo, com duas grandes equipas, mais do que só os avançados, é pelo seu coletivo. As duas são grandes equipas com uma enorme ambição de vencerem… Espero, acima de tudo, que seja um grande espetáculo.

Fonte: A Bola

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